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Azul ao Sul

Algarvio e portista E depois? O mar também é azul...

Azul ao Sul

Algarvio e portista E depois? O mar também é azul...

Móss Cajuda, qué isse mó?!

11
Fev13

Estava francamente confiante para este jogo. Não me passava pela cabeça que este Olhanense do Manel Cajuda, fosse capaz de nos xaringar a vida em pleno Dragão.

 

Primeiro, por se tratar “deste” Olhanense, do qual o próprio Cajuda confidenciou não conhecer sequer os jogadores cabo-verdianos, recém-regressados da CAN, e dos três que por lá andaram, só o Djaniny, não alinhou contra nós.

 

Somemos-lhe uma série de impedidos de alinhar, de entre os quais o líbio-noruguês Abdi, que marcou contra nós em Olhão.

 

Depois, pelo próprio Cajuda. O Cajuda é um daqueles treinadores da velha guarda, e esses, normalmente, têm-nos mais respeitinho que a malta nova.

 

Além disso, acompanhei de perto o final da sua carreira de jogador, e o início da de treinador, como adjunto desse grande “Sinhor” (era assim que o próprio dizia…) do futebol, que foi Hristo Mladenov.

 

Digamos que aquela algaraviada da distribuição equitativa da inteligência, ainda que bem contada, não é dele. Deve-a ter ouvido em qualquer lado, achou-lhe piada, e resolveu fazer um bonito, recontando-a logo que teve a oportunidade.

 

O que é que tem de inteligente um gajo receber a bola a meio campo, correr desalmadamente por ali fora como um gnu, chegar à baliza contrária, amandar um barranaço, e marcar golo?

 

 

Ou ficar à espera que o adversário, absorto das excelentes condições do tempo e do relvado, se perca na teia dos milhentos passes, que insiste em fazer?

 

Mó Cajuda, atira-te ó mar mas é, déb!

 

Nem o golo do Olhanense, que os burros da Antena 1 ainda insistem, vez sim, vez não, em apodar de “a” Olhanense, me minou a confiança.

 

[senhores da Antena 1, é Sporting Clube Olhanense, logo, “o” Olhanense. Com o camano, não tínhamos já àvonde com “a” Quarteira, ou melhor ainda “na” Quarteira!?]

  

“Ainda é muito cedo” – pensei.

 

O empate, cedo no reatamento, ainda mais me animou. “Agora é só uma questão de tempo. Ainda lhes espetamos três ou quatro”.

 

Era este o meu estado de espírito quando, por motivos imperiosos de índole familiar, tive de interromper a audição do relato.

 

Obtida carta de alforria desses afazeres, quando consegui por o online a jeito faltavam dez minutos mais os descontos, para a conclusão da partida, e estava tudo na mesma.

 

Tudo não. Entretanto, pelo que percebi, tinham entrado o Liedson, o Sebá e o Tózé. O Tózé?! Mas que…!

 

E na mesma ficou.

 

Mas sabem que mais? Permaneço confiante. Apesar do empate, apesar de termos desperdiçado uma excelente chance de mandar com o ex-aequo às malvas, apesar de, pelo que li e ouvi, não termos feito uma grande exibição.

 

Por duas ordens de razões.

 

Primeiro, este resultado está para a nossa equipa, como a maçã para o Sir Isaac Newton: os pés voltam à terra, de onde, se porventura alguma vez saíram, nunca o deveriam ter feito.

 

 

 

(sacado daqui, com todo o devido respeito pelos direitos autorais, e essas coisas todas)

 

O jogo de posse e toque é muito bonito, mas não pode ser um fim em si próprio. Como irritantemente arrematava as discussões o meu amigo e ex-colega Uva, naqueles tempos em que ainda valia a pena discutir futebol com sportinguistas, e nós jogávamos que nos fartávamos, e eles ainda ganhavam campeonatos: “Só contam as que entram”.

 

Essa é que é essa. O objectivo original do jogo é, e sempre foi, marcar golos. É com golos que se ganham os jogos, por muito lapalissiano que seja.

 

A posse e o toque resultam quando, como nos jogos anteriores, temos um Jackson Martinez que transforma em golos o volume de jogo produzido.

 

Quando isso não acontece, quando o homem está cansado dos 45 minutos que jogou a meio da semana, das viagens que fez, para lá e para cá, e ou não se adaptou ao ambiente, ou gastou a quota semanal de golos com os dois que marcou pela selecção do seu País, e até um penálti falha, as probabilidades de sucesso decrescem substantivamente.

 

No entanto, parece-me a mim, que devo estar a chocar alguma, de tanto optimismo, que uma equipa capaz de jogar como o fez contra o Gil Vicente e o Guimarães, não terá por que recear. Desde que não pare por aí. É a tal história do Princípio de Peter…

 

A outra razão tem a ver com o empate do nosso rival. Com aquele resultado e aquela arbitragem, os nossos concorrentes têm, por assim dizer, o seu campeonato feito.

 

O Pedro Proença concedeu-lhes suficiente capital de queixa para, daqui até ao final da prova, se distraírem a pedir sumaríssimos ao Candeias – porra rapaz, menos pá, menos. Também não era preciso tanto, caramba! – e para justificarem abundantemente, como de costume, o inêxito final.

 

Assim já poderão dizer que estava escrito nas estrelas, que o título que outros vão conquistar é um tributo ao Pedro Proença, e ninguém lhes levará a mal por serem segundos classificados, em vez de primeiros com batota.

 

Melhor ainda, ninguém vai notar a incongruência das opções do treinador, que ora põe o Ola John, ora quando este está bem, tira-o e lança o Gaitán, e quando este resulta, sai e entra o sacana do Urreta – não me esqueço daquele golo em fora-de-jogo! -, ou deixa de fora, certamente para descansar, o André Gomes, que não levantou a peidola do banco do Paulo Bento, enquanto o João Moutinho faz 90+90 minutos.

 

Ou que, apesar de colocar como primeira prioridade a liga interna, não consegue deixar de piscar o olho à Liga Europa.

