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Azul ao Sul

Algarvio e portista E depois? O mar também é azul...

Azul ao Sul

Algarvio e portista E depois? O mar também é azul...

Nuclear não, obrigado.

11
Ago10

“Ó papão vai-te embora

Lá de cima do telhado

Deixa dormir o menino

Um soninho descansado

 

 

(…)

 

Nuclear não, obrigado

Antes ser activo hoje,

Do que radioactivo amanhã

Nuclear não, obrigado”

 

Lena d’ Água, Perto de ti, 1982

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fazendo jus aos seus dotes de profeta, o treinador do Benfica, já na antevisão do jogo da final da Supertaça, ter perdido "duas pedras nucleares", enquanto que [o] FC Porto perdeu apenas um jogador determinante, o Bruno Alves”.

  

No entanto, no meio da impunidade generalizada, sentem-se confortáveis, e lá vão levando a água ao seu moinho e ao de quem os salva e guarda.

 

Compreendo por isso, a preocupação do Jorge Jesus. Retirado o Lucílio Baptista, não é fácil encontrar quem o substitua, assim de caras.

  

Após o jogo, com o resultado que se viu, o discurso não se alterou substancialmente: “não concorda que o Benfica esteja mais fraco, antes disse que tem muitos jogadores fora de forma: «O grande problema é que tive 7 jogadores no Mundial»”.

 

Sobre este tipo de lamúrias, há uma máxima que nunca me esqueço, e que é: “de insubstituíveis estão os cemitérios cheios”.

 

É curioso que o próprio Jorge Jesus, quando o Benfica defrontou e derrotou o FC Porto (por 1-0, golo de Saviola), na 14.ª jornada da Liga Pescada, se bem me lembro, ao contrário daqueles que andaram a falar de favores do Olhanense, minimizou as ausências do Di Maria (expulso em Olhão), do Coentrão (quinto amarelo) e as lesões do Aimar (que não jogou, jogando no seu lugar o Carlos Martins) e do Ramires (substituído durante o jogo pelo Felipe Menezes).

 

Em má hora o Jesus havia de se lembrar do Urretavizcaya, que haveria de participar naquela palhaçada de golo que deu a vitória aos encarnados, para depois vir a ser dispensado no mercado de Inverno, e, pelos vistos, assim continua.

 

Fora de brincadeiras, é claro que há sempre elementos que são difíceis de substituir, quando não, impossíveis mesmo.

 

E para mais quando quem sai demonstrou uma tal qualidade e amor sem reservas à camisola, que torna tormentosa para quem chega a sua substituição.

 

Outras vezes são os reforços, que, malgrado a sua vontade de triunfar e os esforços por que envidam, não logram proporcionar os resultados esperados.

 

Uns, sem que se ponha em causa a sua qualidade, ainda que ocasionalmente possam oferecer resultados, não dão garantias em todas as ocasiões.

 

Crêem-se absolutamente independentes e querem pensar pela sua cabeça. Falta-lhes uma visão de conjunto, pensando que poderão persistir nessa sua senda individualista. Até um dia…

 

Outros, coitados, pura e simplesmente, não têm qualidade suficiente. São incompetentes e toda a gente sabe ao que vêm, não sendo capazes de disfarçar minimamente aquilo que pretendem, ou quem os comanda e os salva da nula habilidade.

 

E há ainda aqueles que são extraordinários no seu labor. Tão extraordinários que, por vezes, com bastante frequência até, exageram. Atingem “picos de forma” muito cedo na temporada, e sobem com isso as expectativas.

 

Em condições normais aconteceria o que se disse para os anteriores, toda a gente sabe ao que vêm, e isso poderia constituir uma forte condicionante a que correspondessem às expectativas criadas.

 

 

 

 

O “mundialista” Olegário Benquerença, “par” do Lucílio, na época transacta parece ser o único, claramente à altura da tarefa.

