Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Azul ao Sul

Algarvio e portista E depois? O mar também é azul...

Azul ao Sul

Algarvio e portista E depois? O mar também é azul...

Unfuckingbelievable

01
Mar13

Uma vez mais vamos jogar na capital, e uma vez mais não vai estar um árbitro internacional a dirigir o jogo.

 

Ou seja, nas duas vezes em que medimos forças com aqueles que à partida, muito à partida, tão distantemente à distância, seriam os nossos principais rivais na disputa do título, a lógica de nomear os melhores juízes para os recontros mais importantes não prevaleceu.

 

A primeira vez, na Cesta do Pão, não sendo de todo expectável, o recurso ao João “pode vir o João” foi perfeitamente compreensível, ficando para registo a falta de vergonha de quem o nomeou. Agora, surge o nome de Paulo Baptista para a Calimeroláxia.

 

 

Porquê? Pergunto eu. E a pergunta não tem que ver especificamente com o Paulo Baptista. Antes ele que outra dose do amigo João, ou o Duarte Gomes, ou mesmo, uma vez que o Maicon vai, quase de certeza, jogar, o Jorge Sousa.

 

O Paulo Baptista, ainda que não sendo o decano do quadro principal, lugar ocupado pelo João “pode vir o João”, é a par deste, um dos mais experientes em actividade, mais exactamente desde 1987/1988.

 

Pelo que li há tempos num comentário, consta que é benfiquista, e que gosta de festejar as vitórias do seu clube. Mas isso, também eu. Não sou é árbitro, Deus me livre.

 

Ainda assim, não guardo dele muito más recordações. Esteve há uns anos, ainda no tempo do Jesualdo Ferreira, numa derrota nossa no Funchal, com um autogolo do Rolando, e na derrota caseira por 0-2, que sofremos numa primeira mão da meia-final da Taça de Portugal, e que haveríamos de reverter com um 3-1, na segunda mão, em plena Cesta do Pão.

 

Em contrapartida, apitou na Figueira da Foz a nossa vitória inaugural da época de 2010/2011, e assinalou o tal penálti que deixou muita gente com uma prolongada sensação de ardor estomacal.

 

Nunca chegou a internacional, e julgava eu, que a final da Taça de Portugal da época passada teria sido o ponto mais alto da sua carreira. No entanto, vai-se a ver e é actualmente, em paralelo com os internacionais João Capela, Artur Soares Dias, Jorge Sousa e Carlos Xistra, e o não internacional Bruno Esteves, um dos que mais partidas em que marcaram presença algum dos clubes grandes, mais grandes, ex-grandes, e aspirantes a grandes, que leva dirigidas.

 

Porquê? Pergunto novamente. Estarão todos os internacionais indisponíveis para amanhã?

 

Embora não sendo transparente se ainda subsistem algumas normas na matéria, seguindo a regra, talvez ilusória, de que o mesmo árbitro só poderia repetir um mesmo clube a cada dois jogos, o Xistra, o Soares Dias e o Hugo Miguel, estariam assim excluídos. E os outros?

 

Proença, Benquerença, Capela, ou o recém promovido Marco Ferreira? Deixo de fora por motivos óbvios o Duarte Gomes e o Jorge Sousa, e o Vasco Santos, porque pertence à AF Porto, e não quero trilhar ninguém.

 

Fazem todos parte de alguma lista de proscritos? Se sim, de quem? Quem não gosta de árbitros internacionais? Que se saiba, da parte do FC Porto, para além do Bruno Paixão, que já nem é internacional, não consta que haja qualquer outra incompatibilização. E mesmo essa, vale o que vale…

 

Do Sporting? De terceiros, que não os querem ver nos nossos jogos?

 

Porque é que se afastam árbitros internacionais destes encontros? Memórias recalcadas do “isso é tudo para nos f…”?

 

Se o homem não tem categoria para ser internacional, e é nomeado, terão os demais categoria para serem internacionais? Esta pergunta é retórica. Prestam lá para fora, mas não servem para a Calimeroláxia?

 

Estas nomeações que continuam a ser feitas, por razões que a razão desconhece, ou não atinge, não concorrem de sobremaneira para credibilizar quem as faz.

 

Só falta no domingo, o Bruno Esteves em Aveiro…(ou o João “pode vir o João”, ou o Duarte Gomes).

 


Nota (actualizado às 15h05): Intervalo para o café. Acabei agora mesmo de ler no "Correio da Manhã", que o sportinguista Duarte Moral considera uma afronta ao seu clube a nomeação do Paulo Baptista para o clássico, porque, diz ele, foi um dos árbitros que alinhou na época passada, no boicote aos jogos do Sporting. Hmmm! Começo a gostar deste Paulo Baptista! 

Há carrapau!

25
Jan13

Lisboa – Setúbal – Lisboa – Setúbal. Eis-nos chegados àquela altura da temporada em que a gestão do plantel se torna decisiva. Em Fevereiro, vão novamente entrar em cena os jogos para as competições europeias, e é importante manter o balanço até lá.

 

Não é nada de novo. Vimo-lo em 2009/2010, e temo-lo visto desde então, com maior ou menor incidência. Num ápice ganhou foros de tradição, assim ao género do Dia dos Namorados, aqui há uns anos, ou agora o Halloween.

 

A troika Pereira, Guilherme e Baptista, indo na esteira das anteriores Comissões de Arbitragem, deu início de à três jornadas a esta parte, ao rodízio de árbitros de Lisboa e Setúbal, para os jogos de um certo clube.

 

 

Desta vez, calhou a Bruno Esteves apitar o próximo jogo dessa equipa na Pedreira. É claro que é apenas uma coincidência o facto de ser da terra do carrapau, e aparentemente, fazer nos tempos que correm as vezes de Lucílio Baptista em 2009/2010, quando, a cada três jogos, lhe calhava dirigir uma partida do clube mais grande do mundo dos arredores de Carnide.

 

Para os mais distraídos, recordo que se trata de um jogo entre o primeiro, ainda que ex-aequo, e terceiro classificados da Liga Zon Sagres, e que Bruno Esteves não é internacional.

 

Nem teria que o ser, quando um dos argumentos aduzidos por Vítor Pereira, o dos árbitros, não o nosso, para não nomear para o recente clássico, disputado entre os então primeiro e segundo classificados do campeonato, o melhor árbitro nacional e europeu do ano, foi que Pedro Proença não podia arbitrar os jogos todos.