 

Tudo somado, acho que esta combinação de resultados, se traduzirá para nós num passo decisivo para a conquista do tricampeonato.

 

Agora, só espero que o nosso jogo apareça por aí, num online qualquer, talvez no Guerreiros da Invicta, para poder vê-lo calmamente, e se for caso disso, acrescentar mais qualquer coisa.

 

Coisas do fim-de-semana

28
Fev11

Sem espinhas

 

 

Em terra de gente do mar, parece-me que é uma boa forma de descrever a vitória do FC Porto sobre o Olhanense.

 

No final do jogo veio-me à cabeça aquela música do Zeca Afonso: “ Ó Vila [agora já é cidade] de Olhão; da restauração; Madrinha do [Porto]; Madrasta é que não”.

 

Foi o terceiro jogo do FC Porto, numa semana e meia, sempre em alta rotação, depois dos dois jogos da eliminatória com o Sevilha.

 

Ontem até o João Querido manha admitia na TVI24, que a crise estava superada e que estávamos de volta às boas exibições.

 

Pois é. Três a zero em Olhão não é para todos, ou melhor, até agora é só para nós, porque os da casa estavam invictos no seu reduto. E desta vez, que o Bicho não é o treinador do adversário, e que não estão lá não sei quantos jogadores emprestados pelo FC Porto, será que também vão dizer que o Olhanense abriu as perninhas?

 

E já agora, se o resultado foi exactamente igual com e sem Bicho, será que na época passada houve alguma abertura de pernas? Dá que pensar. Ou então foi só coincidência.

 

A questão é que o FC Porto, desta vez, não fuciletou, e com o Belluschi a moutinhar em grande estilo, como de resto já fizera na primeira parte no Dragão contra o Sevilha, e mais qualquer coisinha, como aquele golo, que faltou na quarta-feira, a vitória foi uma consequência lógica da exibição convincente, mormente na segunda parte.

 

Quando uma equipa que joga contra nós, faz nove remates, três dos quais à baliza, e cria, segundo o match center da Liga, duas oportunidades de golo em toda a partida (quais? Eu vi uma, e ainda assim…), só por milagre é que acontece o que sucedeu na eliminatória com os andaluzes, de um lado e do outro, diga-se em abono da verdade.

 

 

 

Belluschi à cabeça, convirá não esquecer a importância da reviravolta estratégica operada pelo André ao intervalo, com a entrada do Fucile e do James, para os lugares do Sapunaru e do Varela. Ficámos com a defesa que, passe o pleonasmo, mais adeptos tem entre os adeptos portistas, e o James entrou muito bem no jogo, enquanto que o Varela estava desinspirado, como vem sendo hábito.

 

Mas, quanto a mim, a melhoria do FC Porto nos últimos três jogos passa necessariamente pelos regressos do Álvaro Pereira e do Falcao. Não só do ponto de vista da sua presença em campo, como do foro psicológico.

 

O caso do Falcao, então, é mais que evidente. Não tendo Falcao, o André bem pode tentar caçar com o Monstro Verde, e o Hulk até pode ter jogado a avançado centro no Japão ou na Conchichina. Essa não é a sua posição. O Hulk, que teve pormenores técnicos deliciosos nos últimos dois jogos, apesar de ter ficado em branco, quando pega na bola, arrasta a equipa atrás de si. Mas depois, se joga ao meio, das duas, uma: ou finaliza a jogada individualmente, ou falta-lhe alguém a quem passar a bola.

 

No meio falta-lhe espaço, e essencialmente falta-lhe aquilo que o Falcao tem, e que dá logo outra dimensão à equipa: capacidade para pensar o jogo, para tabelar, quando é para tabelar, segurar a bola, quando tem que ser, e finalizar, se para isso tiver oportunidade.

 

E isso viu-se nos últimos dois jogos. Com o Sevilha tivemos azar e o Howard Webb, com o Olhanense, foram mais três pontos sem espinhas.

 

Agora, com o Falcao, o ataque volta à sua melhor disposição táctica (ou não, porque o James jogou muito bem pelo meio!), e só falta o Hulk mudar o "chip" para, paralém de rematar, acertar na baliza, de preferência dentro da dita.

 

Em suma, estamos bem, recomendamo-nos, e temos auto-estima mais do que suficiente para não necessitarmos de andar por aí a massajar o ego, com constantes auto-elogios.

 

   

Três em linha

 

É caso para dizer que, às vezes, mais valia ficar calado.

 

Ainda há dias elogiei o Record, pelo seu rigor informativo, em contraponto com o papel para forrar fundos de gaiolas de periquitos, e agora, saem-se-me com esta:

 

"Dragões têm opção por Leonardo Jardim"

 

“Pinto da Costa valida mudança de técnico para Braga”

 

 

 

 

Com que raio de objectivo é que dão à estampa uma proto-pseudo-notícia destas?

 

Para desestabilizar o André Villas-Boas, na véspera de um jogo em Olhão, onde ainda ninguém tinha vencido?

 

Para atormentar o espírito do Domingos, na jornada que antecede a recepção ao segundo classificado, e quando tem um jogo com a Naval 1.º de Maio, treinada pelo Mozer, e “pode ser o” João [Ferreira] a arbitrá-lo?

 

Ou desestabilizar o Beira-Mar, que, para já, concedeu ao Portimonense a sua primeira vitória fora de portas?

 

Parabéns, dos três, já conseguiram o último. Pelos vistos, os aveirenses sofreram os danos colaterais.

 

Muito rasteirinho, mesmo vindo de onde vem!

 

 

Previsão meteorológica



 

Um centro de altas pressões localizado sobre a zona de Carnide faz com que se prevejam fortes ventanias ao longo da próxima semana.

 

Como é do conhecimento geral, o ar circula das zonas de altas para as de baixas pressões, por isso mesmo, antecipa-se que o vendaval se fará sentir por todo o restante País, e com particular incidência, nos programas de comentário desportivo que se avizinham.