 

O Pedro Proença enquadra-se naqueles casos de pretensa independência, e é um bocado aleatório nas suas intervenções. Tem-se em grande conta, e agora, tendo sido considerado o melhor árbitro, o seu narcisismo deve estar nos píncaros. É como o outro: “Julga-se o melhor condutor do Mundo…”.

 

Tão depressa pode acertar, como errar redondamente, em suma, não é fiável.

 

Ficam os Brunos Paixões, os Carlos Xistras, os Elmanos, os Joãos Capelas, os Vascos Santos, os Hugos Miguéis, os Cosmes Machados, e a nova estrela da companhia, que mal acabou o tirocínio de subserviência, é já internacional, Artur Soares Dias. 

 

 

Lá está, como é bom de ver, qualidade e competência não são certamente factores que naquele naipe estejam presente. Em todos os indicados se puderam assistir ao longo da época passada, falhas primárias e investidas contra a verdade do jogo, em particular, como acontece com os touros, quando em presença de uma certa e determinada cor.

 

Como candidato melhor colocado para fazer companhia ao Benquerença, “pode vir o (João) Ferreira”. É sem margem para dúvidas a escolha acertada.

 

Porém, como disse acima, e ficou amplamente demonstrado na final da Supertaça, o João Ferreira tem tendência para extremar as suas actuações (e)levando-as mesmo ao exagero.

 

Competência não lhe parece faltar, mas a necessidade de que padece de sentir-se útil, leva-o a cometer excessos, como a festinha ao Álvaro Pereira.

 

O resumo dos outros lances em que fica demonstrada a sua capacidade encontra-se no vídeo que se segue, da lavra do "Mística do Dragão".
 

 

 

 

 

Um árbitro capaz de uma tal performance não é incompetente, antes pelo contrário. Perdoar cinco expulsões, todas a jogadores da mesma equipa, num só jogo, é obra. Melhor ainda quando, pelo menos, dois desses jogadores deram motivos para ser expulsos por duas vezes (David Luís – acumulação de amarelos e vermelho directo no lance com o Sapunaru, e Carlos Martins, vermelhos directos), e um deles, o Carlos Martins, conseguiu a proeza de chegar ao fim do jogo sem uma única admoestação. É obra!

 

Para refrescar algumas memórias aqui fica um “tesourinho deprimente” do baú benfiquista, em que se pediu, não, exigiu, a aplicação de um castigo ao Cristián Rodriguez, por uma pretensa agressão que ficou a anos-luz, por exemplo da do David Luiz.

 

 

 

A talho de foice, para que não esqueçam, foi o senhor árbitro da “mãozinha” na cara do Álvaro, que num acesso de homofobia, expulsou o Olberdam, no Funchal, por este mandar um colega “tomar no cú”.

 

E já que estamos com a mão na massa, convém ainda não esquecer que o Vandinho foi castigado com quatro meses de suspensão, por “tentativa de agressão”.

 

Aquele esticar de pata do Tacuara foi o quê?

 

Ficamos a aguardar (sentados e sem suster a respiração!) pelos “sumaríssimos”.

 

Se tiveram a paciência de ler até aqui, hão-de ter reparado que só se falou de um “insubstituível” – precisamente o amigo Lucílio.

 

Quem é a segunda “pedra nuclear” perdida?

 

Está mais que visto: o inefável Ricardo Costa.

 

Este sim, é mesmo (até ver) insubstituível. É que, se para o Lucílio, com maiores ou menores dificuldades, uma vez que não se pode fazer uma época inteira só com arbitragens do Olegário e do Ferreira, lá se conseguirão congeminar alguns substitutos, aqui o caso é bem mais complicado.

 

Terá que se fazer a coisa “por outro lado”!

 

Pois é Jorge Jesus, há “pedras nucleares” que são mesmo "insubstituívels".