 

Acontece que, no caso do Bruno Esteves, este é o terceiro encontro que irá dirigir da tal equipa. Antes, esteve na partida contra o Nacional da Madeira, em casa, e contra o Rio Ave, fora. Após esta jornada será o único que (t)repetiu, sendo repetentes uma vez, apenas Marco Ferreira e o inevitável João “pode vir o João” Ferreira. É um facto, não pode estar em todos os jogos, mas vai estando em alguns. Mais que outros.

 

Nada disto seria no entanto relevante, não fossem alguns pormenores comezinhos ocorridos sob os seus auspícios, em jogos do clube em questão.

 

Podemos recordar Paços de Ferreira na época passada, e a carícia afetuosa do Bruno César ao agora seu colega de equipa, Luisinho.

 

 

Ou, novamente Paços de Ferreira, mas há duas épocas atrás, quando teci alguns comentários em relação a certas ocorrências dessa partida, com as quais vos deixo, para que possam meditar sobre a matéria:

 

“O novo léxico futebolístico

 

(...)

 

1) penálti simulado pelo Fábio Coentrão – jogada do tipo “Aimar, Aimar, é cair, e marcar”;

 

2) falta inexistente sobre o Fábio Coentrão, que leva à expulsão do jogador pacense – jogada “E tudo o vento levou”;

 

3) agressão do Cachinhos Dourados – jogada em que o atleta de farta cabeleira encaracolada, amavelmente e com risco iminente para a sua própria integridade física, atinge na face com o seu membro superior um oponente, na tentativa esforçada de remoção de um dente cariado que atormentava de sobremaneira este último, pondo em causa a sua performance desportiva;

 

4) penálti cometido pelo Maxi Pereira – jogada em que o artista, provavelmente filho de mãe de profissão incerta, mas ainda assim inconfessável, projecta o seu antebraço de encontro à zona peitoral do adversário, numa tentativa, de resto, bem sucedida, de demonstrar o acerto da Teoria da Gravidade, da autoria de Sir Isaac Newton (ainda que o dito desconheça por inteiro a Teoria, o Sir Isaac, e tenho as minhas dúvidas quanto à mãe!)”.

 


 

Nota: Parece que o FC Porto corre o sério risco, ui, ui, de se ver excluído da Taça Lucílio Baptista. Não se faz. Isto é coisa da verdade desportiva do Rui Santos, ó se é!

Logo agora que andavam todos tão contentinhos, nomeadamente o João Querido Manha e o Joaquim Rita, porque finalmente levávamos aquilo a sério!

Vá lá, como disse um dia o Domingos Paciência sobre a bola de prata do Nené, dêem duma vez a merda do caneco aos seus legítimos donos!

Quem melhor?

04
Jan13

 

 

O FC Porto viu-se e desejou-se para empatar no António Coimbra Mota, lembram-se?

 

Na altura, foi salvo rés-vés Campo d' Ourique, por um golaço do João Moutinho. Recordam-se?

 

Ora bem, o campo do Estoril vai servir no próximo fim-de-semana, de palco para o desfile, com certeza engalanado, do mais grande do Mundo dos arredores de Carnide.

 

Gente bem avisada, e arisca q.b., terão ficado de sobressalto com as dificuldades por nós sentidas naquele campo, que, a bem da verdade se diga, e talvez disso estejam conscientes, foram menores que as padecidas em Moreira de Cónegos.

 

Vai daí, há que nomear alguém devidamente capacitado para dirigir o próximo jogo. Mas quem? Quem, caramba?

 

Obviamente, o Duarte Gomes. Quem mais poderia ser?

 

O homem que chocou jovens árbitros, teenagers inconsssientes, num encontro, ao assumir-se adepto benfiquista. Ai, ai, a inconsciência da juventude!

 

O adepto benfiquista que, por lapso, apontou três grandes penalidades num único jogo a favor do seu clube, e foi penalizado por isso.

 

É claro que aqui, o surpreendente só poderá ser a penalização, pois noutras ocasiões, e contra outro adversário, os erros que cometeu em barda, nada mais que a bagatela de 14, coisinha de somenos, portanto, até lhe valeram uma menção honrosa e, vai-se a ver, quem sabe se um beijinho na testa.

 

Ainda recentemente, nem uma nota negativa impediu o Conselho de Arbitragem de abrir um precedente ao nomeá-lo para a visita do SC Braga a Guimarães.

 

Um caso flagrante de que mais vale cair em graças, do que ser engraçado.

 

E vem um qualquer tratante querer que se investiguem as declarações do Pedro Proença sobre os observadores dos árbitros. Sim, sim, investiguem se faz favor. Investiguem a quem é que os observadores tanto se esforçam para agradar, e de caminho, enquanto estão com a mão na massa, porque é que o Conselho de Arbitragem, no caso do Duarte Gomes, nem as suas próprias regras cumpre. Sim, investiguem tudo, oh sim, tudinho!

 

A propósito do Pedro Proença e do Duarte Gomes, vê-los juntinhos a apoiar uma candidatura à APAF, dá-me que fazer ao caco. É aquela velha estória do “diz-me com quem andas”.

 

Que mais dizer? Que tenham vergonha? Nem vale a pena. Quem as faz assim, às claras, não tem pruridos dessa natureza.

Só para que conste

12
Nov12

Esta temporada começou bastante equilibrada, do ponto de vista das nomeações arbitrais do Vítor Pereira.

 

Para os nossos primeiros dois embates, dois árbitros de Lisboa - Duarte Gomes em Barcelos e o Hugo Miguel, no Dragão contra o Vitória de Guimarães. Para o segundo classificado, dois árbitros do Porto – Artur Soares Dias, na recepção ao SC Braga, e Jorge Sousa para a deslocação à outra banda, a Setúbal.

 

À terceira ronda, árbitros de Setúbal para todos: nós, apanhámos com o João “pode vir o João” Ferreira, em Olhão. A eles, saiu-lhes o Bruno Esteves, na Cesta do Pão, contra o Nacional da Madeira.

 

Na quarta jornada, o Manuel Mota, de Braga, esteve no Dragão, e o Carlos Xistra, acompanhou as papoilas, no seu salto a Coimbra.

 

Até aqui tivemos um, chamemos-lhe “critério”, mais ou menos uniforme nas nomeações para os jogos de ambos os emblemas, ou seja, árbitros internacionais para os jogos fora de casa e não internacionais, para as partidas disputadas entre muros.

 

A excepção foi a ida do SC Braga aos arrabaldes de Carnide, o que até é compreensível, tratando-se, em princípio, de dois potenciais candidatos ao título.

 

 

Mete-se a quinta ronda, e a antecede-la eis as declarações do Rui Gomes da Silva, a ditar numa espécie de caderno de encargos dedicado ao Vítor Pereira, os juízes que, já agora, se fizesse o obséquio, aquele se poderia abster de despachar para jogos do seu clube. A saber: Carlos Xistra, Artur Soares Dias, Olegário Benquerença, Pedro Proença, João Capela, Rui Silva e Hugo Miguel.