 

Às expectativas de que a ventania viesse ajudar a dissipar algumas nuvens escuras que ficaram a pairar no fim-de-semana sobre esses locais, e a arejar as ideias de alguns dos ilustres paineleiros, há que resignarmo-nos ao facto de que o vento não se propaga no vácuo que existe entre as suas respectivas orelhas.

 

 

 

  

Põe-te a pau Paulinho



 

 

José Couceiro entrou no Sporting para administrador da SAD sportinguista, com o propósito de aliviar o Presidente da SAD, na sua intervenção junto da equipa de futebol.

 

Passadas umas (duas ou três) semanas, o Presidente pôs-se ao fresco, e essa situação tornou-se ainda mais efectiva.

 

Um mês volvido, e é o Director para o futebol que é demitido, e o Couceiro lá substitui o Costinha.

 

Agora, o Cepo é posto a andar, e quem é que o substitui? O Couceiro.

 

Por sorte, enquanto jogador não foi grande espingarda, se não, com jeitinho, com jeitinho, ainda fazia uma perninha no lugar do Polga!

 

Se eu fosse o Paulinho, punha-me a pau. Primeiro deixam de brincar com ele, a seguir...



 

Olho no Couceiro, Paulinho!



Passatempo infantil

13
Jan11

Para crianças dos 3 aos 36 meses, e adeptos do clube mais grande do Mundo dos arredores de Carnide, de qualquer idade.

  

Una as seguintes imagens:

  

  

 

 

 

 

E descubra o resultado final:

 

 

 

 

A isto chama-se transparência. Aliás, mais transparente do que isto deve ser difícil de encontrar.

 

É a “e pluribus unum” veritas a funcionar, e nem sequer é grande novidade, se recordarmos a transferência do Fábio Faria do Rio Ave, na época passada, e a sua “recusa” em alinhar no derradeiro encontro da Liga Pescada, o que garantiu o título de campeão nacional a quem já era campeão antes de o ser.

 

E depois vêm falar de jogadores emprestados, e do Pedro, de Leiria, que fez "caixinha".

 

Ora...vão mas é lamber sabão (ou coisa pior)!


Nota:  É interessante a associação de idéias que se pode fazer entre as capas d'"O Jogo", de ontem, e "A Bola" de hoje: "A Taça é uma obsessão" e "Jesus reencontrou o caminho". A verdade acaba sempre por vir ao de cima...

De resto, a nós, as obsessões do Prof. Doutor Rei da Chuinga até nos dão jeito. Por exemplo, a sua obsessão por passar madrugadas a ver na televisão jogos de campeonatos sul-americanos, já nos rendeu o James, e não sei até que ponto, o Falcao e o Álvaro Pereira, e a sua obsessão pelo Hulk deu uma valente ajuda na cabazada dos 5-0!  

(A)Moretto mio!

05
Dez10

Portanto, se bem percebi, o Ventura não fez tudo o que estava ao seu alcance, neste golo do Walter...

  

 

Já o Moretto fez o que podia, neste do Cardozo...

 

 

 

É supreendente como as expectativas papoilas são tão altas em relação a um jogador emprestado pelo FC Porto, e tão baixas relativamente a um, que contrataram à chapada! 

Aqui não, campeão! (actualizado em 05.05.2010)

04
Mai10

Digam lá que não era bonito: o vencedor

aperta a mão ao campeão. Era bom, não era...

  

 

Antes e após o FC Porto x Benfica, percebi que alguns benfiquistas, vá-se lá saber porquê, se preocupam com a eventual bipolaridade da posição dos adeptos do clube rival quanto à vitória do Benfica ou do SC Braga na Liga Pescada.

 

Ou seja, trocando por miúdos (sem conotações pedófilas, s.f.f.). Partindo necessariamente do pressuposto da vitória portista, o que para um benfiquista, não deixa de ser um ponto de partida interessante, a dúvida era se o FC Porto ficaria a torcer por uma vitória bracarense, para lixar o Benfica ou, pelo contrário, por um deslize do SC Braga, a favorecer uma (re)candidatura à Liga dos Campeões.

 

Outros, mas estes já após o jogo, e certamente como escape para a derrota, “fazem de conta” que não percebem porque é que o FC Porto se dedicou a festejar o terceiro lugar conquistado com a vitória obtida.

 

Tanto a uns, como a outros, vou tentar esclarecer, de acordo com aquela que é a minha opinião pessoal enquanto portista, e que, como tal, apenas a mim me vincula.

 

Como já tive oportunidade de dizer, ainda antes do início da Liga Pescada, dei-a logo por perdida para o Benfica. No entanto, a esperança é sempre a última a morrer, e, talvez inspirado pela excelente época do SC Braga, ainda tive algumas expectativas.

 

Porém, após aquele massacre do Sporting, acabei por desistir. E desistindo, então como disse aquando do desafio entre o Benfica e os bracarenses: “Viva o SC Braga”!

 

Porquê? Eu explico. Partilho daquela ideia de que o segundo classificado não é mais do que o primeiro dos últimos, e por isso, não sendo primeiro, daí para baixo, tanto faz.

 

É claro que o acesso à “Champions” veio alterar ligeiramente esta concepção, como se viu no caso do Sporting, que se contentou anos a fio com o segundo lugar, e agora é o que se vê. Mas só do ponto de vista económico, porque na vertente desportiva, tudo na mesma.

 

Ora, como financeiramente não tenho nenhum lá empatado, e como já vi o FC Porto fazer melhor em épocas de sacrifício, do que em épocas de opulência…

 

E depois, porque, a seguir ao FC Porto perder, a coisa pior que posso imaginar é o Benfica ganhar. É simplesmente insuportável o ruído, a barulheira, a poeirada que isso provoca. Podem dizer-me para ir tomar um Kompensan, ou uma Rennie, ou o que seja, mas é ainda pior do que isso. Não há Paracetamol que pare a dor de cabeça que uma tal zoeira me dá, e ainda por cima tenho alergia ao pó!

