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Azul ao Sul

Algarvio e portista E depois? O mar também é azul...

Azul ao Sul

Algarvio e portista E depois? O mar também é azul...

A inclinação natural das coisas

14
Jan13

Bem vistas as coisas, como é que Vítor Pereira (o dos árbitros, e não o nosso), poderia deixar de inclinar-se para nomear o João “pode vir o João” Ferreira, para o clássico de ontem?

 

Notem que a pergunta não tem subjacente qualquer segunda intenção. É apenas a mera constatação de um facto, como de seguida se verá, incontornável.

 

A partida teria necessariamente que ser dirigida por um internacional. Mal seria se o não fosse.

 

Neste momento, temos onze juízes que satisfazem esse requisito: Jorge Sousa, Artur Soares Dias e Vasco Santos, do Porto, Carlos Xistra, de Castelo Branco, Olegário Benquerença, de Leiria, Pedro Proença, Duarte Gomes, João Capela e Hugo Miguel, de Lisboa, o dito João, de Setúbal, e Marco Ferreira, da Madeira, que, por mero acaso, até foi o quarto árbitro.

 

De todos estes, Pedro Proença, Olegário, Xistra, Soares Dias, Capela e Hugo Miguel, fazem parte da famosa lista de árbitros que Rui Gomes da Silva constatou com elevada sabedoria, equivocarem-se sempre para o mesmo lado, depreendendo-se que não será o seu.

 

Assim sendo, restariam Jorge Sousa, Vasco Santos, Duarte Gomes, o João e o Marco Ferreira.

 

Sendo recém-promovidos a internacionais, o Vasco Santos e o Marco Ferreira ainda não estão à altura de cavalarias como as dum clássico. Quanto muito, assentar-lhes-ia bem o papel de quartos árbitros, brinde que saiu ao madeirense.

 

O Duarte Gomes esteve na Amoreira, na recente deslocação do seu clube, para a jornada anterior da Liga. Portanto, à partida, de acordo com os critérios da Comissão de Arbitragem, que como sobejamente se viu, só se lhe aplicam muito casuisticamente, estaria arredado deste jogo.

 

Teríamos então o Jorge Sousa e o João “pode vir o João” Ferreira. Faria algum sentido mandar o ex-Super Dragão para este jogo? E quem é que nos apitaria depois na Calimeroláxia? Ou na final da Taça Lucílio Baptista?

 

Obviamente, teria de ser o João “pode vir o João” Ferreira. Nem sei como é que alguém, eu incluído, poderá querer ver alguma malícia por detrás desta nomeação.

 

Se tudo estava preparado ao milímetro para desembocar aqui… Era ele, ou um estrangeiro. Coitado do Vítor Pereira, não são só os treinadores que têm opções limitadas.

 

Naturalmente que sendo ele, seria natural que as coisas se inclinassem um nadinha para um dos lados.

 

Não vi o jogo. Ou melhor, mais coisa, menos coisa, assisti à meia hora final. O online habitual estava ontem uma porcaria, e tive de mudar de stream, sem melhorias significativas. Mas ouvi parte do relato, incluindo os comentários ao intervalo, e hoje já li o “Tribunal d’O Jogo”.

 

Ou seja, presenciei quase em directo a entrada do Maxi Pereira, e tive a oportunidade de escutar ao intervalo, que um dos árbitros auxiliares, que depois fiquei a saber ser António Godinho, revelava uma certa inclinação natural para levantar a bandeirola, quando os nossos rapazes se adiantavam.

 

 

Algo que não se lhe viu, por exemplo, na nossa derrota da época passada em Barcelos, onde não foi acometido deste tique nervoso, e deixou passar em claro o fora-de-jogo que deu origem ao segundo golo do nosso adversário de então.

 

O lance do Matic, não o vi, ou não reparei.

 

Mais do que isto, notei nos derradeiros minutos, um “deixar jogar”, amiudadamente louvado, estranhamente apenas por uma das partes, em que, certamente por lapso, ou “critério largo”, como também se poderá convenientemente designar, ficaram por apontar algumas infracções, curiosamente sempre a favor da parte não louvaminhenta.

 

Salvo erro, uma das quais deu azo ao golo fantasma da Liga, que também, diga-se em abono da verdade, mais não fez do que seguir a sua inclinação natural.

 

O resto, foi apenas a inclinação natural do João “pode vir o João” Ferreira.

 

Quanto aos onzes que entraram em campo, ficou demonstrada a minha falta de inclinação natural para estes coisas. Afinal, parece que o Izmaylov, o Aimar, o Mona Lisa e o Rodrigo, estavam pior do que eu antevira.

 

Do nosso lado, não se esperavam grandes novidades, e o mais natural seria a presença do Defour na equipa, como aconteceu. O Marat ainda entrou, mas não está nem sequer na vizinhança de estar próximo de au point.

 

Do “outro lado”, dois nem se equiparam, e o Aimar, rezam as crónicas, terá entrado tarde de mais. Uma espécie de prémio de consolação para mim…

 

 

Quando desliguei o computador, depois de ouvir as “flash interviews”, a minha esposa tinha a televisão ligada na SIC, onde se estreava o novo programa do João Manzarra, “Vale Tudo”.

 

Não percebi o objectivo da coisa, mas um fulano cujo nome desconheço e a Lucy, ex-senhora Djaló, tentavam interpretar uma pequena cena, num cenário inclinado de tal maneira, que estava praticamente oblíquo.

 

Para quem tinha acabado de assistir aos minutos finais do clássico e à magnífica exibição do João “pode vir o João” Ferreira, olhei para aquilo e pensei de mim, para mim, que o jogo tinha ido a prolongamento.

Está bonita a festa, pá!

12
Jan13

Isto está a ficar quentinho. E a temperatura a descer.

 

A troca de galhardetes, nos dois sentidos, está interessante. Tem razão o nosso treinador, quando diz que se chegar ao Porto com um empate, os adeptos não ficarão satisfeitos. Pudera, estão mal habituados!

 

Está também correcto, quando diz que sempre que vamos jogar à Cesta do Pão, o nosso adversário está sempre no topo da forma, no pináculo dos píncaros. Mas, e quando é que não está?

 

Não tem tanta razão, quando diz que, apesar disso, saímos sempre de lá com uma vitória. Aí a razão assiste ao outro lado. Assim como quando vai buscar os 12-2, de 1942, ou quando constata que, neste jogo, só se disputam três pontos. Nada ficará decidido.