 

Duas notas sobre estas declarações. Parece haver lá para aqueles lados, uma certa propensão para a diarreia mental à quarta jornada.

 

Quem não se recorda, aqui há duas épocas atrás, o apelo encarecido aos adeptos para não acompanharem o clube nas suas deslocações? Pois é, foi também à quarta jornada. À quinta, estava o Vítor Pereira a justificar-se publicamente. Ainda por cima, a coisa parece resultar.

 

Na altura estavam 9 pontos atrás de nós, e na ressaca de uma derrota em Guimarães. Desta vez, até só estavam a dois pontos, mas aquele empate em Coimbra…Podia lá ser!

 

Na época passada, também estavam a dois pontos de distância, mas, valei-nos isso, o triunfo em Guimarães, foi o Imodium, que evitou males maiores.

 

Outro ponto interessante, pelo menos na minha perspectiva, é que dos árbitros arrolados, apenas o Xistra e o Artur Soares Dias marcaram presença no que vai decorrido de temporada, em jogos do dito clube.

 

E em partidas do FC Porto, só o Hugo Miguel e o João Capela. Interessante também é o caso do Rui Silva, que aparece metido nestes assados quando apenas anda nestas andanças, nada mais, nada menos, que desde a época transacta, e só leva no curriculum dois singelos desafios apitados entre os clubes maiores, mais grandes e afins, cá da terra.

 

 

Pronto, ambos tiveram o nosso clube como interveniente, e ambos foram no Dragão (Gil Vicente e União de Leiria), mas daí até à inclusão naquele rol… Coitado, deve estar mais pequeno que o bago de milho!

 

Terminado este breve parêntesis, voltemos à quinta jornada. O que aconteceu de marcante nessa ronda?

 

Talvez nada de especial. Ou talvez não.

 

O certo é que para as idas do FC Porto a Vila do Conde e do outro clube a Paços de Ferreira, ao contrário do que vinha sucedendo até aí, foram nomeados dois árbitros não internacionais, respectivamente, Bruno Esteves e Marco Ferreira.

 

Por coincidência, ou talvez não, perdemos aí dois pontos, e fomos alcançados no topo da tabela pelo nosso rival, que desde então, nunca mais descolou.

 

Por coincidência, ou talvez não, nas quatro partidas subsequentes, das quais, do nosso lado, três em casa (Sporting, Marítimo e Académica), foram nomeados um internacional – Jorge Sousa, para o jogo com os viscondes, o que é normal, vista a possibilidade, cada vez mais cedo, mais remota de chegarem ao título - e dois não internacionais – Cosme Machado e Hugo Pacheco.

 

Para o jogo fora de portas, com o Estoril-Praia, o lisboeta João Capela, de má memória desde Olhão na época passada.

 

Do outro lado, dois jogos em casa e igual número fora. Para o despique com o Beira-Mar na Cesta do Pão, foi nomeado Rui Costa. Um não internacional e, simultaneamente, o homem que não viu as cenas edificantes protagonizadas pelo protagonista do costume, após o encontro com o Nacional da Madeira. Perfeitamente natural.

 

Contra Gil Vicente, fora, Vitória de Guimarães, em casa, e Rio Ave, novamente fora, foram indigitados, Vasco Santos, João “pode vir o João” Ferreira e Bruno Esteves. Ou seja, um recém internacional, um internacional e um, até sou capaz de apostar, futuro internacional.

 

Ora, se o Vitória entrou para o seu jogo no quinto lugar, a que se deve a necessidade imperiosa de termos um portador de insígnias nesse jogo?

 

O Bruno Esteves, não sendo ainda internacional, havia estado nos Arcos quando nós lá fomos. E deu mau resultado. Agora regressou. Terá sido uma tentativa de equilibrar as coisas? Esperaria o Vítor Pereira que o homem, sendo de Setúbal, tirasse pelos da casa nalgum súbito ataque de simpatia com a indumentária?

 

Tudo isto são, é claro, meras conjeturas, e devaneios de quem não tem (era bom!), mais o que fazer.

 

O certo é que, desde o Xistra, à quarta jornada, por incrível coincidência, ou talvez não, a última em que aquele clube perdeu pontos, nenhum dos árbitros ostracizados por Rui Gomes da Silva foi nomeado, e nós já comemos com três, dos quais as recordações que temos não são claramente as melhores: Bruno Esteves, Jorge Sousa e João Capela.

 

O certo é que qualquer um dos árbitros nomeados para as últimas cinco jornadas daquele clube, e com especial destaque para as duas derradeiras, veste na perfeição às avessas, a fatiota talhada por Rui Gomes da Silva.

 

É ainda certo, como se destacou amiúde na comunicação social, ao longo do pretérito fim de semana, que o Mona Lisa, terminou de cumprir o castigo que lhe foi imposto como consequência da não agressão ao árbitro alemão.

 

Sem querer dar demasiada a esse facto, convirá não esquecer que, há não mais que uma semana atrás, aquele elemento era mais importante para o seu treinador, que o Witsel ou o Javi Garcia, ou os dois juntos. Agora, alguém terá dito ao treinador, que talvez essa não fosse a melhor maneira de motivar os que jogam, e já não é bem assim.

 

 

Associando as duas coisas, como disse, sem querer dar-lhe mais importância do que merece, não seria de todo desprezível a possibilidade de aguentar as pontas, e não perder pontos, no mínimo até aqui. Seria bem lixado perdê-los logo duas jornadas antes do seu regresso.

 

Mas isto, é claro, não passam de deambulações paranóicas. 

 

Agora, depois de uma sequência Marco Ferreira-Rui Costa-Vasco Santos-João “pode vir o João” Ferreira e Bruno Esteves, quem será o freguês que se segue para o Olhanense? Soares Dias? Duarte Gomes?

 

E para a nossa ida à Pedreira? O Olegário, que mais uma vez anda longe das vistas? Ou o Pedro Proença? Ou o Xistra. Ainda não nos tocou o Xistra esta época. Era mesmo ao queres…

 

Para terminar, só uma breve nota relativamente aos três novos internacionais e ao Bruno Paixão.

 

 

 

Do Hugo Miguel e do Vasco Santos, não há grande espanto. Há algum tempo que se percebia que eram os delfins de Vítor Pereira, e seria uma questão de tempo até ostentarem as insígnias fifeiras. Tal como o Bruno Esteves…

 

Em 2011/12, não houve promoções, mas na primeira oportunidade, eles aí estão. O Marco Ferreira, a partir do momento em que a Liga está nas mãos de quem está, era perfeitamente expectável que ascendesse à internacionalização.