 

Esta época, mais então, porque, bem vistas as coisas, se há equipa que por uma questão de mérito, deveria ser campeã, essa é, sem sombra de dúvidas, o Sporting de Braga.  

 

Por isso, não tenho a mais pequena hesitação. Não sendo o FC Porto campeão, que seja o SC Braga!

 

Quanto aos festejos, por aquilo que disse já deve ter dado para perceber que não festejei o terceiro lugar. Mas festejei a vitória do FC Porto, é óbvio que sim.  

 

Festejei porque ainda não foi desta que o campeão da Liga Pescada viu oficializada a sua vitória.

 

Festejei, porque, afinal de contas, ganhámos ao “O Grande Benfica”, essa equipa maravilha das goleadas a torto e a direito, que ninguém pára e que transpira superioridade por todos os poros.

 

Festejei porque, como diziam quando o FC Porto ganhou os títulos com não sei quantas jornadas de antecipação, e mesmo com pontos abusivamente subtraídos, assim fica beneficiada a competitividade da Liga e o interesse desportivo da coisa. Não acham que é motivo para celebrar?

 

Festejei porque, ao contrário do que pretendiam (“É para decidir resolver já” – dizia o treinador benfiquista antes do jogo, num dos pasquins diários anti-desportivos), não conseguiram festejar o título em pleno Dragão! Era mais o que faltava!

 

(inserida em 05.05.2010)

 

Festejei porque o tetra-campeão, por uma vez esta época, lá fez por cumprir a sua obrigação, e adiou para a última jornada desta Liga, que antes-de-o-ser-já-era benfiquista, a confirmação do vencedor.

 

Festejei porque ficou bem claro que, quando se escolhe para árbitro de um jogo destes o Olegário Benquerença, isso acontece por algum motivo. Aliás, como quando se escolhe o Lucílio Baptista para o jogo anterior, e se vai escolher o João “pode vir o Ferreira”, para fechar a loja.

 

Festejei porque foi o “meu” FC Porto que jogou: uma equipa que quis realmente ganhar o jogo, e entrou disposta a reduzir à sua insignificância aquele tipo irritante que por lá andava de apito na boca. E por isso festejei.

 

Festejei porque, para não variar, ambos os clubes foram prejudicados, mas foi o FC Porto que acabou injustamente, o jogo com dez jogadores.

 

Então não é de festejar quando os benfiquistas se queixam da não expulsão do Fucile, ainda na primeira parte, e do penálti que ficou por marcar sobre o Maxi Pereira, mas esquecem-se da não expulsão do Fábio Coentrão e do penálti que ficou por marcar sobre o Hulk?

 

O sabor do próprio veneno não é agradável?

 

Festejei porque, apesar de o “Mona Lisa” ter feito, como de costume, o máximo possível para ser expulso, mais uma vez, foi contemplado apenas com a cartolina amarela. Ainda lhe falta fazer o impossível…

 

Festejei porque, apesar de (mais) este lapso do Olegário, desta vez, tenho esperança, e a esperança é a última a morrer, como dizia o outro, de que lhe seja aplicado um sumaríssimo, por ter reenviado para bancada, se vi bem, um isqueiro, que lhe acertou nas partes baixas.

 

E ainda vou festejar mais quando a Direcção do clube paladino da moral e dos bons costumes, tomar uma posição enérgica, e quem sabe aplicar um pesado castigo interno, como aconteceu no caso do Guerrero, do Hamburgo, com o qual tanto se divertiram a comparar os casos do Hulk e do Sapunaru.

 

Vá lá, façam-me lá essa fineza! Não custa nada, e garanto que não dói…

 

E nem digo o que vou festejar no dia em que, um qualquer árbitro, mandar aquele sujeito da desgrenhada cabeleira alva (os benfiquistas, aparentemente, gostam mais de “platinada”. Deve ser a diferença entre a “idade” e a “excentricidade”…), para dentro da área técnica que lhe está reservada, e onde tão pouco tempo passa.

 

Mas ainda festejei mais coisas no último Domingo. Festejei a vitória do SC Braga, e a forma ridícula como foi alcançada.

 

Ainda hoje, festejei a azia que aquele golo deu e está a dar aos benfiquistas. O primeiro golo com que brindaram o FC Porto na Taça Lucílio soube-lhes bem não soube?! Se calhar também pagaram algumas férias no Brasil ao Nuno, não?! Juízo…

 

E festejei, mas com reservas, o facto de o Olhanense ter assegurado matematicamente a permanência na Liga Sagres.

 

Este festejo teve que ser com reservas porque, se o Belenenses calha a ultrapassar o Leixões, nenhum dos clubes acima classificados, com a excepção do Benfica, poderá ficar seguro de que, por um qualquer motivo, não virá a descer de Divisão.

 

Festejar o terceiro lugar?!

 

Nem por isso. Eu, pessoalmente festejei muito mais… e nem sequer me lembrei de tal.

 

O terceiro lugar ou o campeonato da Segunda Circular festejaram durante anos, quando lá chegaram, aqueles que perderam com o FC Porto no Domingo, e não contentes com os festejos, ainda tentaram a sorte na secretaria.

 

Para eles deixo aqui uma canção do canal Panda, não muito puxada, e que, com certeza vão perceber, em especial a parte do “Pica, pica; Coça, coça”… 

 

 


Nota:  folgo por ver que as minhas ideias não são assim tão descabidas como tudo isso. Então não é que, depois de eu ter sugerido, após o jogo Académica x Benfica, que a Fundação Benfica bem podia ter financiado a aquisição pelos adeptos benfiquistas não-organizados dos exorbitantíssimos bilhetes para aquele jogo, vai daí e o Benfica paga dois comboios para levar 1.500 adeptos desorganizados até ao Dragão?