 

É verdade. Mas ainda assim, o nosso rival tem muito mais a perder do que nós. Caso vença, fica com seis pontos à maior, que poderão ser apenas três, cumprida que seja a nossa obrigação na partida em atraso contra o Vitória setubalense. É pouco para quem ainda deverá ter presente o exemplo da época passada, e ainda vai ter de jogar no Dragão.

 

Em caso de derrota, ficamos empatados, com um jogo a menos, e o tal (re)encontro da penúltima jornada da Liga, marcado para a nossa casa.

 

Dito isto, aposto que amanhã os de vermelho vão entrar numa toada mais conservadora do que é usual.

 

Além disso, o treinador do "outro lado", diverte-se a fazer alterações de última hora, na equipa e na estratégia, de cada vez que lhe toca defrontar-nos. Quem não se recorda da memorável colocação do melhor defesa-central a defesa-esquerdo, com o intuito de travar o Hulk?

 

 

Ou seja, desconfio que amanhã não teremos uma cavalgada desenfreada em direcção à nossa baliza, a partir da primeira apitadela do árbitro. Imagino que, dentro do conservadorismo que antevejo, o Prof. Doutor Rei da Chuinga irá deitar mão aos seus homens de confiança.

 

Na baliza e na defesa, o habitual: Artur; Maxi, Luisão, Garay e Melgarejo. A história das dúvidas quanto à utilização do Luisão já se conhece de ginjeira. Quando há dúvidas, há última da hora surge sempre uma recuperação miraculosa.

 

No meio-campo, o Sálvio e a nova grande descoberta, ou grande nova descoberta, o Matic, estarão garantidos, e acompanhá-los, aposto no Enzo Perez e no Gaitán.

 

Ambos pelo mesmo motivo: a opção conservadora inicial. As alternativas seriam o André Gomes, que tendo em conta o seu frustrado passado portista, é bem capaz de ser mais um daqueles casos, como o Hugo Vieira ou o Fábio Coentrão, que fazem dos jogos contra o FC Porto, as razões de ser das suas vidas, e o Ola Jonh.

 

Tanto um, como o outro, mais correria e nervo, do que cabeça. Ora, até eu, se me obrigassem a estar do "outro lado" - e teria que ser muitíssimo obrigado! - era capaz de notar que a nossa equipa tem um Lucho, que dura 60-75 minutos, e ainda é capaz de ter um Izmaylov, que ninguém sabe o que irá dar, para além de um banco, que não acrescenta muito aos onze que inicialmente entrarem em campo.

 

Assim sendo, ao "outro lado", mais vale esperar que se esgotem as forças, antes de enviar a brigada de cavalaria ligeira. O Gaitán, nesse aspecto, será sempre preferível ao Ola Jonh.

 

Também por este motivo, aposto que quem vai fazer companhia ao Cardozo, que vai jogar, sem a mais pequena dúvida, não será nem o Lima, nem o Rodrigo. Depois de ver a notícia que o dá em negociações com um clube das arábias, tenho para mim que quem vai alinhar de início é o Pablo Aimar.

 

O treinador parece ter uma admiração e uma confiança inesgotável nele. É o jogador que gostava de ter sido e nunca lá chegou... Enquadra-se perfeitamente naquela que julgo, será a estratégia do nosso rival e, teoricamente, coloca-nos mais dificuldades na transição defesa-ataque, do que o Lima.

 

Para a segunda parte, aí sim, vem a cavalaria em força.

 

E do nosso lado?

 

 

Na realidade, não há muito por onde escolher. Sabendo que o Izmaylov e o Sebá fazem parte dos convocados, coloco duas hipóteses: a hipótese conservadora, que pouco ou nada mexe com a sacrossanta estrutura habitual da equipa, e a minha.

 

Na primeira, a equipa do costume dos últimos tempos: Helton; Danilo, Otamendi, Mangala e Alex Sandro; Fernando, João Moutinho e Lucho Gonzalez; Jackson Martinez e Varela.

 

O décimo primeiro elemento, neste caso, e tendo em conta os comentários do nosso treinador, sobre o estado da arte do Izmaylov, era capaz de apostar que o 15 será titular. Joga-se no efeito surpresa, e o russo aguenta até onde aguentar, e sai para entrar o Defour.

 

Porém, há a hipótese de o Vítor Pereira estar a fazer bluff. O homem é de espinho, o casino e tal, não é de afastar essa possibilidade. Assim sendo, teríamos o Defour, o Sebá e o Kelvin, para o lugar. Nesse caso, quase de certeza que jogará o Defour, ainda que dos três, pessoalmente, depois do jogo contra o Setúbal, preferia o Sebá.

 

A minha escolha, implicava algumas mudanças, que nem por sombras irão acontecer: Helton; Danilo, Otamendi, Abdoulaye e Mangala; Fernando; João Moutinho e Alex Sandro; Varela, Jackson Martinez e Lucho.

 

Passo a explicar. O lado direito deles, é sem dúvida o mais forte, com o Sálvio e o Maxi Pereira. Daí, o Mangala à esquerda, para assestar logo nos primeiros minutos, uma valente ao Sálvio, e o Alex Sandro, para por em sentido o Maxi, não me parecem demais. O Lucho, jogando livre, com um trio de meio-campo atrás de si, poderia aproveitar o espaço nas costas do uruguaio, para entrar.

 

Do outro lado, o Varela, ainda que não esteja em forma, tacticamente chega para intimidar o Melgarejo, e o Gaitán, com a propensão que tem para internar-se, ajusta-se na perfeição ao Danilo.

 

Quanto ao Abdoulaye, como disse no último texto, gosto do rapaz, e acho-o capaz de meter o poste paraguaio no bolso.

 

É claro que a nomeação do João "pode vir o João" Ferreira, pode tornar tudo o que ficou para trás, perfeitamente irrelevante. Como é possível? Sim, distraiam-se a investigar os observadores, investiguem toda a gente, e não investiguem quem nomeia os árbitros.

 

Do João "pode vir o João", não se espera mais que o normal. Já provou ser um homem de firmes príncipios, como militar que é, e o seu clube acima de tudo. Não me preocupa muito por aquilo que é, e o que é capaz de fazer, preocupa-me sim que está em fim de carreira, e como tal, não tem nada a perder.

 

Seja como fôr, dê lá por onde der, o que interessa é que amanhã, pouco depois das dez, se apaguem as luzes na Cesta do Pão!         

Últimos dias

27
Abr12
 

Este título a fazer lembrar épocas de saldos, soa a chunga, mas é assim mesmo. Cada vez mais começam a escassear dias, semanas, jornadas, para os nossos rivais nos apearem do primeiro lugar.