 

Quanto ao Hugo Miguel, estranho muito a sua inclusão na lista vermelha. Nas últimas quatro temporadas fez seis jogos da nossa equipa, três dos quais em 2009/2010, época em que nem sequer fomos campeões.

 

De então para cá, constam mais três, excluindo a corrente época. Dois em casa no pretérito campeonato (Paços de Ferreira e Vitória de Guimarães), e outro em 2010/11, no Funchal, contra o Marítimo. Em todos eles, não me recordo de erros clamorosos a nosso favor.

 

Má memória a minha, ou lapso do Rui Gomes da Silva?

 

No que toca ao Bruno Paixão, há quem queira veja na sua despromoção o dedo do FC Porto ou a marca distintiva do seu jugo sobre o mundo da arbitragem.

 

É compreensível. Porém, recordo que havia por aí quem pedisse muito mais que a sua despromoção.

 

E que esse alguém, ao que parece, faz gosto em visitar a Rua Alexandre Herculano. Há falta de melhor…

Adivinhem quem veio para o jantar?

31
Ago12

 

Há quatro textos atrás escrevi, a propósito das nomeações de árbitros do Vítor Pereira, o seguinte:

 

“Vergonhosa, continuo a dizê-lo, é a predisposição que certos árbitros continuam sistematicamente a revelar para errar a favor de uns e em desfavor de outros, e que continuem a ser apontados para jogos dessas mesmas equipas.

 

Vergonhoso e preocupante é que quem os nomeia, não sendo bruto e sem dúvida, que tendo arte, continue a nomeá-los, muitas vezes, cirurgicamente quando e para onde as conveniências ditam, sem qualquer tipo de pudor.”

 

E parece de propósito. Amanhã vamos ter no nosso jogo, aqui ao lado, em Olhão, uma das nossas saídas mais problemáticas, e dos poucos sítios onde perdemos pontos em 2011/2012, o João “pode vir o João” Ferreira, que traz consigo o Ferrari de Setúbal, Pais António.

 

Este é apenas um dos árbitros, que a par do Bruno Paixão e do Duarte Gomes, mandariam a decência e os bons costumes que, por estas alturas, estivessem vitaliciamente arredados de jogos que tivessem por um dos intervenientes o FC Porto.

 

Não é por mal, é apenas porque, comprovadamente, padecem de uma condição genética que os incapacita de arbitrar com isenção o nosso clube.

 

Curiosamente, dois deles, o Duarte Gomes, e agora, o João “pode vir o João” Ferreira, quando vamos apenas na terceira jornada da liga, um já esteve e o outro vai estar, se não lhe der uma dor de barriga qualquer, em jogos da nossa equipa.

 

É obra.

 

Diga-se em abono da verdade que, na actual conjuntura, também não abunda por onde escolher.

 

Jorge Sousa e Artur Soares Dias oferecem quase tantas garantias como os anteriores, apenas são menos descarados, e dos candidatos a internacionais, Hugo Miguel, Marco Ferreira e Vasco Santos, haverá por aí com certeza, quem os aprecie bem mais que nós.

 

Bem vistas as coisas, e ainda que também cometam asneiras de palmatória de cada vez que nos apitam, o Pedro Proença e o Olegário Benquerença, serão dos poucos que dão algumas garantias.

 

A esta very short list acrescentaria apenas o nome do João Capela, apesar de nos ter sonegado comprovadamente um penálti na temporada transacta, precisamente em Olhão.

 

Interessante é que dois destes árbitros são personas non gratas noutras paragens.

 

Mais interessante ainda é que foram precisamente os dois melhores árbitros nacionais da época passada, e o Pedro Proença apenas arbitrou as finais da Champions e do Campeonato da Europa.

 

Perfeitamente natural. A UEFA também não pesca nada disto. Então não é que para arbitrar a Supertaça Europeia nomearam o Damir Skomina? Mas quem é que raios é o Damir Skomina?

 

Nada mais, nada menos, que o sacana que apitou uma das meias-finais da Champions, e favoreceu descaradamente o Chelsea, apurando-o para a final, em detrimento do mesmo clube que não vai à bola com o Proença e o Olegário.

 

Isto é claramente, muito mais do que uma coincidência. É uma autêntica cabala maquiavélica orquestrada a meias pela parelha Pinto da Costa-Michel Platini. Só pode…

 

Aliás, a nomeação do João “pode vir o João” Ferreira, só serve para comprovar inequivocamente quem são por cá os maiorais!

 

Resta saber quem é vai estar na Cesta do Pão, na partida com o Nacional da Madeira. Aposto num daqueles três futuros internacionais.

As opções de Vítor Pereira, o outro (ou "A arte de quem parte e reparte")

28
Ago12

Mau. Vir falar de arbitragem logo à segunda jornada da liga, é algo que me desagrada. É uma postura um tanto ou quanto calimera. Mas quando à segunda jornada, há matéria suficiente para fazer um ponto de situação, é sinal que algo não está bem.

 

Esta estória começa com a nomeação do Olegário Benquerença para a final da Supertaça Cândido de Oliveira. Achei surpreendente.

 

O Olegário, ao longo da temporada transacta apitou apenas três jogos que envolveram os primeiros classificados: o nosso jogo em Guimarães, na ronda inaugural, a nossa ida a Braga, à 26.ª jornada, e o jogo do segundo classificado a Vila do Conde, na 28.ª.

 

O homem andou lesionado, até chumbou em testes físicos, mas no essencial, foi completamente ostracizado após o tal famoso jogo em Guimarães, de há duas épocas atrás, que motivou o patético apelo aos sócios de um determinado clube, para não assistirem aos jogos fora de portas da sua equipa.

 

A coisa foi de tal maneira que eu próprio, questionei no texto "Onde está o Wallygário?", por onde andaria. Na altura, ninguém se deu ao trabalho de o descobrir. Mas ele estava lá (é só confirmar abaixo…).

 

 

E também esteve na Supertaça. O jogo propriamente dito não teve nada de especial, em matéria de incidências arbitrais, e ao que parece o Olegário terá sido o segundo melhor classificado entre os árbitros principais na época passada.

 

Como Pedro Proença, o primeiro classificado arbitrara a edição de 2010/2011 (em que também foi o primeiro), possivelmente, não quiseram repetir a dose.

 

As nossas anteriores vitórias foram obtidas sob os auspícios do João “pode vir o João” Ferreira e o Jorge Sousa. Portanto, o critério, com excepção da excepção do João, parece ser semelhante.