 

Não vale a pena agradecerem-me, mas lá que alimenta o ego ver as nossas sugestões assim acolhidas, não há dúvida que alimenta…

 

Nota2: Não queria acabar sem deixar uma palavrinha de apreço ao Óscar "Tacuara" Cardozo. Foi bonito o seu gesto de solidariedade para com o Falcao. Alguém o viu no jogo? Este sim, é um portento de ética desportiva!

 

Nota3: Só espero que, como agora é politicamente correcto dizer-se, para "preservar o atleta", o Carlos Brito não ponha o Fábio Faria em campo contra o Benfica, ou então, que o ponha a jogar a avançado. É que a malta não acredita em bruxas, mas depois do guarda-redes do Paços...

 

Nota4 (em 05.05.2010): eu bem me parecia que havia qualquer coisa que não batia certo! Como não fui confirmar, meti água...

 

Já não se pode confiar em ninguém, e menos ainda em árbitros de futebol, e muito menos ainda no Jorge "da azia" Coroado. Não tinha a certeza se a Lei 12 teria ou não sido alterada, mas pelo que entretanto verifiquei, continua na mesma:

 

"Um pontapé livre indirecto será igualmente concedido à equipa adversária do jogador quando, no entender do árbitro: (...) impedir a progressão de um adversário".

 

Ou seja, na jogada entre o Cachinhos Dourados e o Hulk, no máximo dos máximos, haveria lugar a livre indirecto e não penálti.

 

Erro meu, que fica devidamente rectificado.... 

PQP

26
Abr10

Pêquêpê era o nome-de-guerra utilizado por Pedro Queirós Pereira, nas suas andanças de piloto de ralis. Segundo consta, o actual Presidente do Conselho de Administração da Semapa foi um dos bons pilotos que existiram (e existem no nosso País).

 

A mim, dizia-me alguma coisa porque, na ânsia de pôr nomes de pilotos nas caricas que participavam nas sempre empolgantes corridas de caricas, que se faziam em ciricuitos sempre novos, traçados nas areias da Praia de Faro, recorri aos serviços de consultoria do meu Pai, que, na sua ignorância do que era a F1, me indicou os nomes que lhe eram familiares, e que eram pilotos de rali.

 

Entre outros, o Pêquêpê, o irmão (penso eu de que...!) Mêquêpê, o Santinho Mendes, os algarvios Carlos Fontaínhas e o Rogério Seromenho. Estes, concorriam nas areias, sem grandes espinhas, com o Jody Scheckter, com o Gilles Villeneuve, o Bruno Giacomelli, o James Hunt, o Clay Ragazzoni, e claro, o Alan Jones e o Carlos Reutmann, por vezes até os nós dos dedos sangrarem. E até ganhavam, dependendo do bom estado da carica...

 

Mas, o PQP a que me refiro não é este. Esta introdução é só para desanuviar um bocadinho, e porque não tive a coragem necessária para escarrapachar no título, de caras, "Puta que pariu".

 

O que até é pena, porque, de certeza que aumentava exponencialmente o número de visitantes do blog! A desilusão depois é que seria pior...

 

O PQP a que me refiro, não é outro senão o acrónimo de "Puta Que Pariu".

 

Convirá esclarecer de que, apesar de tudo, não se trata de um "puta que pariu" destinado a alguém em especial, senão seria o portuguesinho "vai para a puta que te pariu".

 

Não, este "puta que pariu" é de origem brasileira, e de acordo com o wikcionário, expressa susto, apreensão ou aflição.

 

E isto vem a propósito de quê? Vem porque "puta que pariu", foi o que me veio à cabeça quando soube que o Falcão não ia jogar contra o Benfica, por ter visto o quinto amarelo em Setúbal.

 

Puta que pariu, foi o que me ocorreu quando vi a jogada inacreditável que ditou a amostragem do quinto amarelo.

 

Puta que pariu, se o concorrente directo do Falcão pela bola de prata não podia ter sido expulso por jogadas piores, nas duas primeiras jornadas da Liga Pescada, e levado mais uns quantos amarelos, por jogar "pelos cotovelos".

 

Puta que pariu, como é que estará o Lionn, depois da entrada do Máxi Pereira, e quanto jogos ficará de fora o tipo a que o Carlos Martins partiu a perna?  

 

Puta que pariu, pelo azar que o FC Porto teve por o Djikinné não jogar. É que se jogasse, o árbitro podia, simplesmente não o expulsar, como no jogo da primeira volta, e escusava de prejudicar o FC Porto também no jogo com o Benfica.

 

Puta que pariu, que este árbitro continua a fazer de conta que arbitra à inglesa, e a deixar jogar, mas cada vez mais me convenço que, afinal de contas, ele não sabe mesmo é o que anda a fazer. A continuar assim, mais tarde ou mais cedo, ainda o voltam a deixar arbitrar jogos do Glorioso...

 

Puta que pariu, quando vi que o Benfica, com quinze minutos de jogo, ganhava já por um a zero.

 

Puta que pariu, quando percebi que o Cardozo é que tinha marcado o golo.

 

Puta que pariu, quando soube que o golo tinha sido de penálti.

 

Puta que pariu, quando me apercebi que o Olhanense estava a jogar, desde os dez minutos, com dez jogadores.

 

Puta que pariu, quando vi a jogada do penálti.

 

Puta que pariu, que não percebo nada disto. Então não era opinião generalizada entre os benfiquistas que o golo que lhes foi anulado no jogo contra o Nacional da Madeira, por este mesmo árbitro do jogo do FC Porto, por mão do Miguel Vítor, esparramado no chão, e que lhe valeu a erradicação dos jogos do Benfica, tinha sido uma vergonha?

 

Puta que pariu, se não há pelo menos um benfiquista, que ainda não se conseguiu esquecer da expulsão injusta (para ele!) do Djalma, num Marítimo x FC Porto, há quase dois anos, numa jogada deste género?

 

Puta que pariu, se na jogada em que o Castro pontapeia a bola contra o Aimar, a bola não lhe vai ao braço, como na jogada do Delson.

 

Puta que pariu, como é que o árbitro nem sequer tem dúvidas, em qualquer uma daquelas jogadas?