 

A partida deste fim de semana, na ilha dos buracos, que cada vez mais se aprofundam – agora, ao que parece, são mais dois mil milhões – contra o Marítimo, deve estar a ser encarada por alguns, assim a modos que, como uma última oportunidade.

 

Não quero dizer com isto que este jogo seja mais complicado que qualquer um dos outros dois, contra o Sporting e o Rio Ave. Contudo, esta será a última oportunidade para termos um árbitro susceptível de influenciar o desfecho final desta Liga, se não o fez já, e sem grandes preocupações no tocante ao factor casa, no Dragão, e proximidade, em Vila do Conde.

 

A medida do Conselho de Arbitragem, de não divulgar as nomeações dos árbitros, é outro ponto a favor desta possibilidade. Vítor Pereira (o dos árbitros, não o nosso treinador), que aqui há duas épocas atrás, se vangloriava de ter instituído um sistema de avaliação dos árbitros, do mais transparente à face da Terra, agora, no que diz respeito à nomeação dos ditos, opta, continuo a dizer, por uma não-medida, de total opacidade.

 

E afinal de contas, o que é que têm de especial no nosso futebol, as nomeações dos juízes dos encontros? Deveriam ser encaradas como algo perfeitamente natural, parte do jogo, como os demais elementos.

 

Esta não-medida, apenas tomada para serenar ânimos e evitar medidas, eventualmente mais agrestes em relação a alguns intervenientes (o castigo ao tal senhor da cabeleira desgrenhada, é para quando? Quando, matematicamente for irreversível a derrota?), é a admissão tácita, mas muito expressa, de que há, de facto, algo de estranho, a envolver as nomeações.

 

Assim sendo, quem será que vai dirigir a nossa partida no caldeirão dos Barreiros?

 

Uma vez que o Duarte Gomes esteve recentemente na derrota caseira dos maritimistas contra os conterrâneos do Nacional, aposto, de caras, no João “pode vir o João” Ferreira.
 
 

 

Para além do Duarte Gomes, se os critérios de nomeação forem mantidos como até aqui, também estarão inibidos o Bruno Paixão, que esteve no Estádio da Lucy, no último encontro dos insulares, bem como o Bruno Esteves e o Olegário, que estiveram nos nossos dois últimos jogos.

 

Quase de certeza, seguindo a lógica dos últimos três confrontos do Marítimo, curiosamente, desde a 25.º jornada, em que foram ultrapassados pelo Sporting, e dos nossos quatro últimos jogos fora de portas, o árbitro será um internacional.

 

O Marítimo teve já 18 árbitros nos seus jogos, dos quais, nove bisaram as suas presenças: Duarte Gomes, Bruno Paixão, João Capela, Jorge Sousa e Artur Soares Dias, todos internacionais, e ainda Rui Silva, Manuel Mota, Bruno Esteves e Hugo Miguel, que não são internacionais.

 

Porém, o trio Benquerença, o João “pode vir o João” Ferreira e Pedro Proença, só interveio em partidas com o Marítimo na qualidade de visitante, respectivamente em Coimbra, em Guimarães e na Calimeroláxia (V, D, V).

 

Posto isto, pode parecer estranha a aposta, pois a única vez que o João “pode vir o João” Ferreira arbitrou os madeirenses, saldou-se por uma derrota. E talvez ainda se recordem, há duas épocas, da expulsão, certamente inovadora no Mundo do desporto, do Olberdam, por palavras dirigidas a um colega de equipa.

 

Estes dados, tendo em conta aquele é o procedimento usual de Vítor Pereira, muito pouco de acordo com aquilo que seria o consensual, e em prol da defesa dos árbitros, em vez disso, a enviá-los alegremente para os cornos do touro, ainda mais reforçam a minha convicção.

 

Ainda por cima, o mote para o ambiente que vai envolver o jogo, está dado pelo presidente dos insulares, ao relebrar o mais que morto e encerrado caso Kléber, ele próprio - o Kléber - bastante elucidativo do estado daquele processo. A propósito de quê?

 

Quanto ao resto, é a máxima força do nosso lado, enquanto do lado deles, como antecipei, com muita sorte à mistura, pois o jogo anterior do nosso adversário, até foi dirigido pelo Bruno Paixão, vai estar ausente por acumulação de amarelos, o homem dos pontapés de fora da área, o Roberto Sousa.

 

Que venha o Marítimo, que a poncha não afecte os nossos rapazes, que levem guardanapos suficientes para o Carlos Pereira limpar as lágrimas, e que no final, fique a faltar apenas uma vitória ou dois empates.

 

Da inevitabilidade do inevitável

02
Abr12

Como aqui tinha previsto, era inevitável que a não divulgação dos árbitros nomeados para a jornada que passou da Liga Zon Sagres, só poderia redundar numa não-medida. Inevitavelmente.

 

Qual o impacto que uma medida deste género terá quando, para o jogo mais importante da ronda, no Estádio da Lucy, é nomeado o João “pode vir o João” Ferreira, e para Dragão, o tal Manuel Mota, que se havia estreado na alta-roda, há apenas duas jornadas, precisamente no Estádio da Lucy?

 

Ou, já agora, quando para Leiria, é indigitado o Pedro Proença, e para Coimbra, o Olegário Benquerença?

 

Era para evitar que os árbitros em causa fossem inevitavelmente submetidos a pressões inconvenientes? Tenham paciência.

 

Estão a ver algum benfiquista a pressionar o João “pode vir o João” Ferreira, ou sequer, a manifestar a mais ínfima contrariedade pela sua nomeação?

 

Ou um portista, a por em causa o Manuel Mota, que ainda não foi tido, nem achado, e a maior parte dos adeptos ainda não o viu mais gordo, nem mais magro?

 

Foi para os adeptos insulares não perturbarem o soninho de beleza do Olegário? Querem lá ver que foi um adepto sportinguista que agrediu o Pedro Proença no Colombo?

 

Sejamos sérios. Para quê uma tal medida, senão para “show off”? Não nos queiram atirar areia para os olhos, e tenham vergonha.

 

 

Para quê este aparato? Para esconder a nomeação do João “pode vir o João” Ferreira, até ao momento do facto consumado? Para evitar as inevitáveis e merecidas “bocas” e reacções a esse propósito? Será?

 

Começo a desconfiar que o Vítor Pereira (o dos árbitros!), é capaz de passar por aqui de vez em quando. Era certo e sabido, como disse no texto anterior, que uma boa maneira de evitar chatices, seria nomear o João “pode vir o João” e o Ferrari de Setúbal, e pimba, aí estão eles. Inevitavelmente.