 

O que é estranho é o Olegário ter sido o segundo melhor, andando tão arredado dos palcos mais importantes. Será que estamos numa espécie de “Perdoa-me”? Estará o Olegário de regresso à ribalta? A que preço? Mais do que uma homenagem na AF do Porto? Ou menos?

 

Depois veio a Liga. Nos nossos jogos tivemos dois árbitros de Lisboa (Duarte Gomes e Hugo Miguel), e os nossos rivais mais directos dois do Porto (Artur Soares Dias e Jorge Sousa).

 

Para o Sporting foram nomeados um de Lisboa (João Capela) e outro da Madeira (Marco Ferreira). Por sua vez, o SC Braga teve um do Porto (Artur Sores Dias) e um de Portalegre (Paulo Baptista).

 

Nada de mais. Aquilo que se vê aparenta ser a manutenção das premissas anteriormente aplicadas pelo Vítor Pereira: árbitros internacionais para os jogos fora de casa e para jogos entremuros com adversários directos, e não internacionais para partidas disputadas em casa, onde teoricamente, terão a vida mais facilitada.

 

No entanto, as diferenças são óbvias. Nomear Duarte Gomes para a nossa estreia, e logo em Barcelos, onde sofremos a única derrota na Liga passada, tem que se lhe diga. O Duarte Gomes, como todos sabemos, revela, como tantos outros, uma estranha apetência para marcar penáltis em catadupa, quando confrontado com a cor vermelha, e uma exacerbada tendência para errar em nosso desfavor, e depois vir desculpar-se pelo Facebook.

 

Dois penálties por assinalar a nosso favor seria o mínimo expectável.

 

Os outros três, tal como notei no texto anterior, em relação a alguns jogadores do nosso plantel, partem todos eles a cada temporada, de há umas épocas a esta parte, com expectativas elevadas.

 

Hugo Miguel quer chegar a internacional. Artur Soares Dias, tendo alcançado, apesar da sua juventude, o estatuto de internacional, terá a esperança de se afirmar definitivamente no panorama da arbitragem, e se em 2010-2011 foi dos mais solicitados, a época que passou não lhe correu tão de feição.

 

Curiosamente, ou não, apareceu a repetir presença na Cesta do Pão, no encontro inaugural do clube mais grande do Mundo dos arredores de Carnide. Talvez não se recordem, mas aconteceu o mesmo em 2009-2010.

 

Na altura, o adversário foi o Marítimo, e então o Soares Dias limitou-se a não descortinar uma entrada assassina do Cardozo sobre o Alonso, que lhe devia ter valido, logo ali, o vermelho directo, posteriormente complementada com uma simulação de penálti, que poderia ter dado azo à sua expulsão por acumulação de amarelos.

 

Não fui eu, mas o sim o Rui Santos, essa alcoviteira-mor do futebol nacional, que, na altura, o considerou desaconselhado para jogos daquele clube. Ele lá terá as suas razões.

 

Jorge Sousa, depois de ter sido in illo tempore, o melhor entre os seus pares, almeja(rá) alcançar novamente o topo.

 

Os resultados da gestão destas expectativas foi o que se viu. O Hugo Miguel deixou passar mais uma grande penalidade a nosso favor, ao passo que o Artur Soares Dias se limitou a expulsar o homem errado do SC Braga, e o Jorge Sousa a expulsar um do Vitória de Setúbal aos sete minutos de jogo.

 

Nem vale a pena entrar em grandes pormenores sobre o Jorge Sousa, basta que (re)vejam o seu desempenho no nosso jogo na Calimeroláxia, duas épocas atrás, ou o penálti sobre o Aimar, em Leiria, à três, para se perceber para que lado pende.

 

O primeiro golo dos cinco que o nosso rival obteve, não obstante a exaltação que motivou a algunstão submissos noutras alturas, foi um mero bónus.

 

O facto de o Amoreirinha se querer tornar um lídimo sucessor dos Veríssimos e dos Marcs Zoros, que passaram pelas margens do Sado, também não passará certamente de mera coincidência.

 

Portanto, tenho para mim que, vergonha, vergonha, não é o José Pratas a correr à frente de um pelotão de jogadores do nosso clube.

 

 

Vergonhosa, continuo a dizê-lo, é a predisposição que certos árbitros continuam sistematicamente a revelar para errar a favor de uns e em desfavor de outros, e que continuem a ser apontados para jogos dessas mesmas equipas.

 

Vergonhoso e preocupante é que quem os nomeia, não sendo bruto e sem dúvida, que tendo arte, continue a nomeá-los, muitas vezes, cirurgicamente quando e para onde as conveniências ditam, sem qualquer tipo de pudor.

 

Da inevitabilidade do inevitável

02
Abr12

Como aqui tinha previsto, era inevitável que a não divulgação dos árbitros nomeados para a jornada que passou da Liga Zon Sagres, só poderia redundar numa não-medida. Inevitavelmente.

 

Qual o impacto que uma medida deste género terá quando, para o jogo mais importante da ronda, no Estádio da Lucy, é nomeado o João “pode vir o João” Ferreira, e para Dragão, o tal Manuel Mota, que se havia estreado na alta-roda, há apenas duas jornadas, precisamente no Estádio da Lucy?

 

Ou, já agora, quando para Leiria, é indigitado o Pedro Proença, e para Coimbra, o Olegário Benquerença?

 

Era para evitar que os árbitros em causa fossem inevitavelmente submetidos a pressões inconvenientes? Tenham paciência.

 

Estão a ver algum benfiquista a pressionar o João “pode vir o João” Ferreira, ou sequer, a manifestar a mais ínfima contrariedade pela sua nomeação?

 

Ou um portista, a por em causa o Manuel Mota, que ainda não foi tido, nem achado, e a maior parte dos adeptos ainda não o viu mais gordo, nem mais magro?

 

Foi para os adeptos insulares não perturbarem o soninho de beleza do Olegário? Querem lá ver que foi um adepto sportinguista que agrediu o Pedro Proença no Colombo?

 

Sejamos sérios. Para quê uma tal medida, senão para “show off”? Não nos queiram atirar areia para os olhos, e tenham vergonha.

 

 

Para quê este aparato? Para esconder a nomeação do João “pode vir o João” Ferreira, até ao momento do facto consumado? Para evitar as inevitáveis e merecidas “bocas” e reacções a esse propósito? Será?

 

Começo a desconfiar que o Vítor Pereira (o dos árbitros!), é capaz de passar por aqui de vez em quando. Era certo e sabido, como disse no texto anterior, que uma boa maneira de evitar chatices, seria nomear o João “pode vir o João” e o Ferrari de Setúbal, e pimba, aí estão eles. Inevitavelmente.