 

Puta que pariu, se o Cardozo não simulou atabalhoadamente um penálti no final do jogo (com direito a reclamação e tudo, mas muito comedida. Deve estar consciente de que não é grande actor!)? Não podia ter levado o segundo amarelo?

 

Puta que pariu, isto vai ser assim até ao fim, não vai?

 

Agora sim, apetece-me mandá-los, à portuguesa, para as putas que, desafortunadamente, os pariram...

 


Nota: Como diria o Octávio, "vocês sabem de quem é que eu estou a falar..."     

 

 

 

Tá o mar fête num cão, mó!

16
Dez09

Estive ausente por dois dias, e não me apercebi das ondas (será melhor dizer vagas?) de impacto provocadas pelo empate do Benfica em Olhão.

 

Ontem, ao assistir a dez minutos do "Trio d'Ataque", e constatar a reacção irada do António Pedro Vasconcellos, contra o "caldinho", que terá sido montado em Olhão, para prejudicar o Benfica afastando algumas das suas peças nucleares do jogo contra o FC Porto, é que me apercebi da dimensão da revolta encarnada.

 

Escrevi o texto que se segue após um outro jogo entre os mesmíssimos contendores, mas em Agosto passado, por ocasião do Torneio do Guadiana.

 

Nunca o pus online porque entretanto, quando o ia fazer, já tinha perdido oportunidade, e porque quis juntar à longa lista dos jogadores emprestados, as dúzias de jogadores (de que me lembrava) que passaram pelo Farense, vindos da Luz.

 

Com este fuzuê, e com notícias como esta no SAPO, acho que tornou a estar bastante actual. Tenham paciência.

  

 


O Olhanense deve ter jogado muito bem contra o Benfica, no Torneio do Guadiana. É a conclusão lógica a que se chega, depois de assistir na segunda-feira a algumas intermitências da “Edição da Noite”, na SIC Notícias.

 
Fiquei com pena de não ter visto o jogo, para além das imagens dos golos e do pénalti, claríssimo, como de costume, sobre o Aimar (…e começa a festa!).
 
Mas, pela amostra, já deu para perceber que o Olhanense, ainda que jogue alguma coisa, não vai ter uma vida fácil neste seu regresso à divisão maior do futebol indígena. Dada a longa ausência, os poderes instituídos, em particular o 4.º, até poderiam nutrir alguma simpatia pelo clube de Olhão, mas pela amostra do que vi, dificilmente será assim.
 
Reunidos naquele programa da SIC, estavam representantes dos três jornais desportivos mais representativos cá do burgo (“Record”, “A Bola” e “O Jogo”), um homem da casa, e mais o respectivo moderador. Não faço ideia dos nomes dos ditos, nem faço questão de tal.
 
Fazia-se a antevisão daquilo que poderá vir a ser a próxima edição da Liga Sagres, e repito, não vi o programa na íntegra, e não tenho pena disso. O que vi, e ouvi, bastou.
 
A bem dizer, praticamente só se falava dos três grandes. E aí, a distribuição foi equitativa. De resto, como de costume: Benfica isto, Benfica aquilo, e mais o outro, e aqueloutro, o FC Porto vendeu este e aquele, mas comprou uma carroça deles, do Sporting, Miguel Veloso, e pouco mais.
 
Em resumo: muita conversa sobre o Benfica, mas o FC Porto é o principal candidato à vitória na Liga, e o Sporting… Miguel Veloso!
 
De repente, sem perceber muito bem como, eis que vem à baila o Olhanense. E porquê? Porque, por um qualquer acaso do destino, veio à baila o tema dos jogadores emprestados.
 
E claro está, o Olhanense tem no seu plantel, até à data, e a fazer fé na “Bolsa de Transferências” do Infordesporto, sete jogadores emprestados pelo FC Porto (Ventura, Tengarrinha, Stephane, Castro, Rabiola, Zequinha e Ukra)  
 
Escândalo dos escândalos, infâmia das infâmias! Como é que será quando o Olhanense defrontar o FC Porto?
 
Para os homens d’ “A Bola” e do “Record”, olha quem, é uma vergonha esta estória dos empréstimos de jogadores. Jogadores a alinharem por um clube, contra o clube que lhes paga parte ou a totalidade do ordenado. Que despropósito!
 
Cada um jogava com aquilo que tem, e o resto é conversa. Fim aos empréstimos de jogadores, JÁ!
 
O tipo do “Record”, então, até foi mais longe. Queria, na véspera dos jogos com os clubes detentores dos passes, ver os boletins clínicos dos clubes que têm jogadores emprestados, para verificar o aparecimento de lesões “milagrosas”, que os impossibilitassem de alinhar em tais jogos.
 
Não é preciso ir tão longe, amigo. Pergunte lá ao Carlos Cardoso porque é que ele tirou o Leandro Lima e o Bruno Gama, no intervalo do jogo com o FC Porto, que ele explica. E, já agora, porque é que no jogo a seguir, que, curiosamente, até nem foi contra o FC Porto, fez a mesma coisa.
 
E já que estamos com a mão na massa, porque é que o Zoro não se aleijou antes de entrar no autocarro que o Vitória de Setúbal estacionou em frente à baliza do Benfica, quando os dois clubes se encontraram, e o Setúbal, pura e simplesmente, abdicou de jogar à bola?
 
Parece-me que a ideia é que os jogadores que se aleijam, são só os vinculados ao FC Porto, não é?!
 
Perante esta questão, da mais elevada pertinência, que o homem d’”O Jogo”, fez por ignorar, a salvação foi o da casa, aparentemente dono de um dos dois ou três neurónios da sala, que os encalacrou com esta: com as dificuldades financeiras que os clubes têm, os empréstimos de jogadores são uma das formas de manterem as equipas competitivas.
 
Pois é. É básico, não é. Na prática, é como nós todos: quem não tem (dinheiro, por exemplo), pede emprestado.
 