 

E não quero dizer com isto que, ao contrário do que aconteceu noutras alturas, aqueles dois fulanos tenham sido preponderantes na determinação do resultado da partida.

 

Na realidade, foi uma aposta de risco que até não correu muito mal. O João “pode vir o João” Ferreira, como seria inevitável, foi autor de um trabalho à sua costumeira altura.

 

Disciplinarmente, perdoou inevitavelmente uns quantos cartões amarelos aos fregueses do costume da equipa da casa, e, eventualmente, um cartão vermelho ao Douglão. Tecnicamente, quanto a mim, esteve bem no penálti, mas o golo do SC Braga, nasce de um livre a punir falta que não existe.   

 

Se, muitos viram no nosso jogo em Paços de Ferreira, um penálti por assinalar contra nós, por falta do Sapunaru, então, ficou um penálti por apontar a favor do SC Braga, numa jogada com o inevitável Javi Garcia, como interveniente.

 

E para terminar em beleza, acabou o jogo com a bola a ser disputada na grande-área da equipa da casa.

 

Nada de por aí além, como vêem, a bosta do costume. Inevitavelmente.

 

A questão não tem tanto a ver com o seu desempenho, mas com aquilo que o poderá condicionar, e com a paz de espírito que a sua nomeação propícia.

 

Por muito tempo que passe, é inevitável que perdurem na minha memória o relatório produzido por este árbitro sobre os incidentes do túnel da Lucy, a sua brilhantíssima actuação na Supertaça da época passada, culminada com o “encosto” ao Álvaro Pereira (um aparte: vi este fim-de-semana o Pepe Reina ser expulso, por quase tanto como este encosto!), ou a expulsão por palavras a um colega, do Olberdam.

 

A bem da transparência, mandariam os bons costumes que, inevitavelmente, este árbitro não fosse indicado para jogos de uma certa equipa, ou outros cujos resultados pudessem ser do seu interesse.

 

Pelo menos enquanto não ficasse devidamente esclarecido, porque é que, de entre uma panóplia de árbitros oferecidos, todos os demais são recusados, porque “isso é tudo para nos f…!”, mas o “João, pode vir o João”. Especialmente, quando há coisas que estavam a ser feitas “por outro lado”.

 

Parece-me que seria interessante. Para além disso, é uma teoria minha, ou pelo menos ainda não a vi exposta em parte alguma, mas independentemente do trabalho que realize no terreno, dá-me a ideia que a nomeação deste árbitro como que funciona como um ansiolítico, em prol da estabilidade emocional do desequilibrado que dirige a equipa em causa.

 

Há uma certa preocupação com os detalhes que concorrem para esse objectivo, de entre os quais, a supressão de jogadores adversários, veja-se o caso do Hulk, e a nomeação de árbitros, com os quais esteja “à vontade”, leia-se: por exemplo, os que indiquei no texto anterior.

 

Sem isso, inevitavelmente, as coisas não aparentam ser tão lineares, e as asneiradas tácticas revelam uma certa tendência para emergir com mestria, como segundo rezam as crónicas, aconteceu recentemente contra o Chelsea, e acontecera de forma mais evidente no cincazero, com o Cachinhos Dourados a ser desviado para a esquerda para marcar o Hulk.

 

 

 

Adiante. Inevitável, como não poderia deixar ser, foi também a nossa vitória sobre o Olhanense. Mal seria se assim não fosse, caramba!

 

E isto apesar de mais um Neuer, desta vez Fabiano de seu nome. O Vítor Pereira (que não o dos árbitros!), acabou por condescender ao bom senso, e admitir inevitavelmente aquilo por que, atrevo-me a dizer, grande parte dos portistas ansiavam.

 

Penso que não andarei muito longe da verdade se disser que os onze que entraram em campo, eram aqueles inevitáveis para todos nós, arrotadores de postas de pescada encartados, e que ele, treinador, insistia em não reconhecer.

 

O Sapunaru à direita, o Maicon ao centro, o Rolando no banco, o Fernando no meio do terreno e o James, na esquerda, penso que seria o sonho de quase todos os portistas. Só faltou mesmo contentar os que ainda anseiam pelo Iturbe. A seu tempo, a seu tempo…Inevitavelmente?

 

Ganhámos, ganhámos bem, com o inevitável um penálti do costume por assinalar. Gostei da lógica do “contacto iniciado dentro da área, mas a falta acontece fora”, que por aí ouvi a justificar a não marcação.

 

Quase tanto como do cartão vermelho, que terá ficado inevitavelmente por mostrar ao Sapunaru, e não a outros, que tiveram entradas do mesmo género.

 

Enfim, a inevitável lenga-lenga do costume.

 

Assim como inevitáveis foram as declarações do Prof. Doutor Rei da Chuinga no final do jogo contra o SC Braga, queixando-se de que só tem tempo para jogar e recuperar, e os outros, dão se ao luxo de, ter tempo para treinar, vejam bem.

 

Mas, diz ele, “as grandes equipas são assim”, estão em todas as frentes.

 

É verdade. Com uma nuance. As equipas mais grandes são assim. Estão em todas as frentes, e vai-se a ver, no fim saem de lá com uma mão cheia de nada, ou felizes da vida, com a inevitável Taça do Lucílio.

 

As equipas maiores, como aquela que na temporada passada esteve em cinco provas, e limpou quatro delas, chegam lá e triunfam. E só têm tempo para jogar e recuperar.

 

É essa a linha, muito pouco ténue, que marca inevitavelmente, a diferença entre as equipas mais grandes e as maiores, e é essa a linha que, no final da Liga, espero que não venha a ser quebrada por um labrego ruminante.

 


Nota: para a próxima jornada, a mais decisiva, após a última jornada mais decisiva que já passou, vamos ver se há ou não divulgação dos árbitros nomeados. Seja como for, aposto, desde já, no Duarte Gomes, para a Calimeroláxia e no Pedro Proença, para a Pedreira. Quem alinha?

Uma suave fragância a esturro no ar

24
Fev12

 

 

Há qualquer coisa estranha no ar. Algo não me soa bem, não consigo explicar bem porquê.

 

É mais forte do que eu, quando vejo que o João “pode vir o João” Ferreira nos vai apitar, dão-me destes faniquitos.