Nota: Não pretendo aqui denegrir ninguém. Na realidade Jorge Jesus nunca afirmou (que eu ouvisse ou lesse), que haviam "insubstituívels". Disse foi, após a derrota na época passada em Braga, que não haviam equipas "invencívels", como, de resto, por duas vezes já demonstrámos, e espero, continuaremos a demonstrar...

 

O seu, a seu dono.

PQP

26
Abr10

Pêquêpê era o nome-de-guerra utilizado por Pedro Queirós Pereira, nas suas andanças de piloto de ralis. Segundo consta, o actual Presidente do Conselho de Administração da Semapa foi um dos bons pilotos que existiram (e existem no nosso País).

 

A mim, dizia-me alguma coisa porque, na ânsia de pôr nomes de pilotos nas caricas que participavam nas sempre empolgantes corridas de caricas, que se faziam em ciricuitos sempre novos, traçados nas areias da Praia de Faro, recorri aos serviços de consultoria do meu Pai, que, na sua ignorância do que era a F1, me indicou os nomes que lhe eram familiares, e que eram pilotos de rali.

 

Entre outros, o Pêquêpê, o irmão (penso eu de que...!) Mêquêpê, o Santinho Mendes, os algarvios Carlos Fontaínhas e o Rogério Seromenho. Estes, concorriam nas areias, sem grandes espinhas, com o Jody Scheckter, com o Gilles Villeneuve, o Bruno Giacomelli, o James Hunt, o Clay Ragazzoni, e claro, o Alan Jones e o Carlos Reutmann, por vezes até os nós dos dedos sangrarem. E até ganhavam, dependendo do bom estado da carica...

 

Mas, o PQP a que me refiro não é este. Esta introdução é só para desanuviar um bocadinho, e porque não tive a coragem necessária para escarrapachar no título, de caras, "Puta que pariu".

 

O que até é pena, porque, de certeza que aumentava exponencialmente o número de visitantes do blog! A desilusão depois é que seria pior...

 

O PQP a que me refiro, não é outro senão o acrónimo de "Puta Que Pariu".

 

Convirá esclarecer de que, apesar de tudo, não se trata de um "puta que pariu" destinado a alguém em especial, senão seria o portuguesinho "vai para a puta que te pariu".

 

Não, este "puta que pariu" é de origem brasileira, e de acordo com o wikcionário, expressa susto, apreensão ou aflição.

 

E isto vem a propósito de quê? Vem porque "puta que pariu", foi o que me veio à cabeça quando soube que o Falcão não ia jogar contra o Benfica, por ter visto o quinto amarelo em Setúbal.

 

Puta que pariu, foi o que me ocorreu quando vi a jogada inacreditável que ditou a amostragem do quinto amarelo.

 

Puta que pariu, se o concorrente directo do Falcão pela bola de prata não podia ter sido expulso por jogadas piores, nas duas primeiras jornadas da Liga Pescada, e levado mais uns quantos amarelos, por jogar "pelos cotovelos".

 

Puta que pariu, como é que estará o Lionn, depois da entrada do Máxi Pereira, e quanto jogos ficará de fora o tipo a que o Carlos Martins partiu a perna?  

 

Puta que pariu, pelo azar que o FC Porto teve por o Djikinné não jogar. É que se jogasse, o árbitro podia, simplesmente não o expulsar, como no jogo da primeira volta, e escusava de prejudicar o FC Porto também no jogo com o Benfica.

 

Puta que pariu, que este árbitro continua a fazer de conta que arbitra à inglesa, e a deixar jogar, mas cada vez mais me convenço que, afinal de contas, ele não sabe mesmo é o que anda a fazer. A continuar assim, mais tarde ou mais cedo, ainda o voltam a deixar arbitrar jogos do Glorioso...

 

Puta que pariu, quando vi que o Benfica, com quinze minutos de jogo, ganhava já por um a zero.

 

Puta que pariu, quando percebi que o Cardozo é que tinha marcado o golo.

 

Puta que pariu, quando soube que o golo tinha sido de penálti.