Como os senhores d’”A Bola” e do “Record”, vivem com os olhos postos no seu clube, por vezes esquecem-se do Mundo que rodeia esse clube (como de resto, também acontece com o próprio clube, e com os resultados que se têm visto).
 
Acabem com os empréstimos de jogadores, e reduzam a Liga para 10 ou 12 clubes, que fica mais competitiva. Obriguem os clubes a serem detentores dos passes dos jogadores a 100%, e vamos ver no que é que dá.
 
Então, e o Reyes, emprestado pelo Atlético de Madrid ao Benfica, no ano passado. Pode ser? E o Valeri, emprestado pelo Lanús ao FC Porto, esta época. Também pode? Ou só se aplica a empréstimos entre clubes portugueses?
 
Então e o “maestro” Rui Costa, que iniciou a carreira de sénior, emprestado à AD Fafe, será que se baldou quando jogou contra o Benfica (se é que jogou!)? E indo mais atrás, o Diamantino (Miranda) ou o Jorge Silva, emprestados ao Boavista? Ou o Joel, o Vital e o Jorge Martins, que refizeram as suas carreiras no Farense, depois de passagens menos bem sucedidas pela Luz?
 
Nessa altura era o Benfica quem emprestava jogadores a dar com um pau e comandava o mercado. Os seus plantéis tinham quarenta jogadores, dos quais quatro, guarda-redes, e as dúvidas existenciais e éticas sobre os empréstimos não faziam sentido.
 
Voltando aos dias de hoje. O Estrela da Amadora teve na época passada jogadores emprestados pelos três grandes, e mesmo assim, ordenados, nem vê-los. O problema foi dos empréstimos? Não me parece.
 
Não há azar, o Estrela é da Associação de Futebol de Lisboa, por isso não deve ser grave. Da mesma maneira, que também não deve ser grave o facto de, outro clube da mesma associação ter, desportivamente, descido de Divisão, por duas vezes, nas últimas três épocas, e miraculosamente, continuar na Liga Sagres, e na época em que isso não aconteceu, viu serem-lhe retirados pontos, por inscrição irregular de um jogador. Mas o grave são os empréstimos de jogadores.
 
Ou ainda, um director desportivo (ou administrador da SAD) de outro clube da redita associação de futebol, manter a sua posição accionista noutro clube, ainda daquela associação de futebol, a militar na mesma Liga do clube do qual é director, com uma direcção onde pontificavam vários ex-Corpos Sociais deste último clube, e a aceitar jogar um desafio em casa, com o clube do director em causa, em campo neutro, “a bem da receita financeira”! Grave? Não! Os empréstimos, esses é que são a calamidade da verdade desportiva!
 
Ou a tramóia que o Sporting de Braga e o FC Porto montaram para dificultar a vida ao Jesus e ao Benfica, porque aquele fazia parte dos planos de Pinto da Costa, para um dia, tomar o lugar de Jesualdo Ferreira (esta é do Rui Santos!).
 
É das tais coisas. É a aliança FC Porto - Braga a funcionar. E claro, o que é que está por detrás disto? Os empréstimos de jogadores do FC Porto ao Braga!
 
O Olhanense prepara-se para, tal como o SC Braga, ficar conotado como um clube “portista”, logo, um clube mal-amado e a abater. Oxalá tenha estofo para se aguentar à bordoada.
 
No meio disto tudo, fica um pormenor, que até pode ser uma coincidência, mas acho que isso seria minimizá-lo ao máximo. O Vitória de Guimarães, na época em que teve jogadores emprestados pelo FC Porto, fez um excelente campeonato, não ficou à frente do Benfica, por uma nesga.
 
Na época que passou, em que juntamente com os encarnados, optou por tentar afastar o FC Porto da Liga dos Campeões, ganhou com isso o Nuno Assis e o Luís Filipe, e caiu cá para baixo na classificação. Em compensação, o Sporting de Braga, que passou a receber prioritariamente os excedentários do FC Porto, fez uma óptima época.
 
Que sirva de exemplo para o Olhanense, e para os senhores d’”A Bola” e do “Record”.

Os Inimputáveis

11
Dez09

Há palavras que não se nos atravessam o caminho por uns tempos, e depois, de repente, quando menos se espera, saltam-nos para a frente dos olhos, e ainda por cima com direito a repetição.

 
A palavra “inimputável” andava arredada há muito tempo do meu vocabulário. E eis quando senão, subitamente, a Dr.ª Maria José Nogueira Pinto resolve, em plena Assembleia da República, na Comissão Parlamentar da Saúde, resolve classificar de “inimputável”, um seu colega, deputado do PS, a quem previamente havia chamado “palhaço”.
 
Dou tanta importância ao que diz a Dr.ª Zézinha, como ao que diz o “monsieur” Platini, mas, dá-se a circunstância de uns dias antes, o Rui Oliveira e Costa, no “Trio d’ Ataque”, ter utilizado o mesmo epíteto, aplicando-o ao Cachinhos Dourados do Benfica.
 
Daquilo que me recordo da cadeira de “Princípios Gerais de Direito”, “inimputável” será aquele que, sendo dotado de personalidade jurídica, por algum motivo, vê limitada a sua capacidade jurídica, a pontos de não poder ser responsabilizado pelos seus actos.
 
Entre os motivos para tal, recordo-me, por exemplo, da insanidade, o encontrar-se sob influência de álcool ou estupefacientes ou a prodigalidade.
 
No caso da Dr.ª Nogueira Pinto, parece-me por demais evidente que pretendeu aplicar a palavra, no seu sentido jurídico, com enfâse nos motivos para a inimputabilidade. Rui Oliveira e Costa aplicou-a no sentido de que, faça o que fizer, o Cachinhos Dourados não é punido.
 
De facto, o jovem jogador benfiquista deve estar em vias de bater, não um, mas dois recordes, detidos de há longa data, pelo seu ex-colega Petit, e que são o número de jogos que completou, mas em que devia ter sido expulso (ou pelo menos, “amarelado”).
 