 

E não quero dizer com isto que, ao contrário do que aconteceu noutras alturas, aqueles dois fulanos tenham sido preponderantes na determinação do resultado da partida.

 

Na realidade, foi uma aposta de risco que até não correu muito mal. O João “pode vir o João” Ferreira, como seria inevitável, foi autor de um trabalho à sua costumeira altura.

 

Disciplinarmente, perdoou inevitavelmente uns quantos cartões amarelos aos fregueses do costume da equipa da casa, e, eventualmente, um cartão vermelho ao Douglão. Tecnicamente, quanto a mim, esteve bem no penálti, mas o golo do SC Braga, nasce de um livre a punir falta que não existe.   

 

Se, muitos viram no nosso jogo em Paços de Ferreira, um penálti por assinalar contra nós, por falta do Sapunaru, então, ficou um penálti por apontar a favor do SC Braga, numa jogada com o inevitável Javi Garcia, como interveniente.

 

E para terminar em beleza, acabou o jogo com a bola a ser disputada na grande-área da equipa da casa.

 

Nada de por aí além, como vêem, a bosta do costume. Inevitavelmente.

 

A questão não tem tanto a ver com o seu desempenho, mas com aquilo que o poderá condicionar, e com a paz de espírito que a sua nomeação propícia.

 

Por muito tempo que passe, é inevitável que perdurem na minha memória o relatório produzido por este árbitro sobre os incidentes do túnel da Lucy, a sua brilhantíssima actuação na Supertaça da época passada, culminada com o “encosto” ao Álvaro Pereira (um aparte: vi este fim-de-semana o Pepe Reina ser expulso, por quase tanto como este encosto!), ou a expulsão por palavras a um colega, do Olberdam.

 

A bem da transparência, mandariam os bons costumes que, inevitavelmente, este árbitro não fosse indicado para jogos de uma certa equipa, ou outros cujos resultados pudessem ser do seu interesse.

 

Pelo menos enquanto não ficasse devidamente esclarecido, porque é que, de entre uma panóplia de árbitros oferecidos, todos os demais são recusados, porque “isso é tudo para nos f…!”, mas o “João, pode vir o João”. Especialmente, quando há coisas que estavam a ser feitas “por outro lado”.

 

Parece-me que seria interessante. Para além disso, é uma teoria minha, ou pelo menos ainda não a vi exposta em parte alguma, mas independentemente do trabalho que realize no terreno, dá-me a ideia que a nomeação deste árbitro como que funciona como um ansiolítico, em prol da estabilidade emocional do desequilibrado que dirige a equipa em causa.

 

Há uma certa preocupação com os detalhes que concorrem para esse objectivo, de entre os quais, a supressão de jogadores adversários, veja-se o caso do Hulk, e a nomeação de árbitros, com os quais esteja “à vontade”, leia-se: por exemplo, os que indiquei no texto anterior.

 

Sem isso, inevitavelmente, as coisas não aparentam ser tão lineares, e as asneiradas tácticas revelam uma certa tendência para emergir com mestria, como segundo rezam as crónicas, aconteceu recentemente contra o Chelsea, e acontecera de forma mais evidente no cincazero, com o Cachinhos Dourados a ser desviado para a esquerda para marcar o Hulk.

 

 

 

Adiante. Inevitável, como não poderia deixar ser, foi também a nossa vitória sobre o Olhanense. Mal seria se assim não fosse, caramba!

 

E isto apesar de mais um Neuer, desta vez Fabiano de seu nome. O Vítor Pereira (que não o dos árbitros!), acabou por condescender ao bom senso, e admitir inevitavelmente aquilo por que, atrevo-me a dizer, grande parte dos portistas ansiavam.

 

Penso que não andarei muito longe da verdade se disser que os onze que entraram em campo, eram aqueles inevitáveis para todos nós, arrotadores de postas de pescada encartados, e que ele, treinador, insistia em não reconhecer.

 

O Sapunaru à direita, o Maicon ao centro, o Rolando no banco, o Fernando no meio do terreno e o James, na esquerda, penso que seria o sonho de quase todos os portistas. Só faltou mesmo contentar os que ainda anseiam pelo Iturbe. A seu tempo, a seu tempo…Inevitavelmente?

 

Ganhámos, ganhámos bem, com o inevitável um penálti do costume por assinalar. Gostei da lógica do “contacto iniciado dentro da área, mas a falta acontece fora”, que por aí ouvi a justificar a não marcação.

 

Quase tanto como do cartão vermelho, que terá ficado inevitavelmente por mostrar ao Sapunaru, e não a outros, que tiveram entradas do mesmo género.

 

Enfim, a inevitável lenga-lenga do costume.

 

Assim como inevitáveis foram as declarações do Prof. Doutor Rei da Chuinga no final do jogo contra o SC Braga, queixando-se de que só tem tempo para jogar e recuperar, e os outros, dão se ao luxo de, ter tempo para treinar, vejam bem.

 

Mas, diz ele, “as grandes equipas são assim”, estão em todas as frentes.

 

É verdade. Com uma nuance. As equipas mais grandes são assim. Estão em todas as frentes, e vai-se a ver, no fim saem de lá com uma mão cheia de nada, ou felizes da vida, com a inevitável Taça do Lucílio.

 

As equipas maiores, como aquela que na temporada passada esteve em cinco provas, e limpou quatro delas, chegam lá e triunfam. E só têm tempo para jogar e recuperar.

 

É essa a linha, muito pouco ténue, que marca inevitavelmente, a diferença entre as equipas mais grandes e as maiores, e é essa a linha que, no final da Liga, espero que não venha a ser quebrada por um labrego ruminante.

 


Nota: para a próxima jornada, a mais decisiva, após a última jornada mais decisiva que já passou, vamos ver se há ou não divulgação dos árbitros nomeados. Seja como for, aposto, desde já, no Duarte Gomes, para a Calimeroláxia e no Pedro Proença, para a Pedreira. Quem alinha?

Há coisas tão simples, não há?

30
Mar12

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Bem, com esta não-medida super-hiper-mega transparente de não divulgar os árbitros nomeados para a 25.ª jornada da Liga Zon Sagres, quase que ficava sem assunto para hoje.

 

Para além do enorme prejuízo que essa atitude estultícia, tão egoísta, me poderia causar, há ainda que ter em conta, nos tempos austéros em que vivemos, os custos que acarreta uma tomada de posição deste género.

 

Reparem, se o Ministério da Admnistração Interna gizou, como se diz por aí, um plano de segurança para proteger os árbitros, certamente enquanto estes não mudam de casa, para morada novamente incerta, como acontecia antes da divulgação dos seus dados pessoais, então, mais valia divulgar a lista de nomeações.