 

Puta que pariu, quando me apercebi que o Olhanense estava a jogar, desde os dez minutos, com dez jogadores.

 

Puta que pariu, quando vi a jogada do penálti.

 

Puta que pariu, que não percebo nada disto. Então não era opinião generalizada entre os benfiquistas que o golo que lhes foi anulado no jogo contra o Nacional da Madeira, por este mesmo árbitro do jogo do FC Porto, por mão do Miguel Vítor, esparramado no chão, e que lhe valeu a erradicação dos jogos do Benfica, tinha sido uma vergonha?

 

Puta que pariu, se não há pelo menos um benfiquista, que ainda não se conseguiu esquecer da expulsão injusta (para ele!) do Djalma, num Marítimo x FC Porto, há quase dois anos, numa jogada deste género?

 

Puta que pariu, se na jogada em que o Castro pontapeia a bola contra o Aimar, a bola não lhe vai ao braço, como na jogada do Delson.

 

Puta que pariu, como é que o árbitro nem sequer tem dúvidas, em qualquer uma daquelas jogadas?

 

Puta que pariu, se o Cardozo não simulou atabalhoadamente um penálti no final do jogo (com direito a reclamação e tudo, mas muito comedida. Deve estar consciente de que não é grande actor!)? Não podia ter levado o segundo amarelo?

 

Puta que pariu, isto vai ser assim até ao fim, não vai?

 

Agora sim, apetece-me mandá-los, à portuguesa, para as putas que, desafortunadamente, os pariram...

 


Nota: Como diria o Octávio, "vocês sabem de quem é que eu estou a falar..."     

 

 

 

Adivinhem quem veio para a festa

23
Abr10

O Benfica pode, finalmente, sagrar-se oficialmente este Sábado, campeão da Liga Pescada.

 

Basta para isso que leve de vencido o Olhanense (Força Bicho! Estamos contigo!), e que o SC Braga, não vença no desafio com a Naval 1.º de Maio.

 

Ou seja, caso estes dois pressupostos se conjuguem, há festa na Cesta do Pão.

 

Então, havendo festa, e com o Luisão, o Saviola e o Cardozo recuperados, os encarnados na sua máxima força, fazia lá algum sentido ficar de fora o seu melhor jogador?

 

É claro que não!

 

Quem é que lá vai estar também? O amigo Lucílio, está visto!

 

 

É assim. O Benfica podia ser campeão sem necessidade destas parvoíces. É mais do que provável que sim, mas...não era a mesma coisa!


Nota: Vou abster-me de colocar aqui outra vez (já era a quarta vez, caramba!) a fotografia da faixa que os adeptos do SC Braga, puseram no Estádio Axa, quando o Benfica lá se deslocou, a dizer que, apesar dos milhões, o Lucílio ainda era (é) o melhor jogador do Benfica.

 

 

Assim Naval!

06
Nov09

Estava o Benfica no processo de lamber as feridas abertas pelo jogo em Braga, e eis que lá vem um Everton, nem por isso very british, nem por isso, muito inteligente, nem por isso grande equipa, e que, pelos vistos, continua com um número de baixas, quase tão grande como a função pública portuguesa.

 
Em suma, um excelente unguento para ajudar a cicatrização.
 
Só que isso é lá na estranja. A nível interno, o jogo com a Naval 1º de Maio, bastante distante daquela que, por exemplo, na época passada, mais ou menos por esta altura, foi ganhar ao Dragão, parece o ideal para atingir a plena recuperação.
 
 Mas não há garantias, e o Augusto Inácio não é de fiar. O que fazer então?
 
 
Ó meus amigos, era preciso tanto? Não lhes chegava qualquer um dos outros, com excepção do Jorge Sousa? Tinha que ser o Lucílio?
 
 
É pá, assim não vale!
 
Os meus parabéns antecipados pela goleada. Acho que até da bancada o Cardozo vai marcar o penáltizinho da ordem…