Quinta-feira, 26 de Setembro de 2013

Super herói dos tempos modernos - o defensor dos jogadores e dos adeptos

 

 

Esta nova estória do pateta platinado tem potencial para fazer jorrar rios de tinta. Também pudera, o fulano desta vez não se limitou a ser igual a si próprio. Superou-se.

 

Experimentem vocês, à saída de um concerto ou de uma semana académica, interceder junto da polícia por um amigo, que azar dos azares, calhou ser parado, não sendo portador de documento de identificação válido.

 

Com um bocado de sorte não levam vocês, e ele, umas valentes bordoadas na mona, e ganham um passeio de ida num carro celular até ao xilindró mais próximo. E quase de certeza que ninguém vai estar preocupado com a reacção do povo que está à volta...

 

É claro, que o mais provável e natural, é que tudo isto vá dar em nada. Ou quase nada. Como um castigo com as competições paradas, ou uma suspensão a terminar com precisão cirúrgica no cagagésimo de segundo imediatamente anterior a que a equipa do sacripanta nos enfrente. O costume.

 

As opiniões sobre o assunto, variáveis consoante a cor clubística, são algumas delas de uma riqueza bem demonstrativa da natureza dos indivíduos que as emitem.

 

Por exemplo, o próprio, diz que não agrediu ninguém. Para António Figueiredo, antigo dirigente do clube do pateta platinado, estão, à semelhança do sucedido com o original, a tentar crucificar o coitado e atingir o clube.

 

Manuel Sérgio recorre às palavras do próprio Papa para defender o amigo, e sentenciar de morte o caso. Talvez lhe valha que o tempo já levou os seus melhores dias, para se safar da blasfémia.

 

Aquele outro comediante, o dos apêndices auditivos protuberantes, cavalgando a situação, e esquecendo que, se a memória não me falha a mim, no meio daquela palhaçada que foi o Apito Dourado, que mais não seja, há pelo menos uma decisão proferida por um tribunal administrativo e fiscal de Lisboa, compara o sucedido com a tragicomédia amadora da Amoreira.

 

Não surpreende. Pois se o homem que não agrediu ninguém, até pediu desculpa, quando se apercebeu que um dos envolvidos na confusão era um agente da autoridade. Com um segurança, não há azar. Com um agente da autoridade, a coisa pia mais fino. Engraçado, tenho a ideia que num certo túnel, as apiniões divergiam.

 

É claro que o próprio dá outra versão dos factos, mas o que é isso? Peanuts.

 

Enfim, fico-me apenas pelo hilariante da questão, para não vos maçar com as exaustivas opiniões e pareceres jurídicos, e com os extensos róis, minuciosamente descritivos, das situações que poderiam levar alguém mais distraído, a tomar aquele indivíduo como um perigoso reincidente em matéria de mau comportamento, com uma leve tendência para o agravamento.

 

Há porém um ou dois pormenores deliciosos, que não vi serem muito debatidos. Aliás, eu próprio só me apercebi deles porque calhou ler um artigo em destaque nos blogues do Sapo.

 

O artigo em causa intitula-se ”Ganhar em três campos é caso de polícia”, e foi publicado no "Dia de Clássico". Abstenho-me de comentar o seu conteúdo, e vou apenas ao que, para o caso interessa.

  

Questiona então o autor, que "não se percebe, e foi essa a ideia com que fiquei, por que é que os jogadores deixaram camisolas na relva em vez de as atirarem, como é comum, aos adeptos. Para as bancadas. Alguns dos adeptos foram lá buscá-las – foram buscar as camisolas e não comemorar o que quer que fosse, é essa, repito, a ideia com que fiquei – e não o podiam fazer".

 

Ora aqui está uma boa pergunta. Porque raios é que as camisolas foram deixadas na relva? Porque carga d'água é que não as atiraram para a bancada, como é comum?

 

Estranho. Ou talvez não.

 

Mais adiante, constata o autor, quase respondendo à sua interrogação, que aquilo que o pateta platinado "fez é caricato e ridículo, só mesmo daquela personagem. Percebe-se por ser quem é, alguém que perde a cabeça com facilidade, mas também pela necessidade de (re)conquistar o coração dos adeptos...".

 

Porque será então, que àquelas almas terá passado pela cabeça deixar as camisolas no relvado, em vez de as atirar para a bancada?

 

Vá-se lá saber!

 

Mas surge a dúvida: foi um acto caricato dum pateta platinado de cabeça perdida, ou a reacção de alguém, a quem uns empata-hmm-hmm estragaram a festa?

 

Curioso, e o que alguns parecem ter perdido de vista, é que de acordo com o regime jurídico do combate à violência, ao racismo, à xenofobia e à intolerância nos espectáculos desportivos (Lei n.º39/2009, de 30 de Junho, na versão da Lei n.º52/2013, de 25 de Julho),

 

"Quem, encontrando-se no interior de um recinto desportivo durante a ocorrência de um espectáculo desportivo, invadir a área desse espectáculo ou aceder a zonas do recinto desportivo inacessíveis ao público em geral, é punido com pena de prisão até 3 anos ou com pena de multa" (n.º1 do artigo 32.º)

 

Por outro lado, parece que segundo o Código Penal, numa reunião pública, incitar alguém à prática de um crime, é também crime (n.º1 do art.º 297.º).

 

Que chatice!

 

E a porra das camisolas na relva, que não me saem da cabeça...      

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