 

E quando para os jogos dos quatro primeiros classificados, três dos quais jogam em casa, vejo nomeados dois internacionais para os jogos do FC Porto e do SC Braga, e o Paulo Baptista, para a Calimeroláxia, e depois o Hugo Miguel, para Coimbra, então ainda mais se me contorcem as entranhas.

 

A nomeação do Paulo Baptista é, mais ou menos natural. Vem de dirigir ranhosamente um jogo do FC Porto, onde marcou faltas e faltinhas, sempre que um setubalense se atirava, deixava cair, e pasme-se, por vezes, poucas, até quando era falta. É o ideal, em sentido inverso, para um Sporting “à Sá”, a jogar perante o seu público.

 

É natural ainda porque os da casa, em 20 jogos, tiveram até agora 9 árbitros internacionais, incluindo, obviamente, as partidas disputadas com os outros três primeiros classificados. Na segunda volta, são dois em seis, portanto, tudo normal.

 

O Hugo Miguel em Coimbra, deixa-me verdadeiramente de pé atrás. E nem é por o rapaz pertencer à associação de um dos clubes em contenda. Adivinhem qual.

 

É uma deslocação a um terreno, que é reputado como difícil. Para terem uma ideia, na temporada passada quando lá disputámos o tal famoso jogo de pólo aquático, o árbitro foi o Duarte Gomes, e nesta época tivemos o Paulo Baptista.

 

Quando para uma saída, que se prefigura como complicada, se nomeia um juiz de Lisboa, com aspirações a internacional, desculpem-me lá mas há algo que olfativamente me desagrada. 

 

No Dragão, “pode vir o João” Ferreira. É o regresso do artista. Não dirigia um jogo com um grande por interveniente, desde o Gil Vicente contra o mais grande do Mundo dos arredores de Carnide na primeira jornada.

 

Daí em diante, recusou-se a arbitrar o Sporting em Aveiro, e só marcou presença em dois jogos dos bracarenses, em casa contra o Feirense, e fora, em Olhão. Depois foi o há tanto tempo devido, castigo.

 

Retorna agora a um palco onde é tão apreciado, como a broca de um dentista. A uma jornada da nossa visita ao Estádio da Lucy, será bom presságio?

 

Para o dérbi minhoto, o João Capela. Na primeira volta foi o Pedro Proença. Na época passada, foi o João “pode vir o João”, em ambos os jogos.

 

O João Capela faz o seu sexto jogo envolvendo os clubes melhor classificados, igualando nessa tabela o Marco Ferreira e o Hugo Miguel, e repete o SC Braga na Pedreira, depois de lá ter estado no embate com o Sporting. Deve-lhe ter tomado o gosto.    

 

Pode até não ser nada, mas que me cheira a esturro, cheira, e por via das dúvidas, vou sair de baixo do detector de fumos.

 

O Síndrome Elmano

31
Jan11

Por variados motivos, na semana que passou não consegui colocar online os textos que tinha programados, por isso, desculpem lá o atraso, mas vão ter que gramar com eles esta semana…

 

Comecemos por aqui: Taça de Portugal, Rio Ave 0 – 2 Benfica, o tal jogo dos milhentos penáltis marcados, e mais uns quantos por marcar, com a apocalíptica intervenção do João “pode vir o” Ferreira.

 

Salvo um caso, não vou entrar em questões existencialistas, sobre se foram ou não bem assinalados os castigos máximos, só que há coisas que são demasiado evidentes. Serei eu muito picuinhas, ou mais ninguém terá notado onde andava o guarda-redes no penálti marcado pelo João Tomás?

 

Reparem na imagem, que garanto que não foi modificada em algum Photoshop, e se quiserem comparem com o vídeo, no final do texto.

 

  

 

 

 

 

 

 

O que se vê lá atrás é o João Tomás a arrancar para a bola. Onde é que está o guarda-redes? Devia estar em cima da linha. Pois devia, mas está pelo menos um metro adiantado. Ninguém viu, ou depois da barracada do Elmano, o melhor é deixar de repetir penáltis?

 

O Rio Ave falhou, o adversário também não concretizou a sua grande-penalidade seguinte, venha outra.

 

E veio mesmo, e deu o primeiro golo do desafio.

 

O que se vê na imagem seguinte é a reacção do árbitro auxiliar e do João “pode vir”, após a bola ter sido tocada, ou ter tocado no jogador vilacondense.

 

 

 

 

 

 

 

 

Qual é a reacção visível? Exacto, nenhuma. Não houve qualquer reacção!

 

Agora avancem o vídeo até aos 0:59 segundos, e vejam quem é que levanta primeiro o braço? O Saviola ou o árbitro auxiliar?

 

O Saviola, está visto! E, acto contínuo pavloviano, o árbitro auxiliar faz o mesmo. Um penálti a fazer lembrar os foras-de-jogo sacados nos bons velhos tempos pelo Humberto Coelho e pelo Mozer.

 

Ontem, tive o azar de ver para aí uns 10 minutos do jogo do Desportivo das Aves. E, o que é que eu vi? Para começar, o Javi Garcia a ganhar uma disputa ombro-a-ombro à e pluribus unum, ou seja, espetando a mão e o ante-braço na cara do opositor, sem que lhe seja assinalada qualquer infracção.

 

Nos quatro ou cinco minutos que antecederam o golo, o amigo Carlos Xistra - quem mais haveria de ser? – marca contra o Desportivo das Aves, quatro faltas, qual delas a mais duvidosa, sobre o Luís Fernandez, que apesar de recém chegado, parece perfeitamente integrado na filosofia da sua nova equipa, Jara e César Peixoto. A outra não me lembro quem foi a pobre e inocente vítima.

 

Desta sucessão de faltas (até aquele momento os de Vila das Aves lideravam o computo por 3-1. O Xistra teve a audácia de assinalar uma falta ao mais grande do Mundo dos arredores de Carnide, antes do golo! Grande Xistra!) resultaram dois cartões amarelos.

 

Encostados os avenses às cordas pelo árbitro, o aparecimento do golo do Javi Garcia, foi natural. Como natural também, foi a seguir a falta cometida pelo César Peixoto sobre um adversário que se isolava, e que o Xistra mandou seguir. Naturalíssimo!

 

E mais não vi, porque um homem não é de ferro…

 

Somamos a isto o brilhante desempenho do Bruno Paixão no jogo Rio Ave x Vitória de Guimarães, que antecedeu a partida para a Taça de Portugal, e temos um belo trio de jarras: Paixão, Ferreira e Xistra.