 

É que divulgando-a, bastava proteger um árbitro (e/ou a respectiva família) a cada ronda. Assim, têm que estar constantemente de olho em vinte e cinco. Convenhamos, numa altura em que as forças policiais não dispõem de efectivos e viaturas suficientes para garantir a segurança dos cidadãos, ou quando os têm lhe faltam as condições para os utilizar, este esforço adicional é obra. Mais valia, de facto, mudarem de casa!

 

Mas falemos de coisas sérias. Parece-me a mim, que sou básico, que a solução desta questão da arbitragem é muito simples, como não poderia deixar de ser.

 

Vejamos então algumas medidas simplórias e de sucesso garantido, que poderiam ser implementadas por quem de direito:

 

a) Regresso imediato e compulsivo à actividade, a título excepcional e vitalício, do Lucílio Baptista e do Paulo Paraty. Se o Paul Scholes regressou ao Manchester, porque é que o Lucílio e o Paulo Paraty não o hão fazer?

 

Por causa de algo tão comezinho como um “limite de idade”? Num País onde o 13.º mês e o subsídio de férias não são sagrados, vamos prender-nos a minudências dessa ordem?

 

b) As partidas a disputar pelo clube mais grande do Mundo dos arredores de Carnide, só poderão ser dirigidas por um daqueles árbitros regressados, pelo João “pode vir o João” Ferreira ou pelo Duarte Gomes.

 

Quanto muito, admite-se a título muito excepcional, e quando os jogos estão de antemão decididos, que possam intervir como uma espécie de árbitros, o Vasco Santos e o Bruno Esteves, desde que comprovada e inequivocamente continuem a demonstrar a sua (in)habilidade para o exercício da actividade que frequentemente insultam.

 

Ou ainda, quando o treinador da equipa em questão estiver naquelas alturas do mês, em que lhe apetece ofender e agredir adversários, é aceitável a nomeação do Rui Costa.

 

Estas nomeações serão antecipadamente calendarizadas para a totalidade da época, e delas será dado, para os efeitos tidos por convenientes, prévio conhecimento aos interessados. Ou seja, aos titulares das equipas de arbitragem em causa, e à formação que na ocasião trajar de vermelho.

 

Havendo mais do que um contendor que envergue vermelho, será notificado unicamente aquele cujo treinador apresentar a trunfa mais desgrenhada;

 

 

c) Nunca, mas nunca mesmo, em hipótese alguma, poderá o árbitro assistente Ricardo Santos ser incluído em equipas de arbitragem escolhidas para jogos da equipa mais grande do Mundo dos arredores de Carnide.

 

Para esses jogos poderão ser nomeados, ou o rapaz de Setúbal com alcunha de carro desportivo de alta cilindrada, ou aquele moço jeitoso que esteve a acompanhar a tal equipa em Aveiro no encontro com o Feirense, ou ainda qualquer outro, desde que dê pelo nome de Venâncio Tomé.

 

Dadas as dificuldades que estas restrições poderão colocar na escolha de árbitros assistentes, abre-se uma excepção. Nos desafios disputados em casa, e apenas nestes, poderá fazer-se recurso a alguns assistentes que se encontrem nas bancadas

 

Como aquele indivíduo diabólico de Gaia, com uma barbicha, que em tempos salvou um colega de sufocar por engasgamento, com um calduço bem aplicado, ou um outro personagem de barba e cabeleiras fartas, que por lá costuma vegetar;   

 

d) Para os jogos do FC Porto deverão ser nomeados, qualquer um dos árbitros indicados acima, excluindo-se da lista, contudo, os nomes do Vasco Santos, do Bruno Esteves e do Rui Costa, e acrescentando-se-lhe os do Bruno Paixão, e, apenas para as partidas a disputar na Calimeroláxia, do ex-Super Dragão Jorge Sousa;

 

e) A nível de critérios para a nomeação de árbitros assistentes, dá-se preferência a indivíduos com o nome de Venâncio Tomé.

 

É aceitável a nomeação do Ricardo Santos, contanto que, na parte do encontro em que lhe caiba acompanhar o ataque do FC Porto, se veja forçado a abandonar o recinto de jogo, por motivo imprevisível, como os que se indicam: ter deixado o arroz ao lume, ter disparado o alarme de casa, ter a água do banho a correr ou ter-se esquecido de deixar o jogo a gravar;

 

f) No caso do Sporting, os jogos que realize deverão ser dirigidos alternadamente, pelo Carlos Xistra ou pelo Bruno Paixão.

 

Quando algum destes dois provocar ataques de choro compulsivo, e se a birra não passar, dá-se-lhes um bocadinho de Aero-OM, e para roca, o André Gralha, ou qualquer outro que apresente uma tendência irreprimível para marcar penáltis inexistentes;

 

g) Quanto ao SC Braga, não consegui encontrar dados que possa considerar válidos para estabelecer algumas preferências, ou o contrário. Ainda me dei ao trabalho de pesquisar no Facebook, se de entre os amigos haveria algum árbitro ou árbitro assistente, ou nos “likes”, mas não encontrei nada de jeito. Ficará para aprofundar numa próxima ocasião;

 

Pois é. Como vêem a solução dos problemas da arbitragem, do futebol português e do País em geral, quiçá, pois afinal de contas, o país são eles, é fácil e expedita, basta haver vontade para tal. E essa, de certeza que não falta.

 

Quais greves, qual carapuça!

 

 

Caso algum dos meus Estimados Leitores, possua meios de fazer chegar estas minhas humildes sugestões a quem tenha poderes de facto para as implementar, estejam à vontade, que não serão cobradas royalties ou direitos de autor.

 


 

Nota: Não é por nada, mas tenho cá um feeling que, tal como a nota do Bruno Paixão, no último Gil Vicente x Sporting, não deve tardar mesmo nada para que se saiba quem são os árbitros nomeados para esta jornada. Ou, pelo menos, que alguns o saibam...

Quatro (quase) fantásticos

23
Mar12

Hoje, de todos os dias, não queria deixar de escrever qualquer coisa.

 

Foi precisamente neste dia, há quatro anos atrás, que nasceu o "Azul ao Sul". Faz hoje, portanto, o seu quarto aniversário.

 

Tem sido um percurso algo acidentado, que meteu de permeio duas interrupções na actividade, e daí o "quase", no título do texto.

 

Este último regresso às lides bloguistícas, que aconteceu efectivamente, no início do presente ano, tem corrido às mil maravilhas. O mês de Fevereiro e no que vai decorrido de Março, os números de visitantes que por aqui passa(ra)m entraram directamente para o Top3 do número de visitas, e Janeiro também lá esteve.

