Bem, as coisas não correram como se esperava, mas é como encontrar alguém na rua, após uma daquelas passagens de anos em que nada de especial acontece:
“Então como é que correu?”
“Passou-se…”
(este “passou-se” pode ser interpretado num outro sentido, mas não é a esse a que me refiro)
Assim foi mais este adversário: “passou-se”. Para quem, como eu, esperava uma entrada triunfal, marcar o primeiro, marcar o segundo, e depois sim, entrar na gestão do plantel, tendo em conta o compromisso do próximo fim-de-semana contra o SC Braga, nada disso aconteceu.
Digamos que o opositor era daqueles tão enfezadinhos que as meias-tintas chegaram e sobraram. O ritmo foi aquele que foi, e chegou quanto baste para atingir o resultado que antecipara, apenas com uma única unidade em alta rotação, o João Moutinho.
No mais, “passou-se”.
Mas atenção, não queiram ler aqui uma crítica veemente à nossa exibição. Nada disso, estivemos focados, e fizemos o suficiente para, ainda que com pouco brilhantismo à mistura, superar mais um passo em direcção ao primeiro lugar do grupo e meter ao bolso mais um milhão de euros.
Achei interessante um comentário do nosso treinador, quando confrontado com a situação que vivia há um ano atrás, e com aquela que experimenta hoje, e que ajuda grandemente a explicar as diferenças:
«Faz parte da vida, é preciso crescer e isso acontece fundamentalmente nas dificuldades. O contexto é diferente este ano, o trabalho é o mesmo, as cabeças estão limpas, focadas e quando assim é...»
Quanto a mim, os motivos de interesse não param por aqui. A tal gestão do plantel, apesar de tudo, foi feita. O Fernando e o Alex Sandro sempre jogaram uns minutitos, para aquecerem para Braga, e o Atsu também.
Convenhamos que seria injusto para este último, depois da exibição contra o Nacional da Madeira.
Mas há mais. Gosto muito da nossa defesa. Estou a gostar muito de ver o Abdoulaye. Pronto, tem daquelas coisas que o rapaz não consegue evitar, e que lhe fazem sair na rifa cartões amarelos, quiçá desnecessários.
Se pensarmos num Fernando Couto, num Jorge Costa ou num Bruno Alves, por acaso eram meninos de coro?
E também não desgosto do Mangala. Está à esquerda por necessidade, mas não compromete por aí, além. É um pouco como o colega anterior, às vezes, exagera um bocadinho. No cômputo geral, o que é isso?
Há ainda outro aspecto que me agradou de sobremaneira, e que também tem que ver em parte com o Mangala.
Sai o Abdoulaye por, lá está, um daqueles amarelos, e entra o Alex Sandro. O francês vai da esquerda para o meio, e siga a marinha.
Sai o Lucho Gonzalez, entra o Christian Atsu. Este vai jogar junto à linha, e o James interna-se para assumir o papel do Lucho.
Ou seja, temos polivalência. Temos alternativas na equipa para várias posições, e até dentro do onze inicial, os que iniciam o jogo podem mudar de posição durante a partida, não estamos na dependência de trocas directas, muito mais previsíveis para os adversários.
É bom sinal. Quanto a mim, pelo menos.
…e venha de lá o SC Braga.