 

É pá, se o Prof. Doutor Rei da Chuinga quer ganhar a Taça de Portugal, para dedicar a vitória ao avô, e a Bwin Cup, para dedicar ao peixinho dourado, por mim, tudo bem. Tem tanto direito a fazê-lo como tem o tipo que passa uma noite bem passada, de dedicá-la à puta com que passou um bom bocado.

 

Agora, não tem é que ser levado ao colo, e ainda menos que atirar pedras aos telhados dos outros, quando os dele são de vidro, e daquele bem fininho. Haja decoro.

 

 

Reviver o passado em Aveiro

21
Jan11

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Para começar, o seu a quem de direito: o título deste texto foi roubado à famosa série britânica, que há uns valentes anos atrás, revelou o actor Jeremy Irons.

 

Ora então, vamos ter o nosso amigo João “pode vir o” Ferreira, em Aveiro, contra o Beira-Mar local.

 

Apetece-me dizer, como fazia o Herman José, “Ai, que bem escolhido!”. De facto, quem melhor do que o João, para Aveiro, onde o FC Porto já foi tão feliz em Agosto passado (agora, pareço o Malato!!), aquando da Supertaça Cândido de Oliveira?

 

O que é que interessa que nesse jogo o árbitro, por mero acaso, este de que agora se fala, tenha perdoado umas três, quatro ou cinco expulsões aos adversários de então, consoante os pontos de vista, e, entre outras minudências, tenha amarelado o Palito, depois de lhe fazer uma festinha?

 

Rien, de rien. O “pode vir o Ferreira” foi uma das figuras proeminentes na arbitragem da época transacta, tendo participado em nove jogos envolvendo, pelo menos, um dos quatro primeiros classificados, seis deles até à 17.ª jornada, que corresponde à que se vai disputar este fim-de-semana.

 

Esta temporada, quiçá em resultado da magnífica exibição no tal jogo da Supertaça, em igual número de jornadas, só esteve (ou vai estar, no caso do FC Porto) em quatro jogos das mesmas equipas (1). Ele há coincidências…

 

Escuso de me estar a repetir quanto à falta de sensibilidade e de bom senso do presidente da Comissão de Arbitragem, além de noutras situações, em particular no que toca às nomeações de árbitros.

 

Dado o seu historial, a nomeação do João “pode vir o” Ferreira para jogos do FC Porto, seria desaconselhável. No entanto, o Vítor Pereira insiste.

 

Que mais não fosse por uma questão de proteger o seu “subordinado”. Mas não, tal como noutras situações, sendo a mais recente a nomeação do Elmano Santos, na última ronda, esteve-se marimbando, e cá vai disto. Ainda estou para perceber se o faz por distracção, se porque tem uma confiança do tamanho do Mundo nos seus comandados, ou se porque os quer deliberada e ostensivamente, queimar.

 

Enfim, o que interessa é que “pode vir o” Ferreira, e temos que aturá-lo. Contudo, desta vez tenho cá um feeling que o seu regresso às nomeações para jogos com equipas grandes, logo em Aveiro, onde fez burrada da grossa em desfavor do FC Porto, é precisamente para o lembrar disso mesmo. Oxalá não me engane.

 

Em Braga, na recepção dos bracarenses ao Vitória de Setúbal, vai estar o Olegário Benquerença, que vai fazer apenas, o seu terceiro jogo entre membros do top four da Liga 2009-2010 (2). Apesar de ter sido considerado o 16.º melhor árbitro de 2010, continua a cumprir a penitência que lhe imposta após o encontro de Guimarães.

 

Na Cesta do Pão, contra o Nacional da Madeira, vamos ter o portuense Rui Costa, naquele que será também o seu terceiro jogo envolvendo grandes e o SC Braga, e que já deve estar habituado a acompanhar os madeirenses a Lisboa, pois já lá esteve em Alvalade.

 

É a estreia de Rui Costa em jogos do mais grande do Mundo dos arredores de Carnide (na temporada em curso e na que a antecedeu), pois se na época anterior esteve em jogos de FC Porto (um, o FC Porto x Paços de Ferreira, de má memória), Sporting (dois, Sporting x Olhanense e Olhanense x Sporting) e SC Braga (um, contra a Naval 1.º de Maio), nesta(3), só havia estado em jogos dos leões (Nacional da Madeira, em Alvalade, e outra vez no Algarve, mas agora em Portimão).

 

Será a melhor maneira de, lá mais para diante, não vir alguém perguntar porque é que não arbitrou jogos de uma tal equipa, como fizeram em relação ao seu irmão.

 

Para terminar, Artur Soares Dias, no Marítimo x Sporting. É já um habitué, e o árbitro com mais jogos entre as quatro equipas de que costumo falar, pois já vai no sétimo encontro (4) arbitrado entre elas.

 

Curiosamente, esteve em três jogos dos minhotos, dois dos sportinguistas, de que fará agora o terceiro, e um do FC Porto. Do mais grande do Mundo dos arredores de Carnide, népia.

 

Já fez mais um jogo do que na temporada anterior, na qual não interveio em jogos do FC Porto, e esteve em três das papoilas, dois do SC Braga, e um do Sporting.

 

Globalmente, causa-me alguma estranheza que sejam nomeados árbitros internacionais para os jogos de SC Braga, FC Porto e Sporting, que defrontam, respectivamente, o 13.º, o 8.º e o 9.º classificados, e para a Cesta do Pão, seja indicado o Rui Costa, quando vão estar frente a frente o 2.º e o 5.º classificados.

 

Critérios…

  

  

 

 


Nota:

 

(1)    Paços de Ferreira x SC Braga (5.ª jornada, 2-2); União de Leiria x Sporting (9.ª jornada, 1-2) e Vitória de Guimarães x SC de Braga (11.ª jornada, 2-1);

 

(2)    Vitória de Guimarães x Benfica (4.ª jornada, 2-1) e Sporting x Rio Ave (8.ª jornada, 1-0);

 

(3)    Sporting x Nacional da Madeira (6.ª jornada, 1-1) e Portimonense x Sporting (13.ª jornada, 1-3)

 

(4) Paços de Ferreira x Sporting (1.ª jornada, 1-0); Vitória de Setúbal x SC Braga (2.ª jornada, 0-0); SC Braga x Olhanense (8.ª jornada, 3-1); Académica x Sporting (11.ª jornada, 1-2); União de Leiria x SC Braga (13.ª jornada, 3-1) e Paços de Ferreira x FC Porto (14.ª jornada, 0-3). 

Pode vir, pode vir…

15
Nov10

É uma sensação estranha voltar cá depois de ter estado em destaque o fim-de-semana inteiro.