 

Não está mau, para uma baiúca destas.

 

 

 
Como disse noutras ocasiões, ou se não disse, devia tê-lo dito, não foi esse o objectivo com que iniciei este passatempo. Mas já agora, podendo juntar o útil ao agradável, porque não?
 
Além disso, isto é complicado. Não por falta de assunto, e aí, tenho muito a agradecer à malta do segundo classificado na tabela da Liga, mas essencialmente, porque redigir os textos e, principalmente, muitas vezes, pô-los cá no momento oportuno, não é fácil. Por vezes, perde-se o timming ideal, e lá vão eles...
 
Bem, como já devem ter percebido, muito do que para aqui vai não passa de alucinações, ou é fruto da maneira como vejo o que vai acontecendo no panorama futebolístico. A esse nível, não contem com grandes melhoras!
 
Vou tentar continuar como até aqui. Fundamentalmente, vou tentar continuar, e tanto quanto possível, fazer minhas as máximas do "Bibó Porto, carago!" e do "Dragão até à morte", ou seja, "Quanto mais mentirem sobre nós, mais verdades diremos sobre eles" e "Todos juntos somos poucos para vencê-los".
 
O meu muito Obrigado, a todos os que cá vêm.
 
Entretanto, falando de futebol, ali ao lado, em Olhão, parece que a partida acabou empatada. Olha que azar!
 
...e parece que o Aimar foi expulso por não ter enfiado uma patada, ainda que ao de leve, num adversário. Olha que pena!
 
Este João Capela começa a subir na minha consideração. E eu que estava com dúvidas em relação a esta nomeação do Vítor Pereira (o dos árbitros).
 
O Capela, não sei se se lembram, foi o tal que quando o FC Porto veio a Olhão, não assinalou uma falta para grande penalidade sobre o Hulk, que depois a Comissão de sei lá o quê, veio dizer que era mesmo falta.
 
Tendo este antecedente em conta, e a expulsão do Pouga (e a exibição global que fez), num jogo do mais grande do Mundo dos arredores de Carnide, contra o Leixões, aqui há duas épocas, de que ainda não me esqueci, tinha as minhas dúvidas. Afinal, o homem gosta mesmo de Olhão. Deve ser mais ou menos como o Bruno Paixão e Barcelos...
 
 
 
 

 

Falando de árbitros e nomeações, será que alguém é capaz de me explicar porque é que as nomeações para esta jornada são o inverso das da ronda anterior?

 

Na 23.ª jornada, todos os clubes dos cinco primeiros lugares da classificação apanharam árbitros internacionais, excepto o segundo classificado. Nesta, todos apanham árbitros não internacionais, excepto, adivinharam, o segundo classificado. Porque será? Haverá alguma lógica por detrás deste fenómeno?

 

Sporting x Feirense. É facil, vai o Vasco Santos. O André Gralha estará na Pedreira, na recepção do SC Braga à Académica. Na nossa ida à capital do móvel, vamos ter o Hugo Pacheco, e na ilha dos buracos, vai estar o Jorge Ferreira, no Marítimo x Gil Vicente.

 

Sem contar com o Vasco Santos, os demais são muito pouco rodados nestas andanças. Será que o nosso encontro em Paços de Ferreira é mais pacífico, que o de Olhão? Hugo Pacheco. Bem, o Hugo Pacheco é um aspirante a Paulo Baptista, ou quando muito a Elmano Santos. Estará à altura? Bem, no Estádio da Lucy, na segunda jornada sempre safou os da casa.

 

E o André Gralha em Braga? Não merecia algo mais?

 

Enfim, a ver vamos, como diria o Stevie Wonder... 

Vai de Mota

16
Mar12

 

Bem sei que ultimamente poderei parecer muito dado a teorias da conspiração, mas será que alguém me consegue explicar porque é que, para jogos envolvendo os cinco primeiros classificados da tabela, são nomeados quatro internacionais, e apenas uma dessas partidas não tem direito a ser dirigida por um internacional?

 

O Marítimo, vem ao continente defrontar o Vitória de Setúbal, e vai ser arbitrado pelo João Capela, de Lisboa.

 

O Sporting vai a Barcelos, e o árbitro será o portuense presumível ex-Super Dragão, Jorge Sousa.

 

Os bracarenses vão a Vila da Feira, ou a Aveiro, e terão o também lisboeta Duarte Gomes a dirigi-los no embate com o Feirense.

 

O FC Porto, digladia-se hoje, na Choupana sob os auspícios do Carlos Xistra.

 

Todos internacionais, como é bom de ver. Entretanto, no Estádio da Lucy, onde vai tentar jogar o Beira-Mar, vamos ter um tal de Manuel Mota, um jovem empresário de Braga, com 34 anos e um recém-chegado a estas andanças de gente importante. Além desta partida, apenas esteve na Calimeroláxia, quando lá jogou a União de Leiria.

 

Há alguma regra que obrigue a que os jogos fora daquelas equipas sejam apitados por internacionais, e os jogos em casa da outra equipa não? Será que esperam que o pobre rapaz se sinta esmagado pela imponência do palco onde vai actuar? É essa a expectativa? Ou serão de tal maneira favas contadas, que um qualquer maçarico serve?

 

O Marítimo e o Braga, que estão em disputa directa com clubes de Lisboa, levam com árbitros precisamente oriundos de Lisboa. Acaba por ser coerente com um bracarense no jogo do mais grande do Mundo dos arredores de Carnide.

 

E o Sporting? O Marco Ferreira não estava disponível desta vez? Ou foram asneiras em demasia no último fim-de-semana no Dragão, e jarra com ele?

 

E nós? O Xistra. Nos últimos tempos há quem tenha mais razões de queixa dele do que nós.

 

Assim de repente, na presente época, recordo-me do Sporting x Olhanense, que motivou aquela reacção apocalíptica dos leões, da derrota em Guimarães, do segundo classificado actual, e também da derrota deste na Pedreira, na temporada transacta.

 

 

Connosco, esteve no Estádio da Lucy, então Cesta do Pão, na meia-final da Taça de Portugal, em que virámos o resultado de 0-2, para 3-1. Boas recordações.

 

Contudo, dado o lastro em sentido contrário que o Xistra ostenta no seu currículo, não fico tranquilo. Por muito tempo que passe, não me consigo esquecer da dupla expulsão do Hulk, em Paços de Ferreira, no arranque da Liga Sagres 2009/2010.

 

Estas nomeações do Vítor Pereira (o dos árbitros, obviamente!) deixam-me sempre na dúvida se não terão por detrás alguma tentativa de reabilitação perante o establishment.