 

Ainda assim, como quem não quer a coisa, sempre foram à volta de 800 passagens cá pelo estaminé, desde a quinta-feira passada. Bem, sejamos francos. Na realidade, com este contador marado que arranjei, cada vez que se dá um espirro mais forte, conta como visita. Ora, como estamos em época de constipações e de gripes…

 

Nevertheless, talvez para aí um terço, sejam visitas a sério, e eu só cá entrei três vezes. Garanto!!

 

Quando comecei o meu objectivo não era esse (o de contabilizar intrépidos visitantes), mas não deixa de ser interessante. Ah, e estou a fazer testes para trocar de contador…

 

Agora vamos ao que interessa.

 

Para o FC Porto, para as papoilas saltitantes e para o Sporting (que não de Braga), podem vir os próximos adversários, porque à 11.ª jornada, nada de novo.

 

No Dragão, foram 2-0, q.b., contra os nossos (meus) vizinhos do Barlavento, e lá vieram as alterações do costume: Sapunaru, Maicon, de saída, Fucile e Otamendi, a entrarem em sua vez. A somar a estas, as alterações forçadas: encostados João Moutinho (castigado) e Falcao (lesionado), chamados Rúben MIcael e Walter.

 

Conclusões: o Walter e o Otamendi a revelarem que podem vir a ser úteis e o João Moutinho que mais vale, para nossa tranquilidade, poder vir a recuperar a titularidade contra o Moreirense.

 

Em geral, pode vir o próximo jogo “à séria”, porque estes assim, não dão pica. E a culpa nem foi do Portimonense, que até fez, e bem, pela vida. Não é menino Ivanildo? Então isso faz-se? E se aquele livre desse golo? Como é que ficavam os “avista-fretes”?

 

Falando nisso. O Jorge Costa pode vir a ser acusado de ter feito um frete ao FC Porto, no jogo de pólo aquático de Coimbra. Então, contra o seu clube do coração e com um charco daqueles, lança na equipa titular quatro homens levezinhos e de veia ofensiva (o Son GoKu de Coimbra, Laionel e Digo Valente; Miguel Fidalgo), contrabalançados por um duplo pivot defensivo (Diogo Melo e Hugo Morais), e contra o Sporting é que se lembra jogar para o resultado, acrescentado mais um trinco à dupla de meio-campo (Nuno Coelho), e retirando o criativo, até no nome, Laionel?

 

Que desplante! Podem vir a dizer que, propositadamente, jogou contra o FC Porto aberto, no sentido atacante do termo! Ou não?

 

No Seixal, segundo o Correio da Manhã, o Prof. Doutor Rei da Chuinga não viu interrompido, por um grupo de 50 papoilas saltitantes, "educados, ordeiros, com sentido de responsabilidade", um treino que, conforme refere a própria notícia, a Lusa diz que foi interrompido.

 

Um caso ou não, de “treinus interruptus” no Seixal, em que o Prof. Doutor terá dito, numa reedição do “Deixai vir a Mim as criancinhas”, do seu homónimo, qualquer coisa como: “Podem vir, podem vir”. 

  

 

 

Em Guimarães, o João “pode vir o” Ferreira deu mais uma demonstração, como se ainda fosse necessário, de que vocação não é decididamente um requisito indispensável para se ser árbitro de futebol.

 

Os golos iniciais das duas equipas (no caso do SC Braga, também único), foram certamente obtidos naquele “período de”, como é que diz o Vítor Pereira? “adaptação”, n’est pas?

 

Partindo do princípio que as possibilidades dos bracarenses poderem vir a constituir uma ameaça aos líderes, em particular, a um deles, serão ínfimas, pressupõe-se (ou pressuponho eu), que a sua arbitragem não terá sido enviesada por nenhum factor averm...perdão, estranho.

 

Ou seja, que terá dado o melhor de si em matéria de isenção. Se assim foi, expulsou o Alain porque, efectivamente, entendeu que era lance para expulsão.

 

Neste capítulo, há, como se costuma dizer, opiniões discordantes. O seu colega Duarte Gomes, num lance idêntico, aos 18 minutos do espectáculo de natação dessincronizada de Coimbra, nem sequer vislumbrou falta do Son GoKu de Coimbra, sobre o Álvaro Pereira. Ou o colega Bruno Esteves, que não viu o Cachinhos Dourados passar a mão pelo pêlo do “castor”, no jogo com o Paços de Ferreira.

 

Já o Pedro Henriques, na época passada, com o Falcao em Setúbal, foi o que se viu.

 

Dando de barato que estamos a falar do árbitro que expulsou um jogador do Marítimo, por mandar um colega “tomar no c…”, e que é capaz de encostar o frontispício à testa de um jogador, para de seguida mostrar-lhe a cartolina amarela, não revejo nesta expulsão do “pode vir o” Ferreira, o mesmo árbitro que perdoou umas quantas expulsões (pelo menos quatro, com jeitinho, e sem exageros!), a uma certa equipa, no jogo inaugural da temporada.

 

Fica a dúvida: quando enviesa, fá-lo só para beneficiar uns, ou também para prejudicar outros?

 

No entretanto, “destroce” João, “destroce”!

  

 

 

(imagem tirada daqui)

Nuclear não, obrigado.

11
Ago10

“Ó papão vai-te embora

Lá de cima do telhado

Deixa dormir o menino

Um soninho descansado

 

 

(…)

 

Nuclear não, obrigado

Antes ser activo hoje,

Do que radioactivo amanhã

Nuclear não, obrigado”

 

Lena d’ Água, Perto de ti, 1982

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fazendo jus aos seus dotes de profeta, o treinador do Benfica, já na antevisão do jogo da final da Supertaça, ter perdido "duas pedras nucleares", enquanto que [o] FC Porto perdeu apenas um jogador determinante, o Bruno Alves”.

  

No entanto, no meio da impunidade generalizada, sentem-se confortáveis, e lá vão levando a água ao seu moinho e ao de quem os salva e guarda.

 

Compreendo por isso, a preocupação do Jorge Jesus. Retirado o Lucílio Baptista, não é fácil encontrar quem o substitua, assim de caras.

  

Após o jogo, com o resultado que se viu, o discurso não se alterou substancialmente: “não concorda que o Benfica esteja mais fraco, antes disse que tem muitos jogadores fora de forma: «O grande problema é que tive 7 jogadores no Mundial»”.

 

Sobre este tipo de lamúrias, há uma máxima que nunca me esqueço, e que é: “de insubstituíveis estão os cemitérios cheios”.

 

É curioso que o próprio Jorge Jesus, quando o Benfica defrontou e derrotou o FC Porto (por 1-0, golo de Saviola), na 14.ª jornada da Liga Pescada, se bem me lembro, ao contrário daqueles que andaram a falar de favores do Olhanense, minimizou as ausências do Di Maria (expulso em Olhão), do Coentrão (quinto amarelo) e as lesões do Aimar (que não jogou, jogando no seu lugar o Carlos Martins) e do Ramires (substituído durante o jogo pelo Felipe Menezes).

 

Em má hora o Jesus havia de se lembrar do Urretavizcaya, que haveria de participar naquela palhaçada de golo que deu a vitória aos encarnados, para depois vir a ser dispensado no mercado de Inverno, e, pelos vistos, assim continua.

 

Fora de brincadeiras, é claro que há sempre elementos que são difíceis de substituir, quando não, impossíveis mesmo.

 

E para mais quando quem sai demonstrou uma tal qualidade e amor sem reservas à camisola, que torna tormentosa para quem chega a sua substituição.

 

Outras vezes são os reforços, que, malgrado a sua vontade de triunfar e os esforços por que envidam, não logram proporcionar os resultados esperados.

 

Uns, sem que se ponha em causa a sua qualidade, ainda que ocasionalmente possam oferecer resultados, não dão garantias em todas as ocasiões.

 

Crêem-se absolutamente independentes e querem pensar pela sua cabeça. Falta-lhes uma visão de conjunto, pensando que poderão persistir nessa sua senda individualista. Até um dia…

 

Outros, coitados, pura e simplesmente, não têm qualidade suficiente. São incompetentes e toda a gente sabe ao que vêm, não sendo capazes de disfarçar minimamente aquilo que pretendem, ou quem os comanda e os salva da nula habilidade.

 

E há ainda aqueles que são extraordinários no seu labor. Tão extraordinários que, por vezes, com bastante frequência até, exageram. Atingem “picos de forma” muito cedo na temporada, e sobem com isso as expectativas.

 

Em condições normais aconteceria o que se disse para os anteriores, toda a gente sabe ao que vêm, e isso poderia constituir uma forte condicionante a que correspondessem às expectativas criadas.

 

 

 

 

O “mundialista” Olegário Benquerença, “par” do Lucílio, na época transacta parece ser o único, claramente à altura da tarefa.

 

O Pedro Proença enquadra-se naqueles casos de pretensa independência, e é um bocado aleatório nas suas intervenções. Tem-se em grande conta, e agora, tendo sido considerado o melhor árbitro, o seu narcisismo deve estar nos píncaros. É como o outro: “Julga-se o melhor condutor do Mundo…”.

 

Tão depressa pode acertar, como errar redondamente, em suma, não é fiável.

 

Ficam os Brunos Paixões, os Carlos Xistras, os Elmanos, os Joãos Capelas, os Vascos Santos, os Hugos Miguéis, os Cosmes Machados, e a nova estrela da companhia, que mal acabou o tirocínio de subserviência, é já internacional, Artur Soares Dias. 

 

 

Lá está, como é bom de ver, qualidade e competência não são certamente factores que naquele naipe estejam presente. Em todos os indicados se puderam assistir ao longo da época passada, falhas primárias e investidas contra a verdade do jogo, em particular, como acontece com os touros, quando em presença de uma certa e determinada cor.

 

Como candidato melhor colocado para fazer companhia ao Benquerença, “pode vir o (João) Ferreira”. É sem margem para dúvidas a escolha acertada.

 

Porém, como disse acima, e ficou amplamente demonstrado na final da Supertaça, o João Ferreira tem tendência para extremar as suas actuações (e)levando-as mesmo ao exagero.

 

Competência não lhe parece faltar, mas a necessidade de que padece de sentir-se útil, leva-o a cometer excessos, como a festinha ao Álvaro Pereira.

 

O resumo dos outros lances em que fica demonstrada a sua capacidade encontra-se no vídeo que se segue, da lavra do "Mística do Dragão".
 

 

 

 

 

Um árbitro capaz de uma tal performance não é incompetente, antes pelo contrário. Perdoar cinco expulsões, todas a jogadores da mesma equipa, num só jogo, é obra. Melhor ainda quando, pelo menos, dois desses jogadores deram motivos para ser expulsos por duas vezes (David Luís – acumulação de amarelos e vermelho directo no lance com o Sapunaru, e Carlos Martins, vermelhos directos), e um deles, o Carlos Martins, conseguiu a proeza de chegar ao fim do jogo sem uma única admoestação. É obra!

 

Para refrescar algumas memórias aqui fica um “tesourinho deprimente” do baú benfiquista, em que se pediu, não, exigiu, a aplicação de um castigo ao Cristián Rodriguez, por uma pretensa agressão que ficou a anos-luz, por exemplo da do David Luiz.

 

 

 

A talho de foice, para que não esqueçam, foi o senhor árbitro da “mãozinha” na cara do Álvaro, que num acesso de homofobia, expulsou o Olberdam, no Funchal, por este mandar um colega “tomar no cú”.

 

E já que estamos com a mão na massa, convém ainda não esquecer que o Vandinho foi castigado com quatro meses de suspensão, por “tentativa de agressão”.

 

Aquele esticar de pata do Tacuara foi o quê?

 

Ficamos a aguardar (sentados e sem suster a respiração!) pelos “sumaríssimos”.

 

Se tiveram a paciência de ler até aqui, hão-de ter reparado que só se falou de um “insubstituível” – precisamente o amigo Lucílio.

 

Quem é a segunda “pedra nuclear” perdida?

 

Está mais que visto: o inefável Ricardo Costa.

 

Este sim, é mesmo (até ver) insubstituível. É que, se para o Lucílio, com maiores ou menores dificuldades, uma vez que não se pode fazer uma época inteira só com arbitragens do Olegário e do Ferreira, lá se conseguirão congeminar alguns substitutos, aqui o caso é bem mais complicado.

 

Terá que se fazer a coisa “por outro lado”!

 

Pois é Jorge Jesus, há “pedras nucleares” que são mesmo "insubstituívels".


Nota: Não pretendo aqui denegrir ninguém. Na realidade Jorge Jesus nunca afirmou (que eu ouvisse ou lesse), que haviam "insubstituívels". Disse foi, após a derrota na época passada em Braga, que não haviam equipas "invencívels", como, de resto, por duas vezes já demonstrámos, e espero, continuaremos a demonstrar...

 

O seu, a seu dono.