A primeira marca vem ainda da época em que jogava no Boavista, e foi campeão nacional, e o segundo, mais recente, da Liga Sumaríssima, oferecida ao Trappatoni.
 
Nos últimos jogos, o Cachinhos Dourados tem conseguido baldar-se à cartolina encarnada, com uma pinta desmarcada.
 
Não me lembro em que jogo foi, mas houve aquela simulação de uma falta na grande-área, tão mal engendrada, tão mal feitinha, que só por isso, devia dar vermelho directo. No caso, era o segundo amarelo, e ia para a rua.
 
Depois foi o jogo com o Sporting, onde também fez o suficiente para ir tomar uma banhoca mais cedo. E foi? Nem por isso.
 
E agora, no jogo com a Académica, são-lhe perdoados dois penáltis, logo, mais dois cartões amarelos, e mais uma expulsão. Não me venham dizer que na jogada com o Sougou, que foi o Cachinhos que afastou a bola pela linha final. Comprem óculos!
 
Na jogada da segunda penalidade, posso estar enganado, mas dá-me a ideia de que são dois os jogadores da Académica que são derrubados, com puxões na camisola. Claro que lá há-de vir alguém dizer que o primeiro jogador dos estudantes cai para cima do Cachinhos, que se desequilibra, e arrasta o segundo jogador.
 
Obviamente que sim. O Pai natal também está quase a chegar. Foi mas é uma tolice do Cachinhos, que se têm saltado com os academistas, e deixado as mãozinhas no bolso, ainda era capaz de ver o árbitro assinalar falta a seu favor, por saltarem dois para um.
 
Mas a inimputabilidade vai seguir para bingo. O SLB já fez questão de fazer saber que, apesar dos quatro amarelos do Cachinhos, que o colocam à beira de ver o próximo Benfica-FC Porto da bancada, bastando para isso ver a quinta cartolina amarela no próximo jogo em Olhão, não vai ser poupado contra o Olhanense.
 
Para quê poupá-lo? Se até aqui não levou os cartões que merecia (e se calhar, se os tivesse levado quando devia, agora não se falava disto!), vai levar agora neste jogo?
 
Qual é o árbitro que vai ter t… para fazer isso? O Artur Soares Dias? Benfiquista dos sete costados, que até parece ter uma predilecção por expulsar jogadores do Olhanense?
 
Se lhe dá o quinto cartão, está comprado pelo FC Porto. Se não, é normal. Já são tantos os que não o advertiram. Foi uma forma subtil e airosa de colocar o árbitro sobre pressão. Vamos ver se será eficaz.
 
Pessoalmente, preferia que ele jogasse e, se tivesse que ser castigado, que fosse expulso no jogo contra o FC Porto. Enfim, o Euromilhões também parece que sai, de vez em quando... 
 
 
O pior é que o Cachinhos, não é o único. O Cardozo continua a utilizar os cotovelos a torto e a direito. Mais uma cotovelada valente no jogo com a Académica. Cartão, seja de que cor for? Népia!
 
Se tem sido expulso tinha ficado apenas por um golo marcado. Se retiramos os golos que marcou em jogos em que devia ter sido expulso (nas duas primeiras jornadas, por exemplo), naqueles em que não devia ter jogado por castigo, e os que foram obtidos através de penáltis mal assinalados, tinha tantos golos como o Falcao.
 
Mas não interessa. O que interessa é que ele lá está, e tem mérito por isso.
 
O Aimar é outro. Há alguma regra que impeça a amostragem de cartões amarelos nos primeiros minutos do jogo, se o árbitro não for o João Capela, o jogo não for o Benfica-Leixões, e a jogada tiver por intervenientes o Aimar, em vez do Pouga?
 
No jogo com o Sporting, o Pablito fez falta para amarelo, logo aos três minutos de jogo. Aliás, como belo rato que é, é useiro e vezeiro neste tipo de situação (para além dos mergulhos acrobáticos) – os árbitros não mostram amarelos nos primeiros minutos, e ainda menos a jogadores do Benfica.
 
No meio disto tudo, vá lá que o Maxi está mais contido esta época.
 
E ainda têm lata de falar dos vermelhos não mostrados ao Raúl Meireles e ao Bruno Alves, e das faltas do Adrien, que, diga-se em abono da verdade, eram para vermelho directo, tanto uma, como outra.
 
Assim, não admira que as estatísticas mostrem que o Benfica é a equipa menos faltosa da Liga. Pudera. Com as faltas que os árbitros se esquecem de assinalar!
 
Depois temos os “mergulhadores”, que também lá vão andando, cantando e rindo, inimputavelmente.
 
Teve piada, na jornada anterior quando o Fucile, para gáudio (e alívio) dos benfiquistas simulou um penálti, e o árbitro foi na cantiga. Mas qual é o motivo para tamanha alegria? Quando já tiveram uma catrefa (ou caterva, se preferirem) de jogadas-daquelas-em- que-o-Aimar (e não só!)-lhe-dá-na-real-gana-e-atira-se-ao-tapete?
 
Deviam era iniciar uma equipa de mergulho acrobático. Espinha dorsal não lhes falta: Aimar, Saviola, Di Maria e Ramires. Correcção. O que lhes falta mesmo é coluna vertebral!
 
Há uma diferença abissal entre o penálti do Fucile e os outros do Glorioso. Como se costuma dizer, o Falcao escreveu direito põe linhas tortas, e não marcou.
 
Portanto, tendo em conta que não foi golo, e que não houve cartão amarelo para o jogador do Rio Ave que cometeu a pretensa falta, a influência do lance no desfecho do jogo foi zero. Podem dizer o mesmo, os vermelhuscos?
 
Dito isto,
 
 
 
Força Olhanense!

Nota: Cachinhos Dourados – é a tradução para português do Brasil, de “Goldylocks”, na versão inglesa. É uma história infantil: “Cachinhos Dourados e os Três Ursos”. Se quiserem saber mais, estejam à vontade.
 

 

(Bem) Entregues ao Bicho

27
Mai09

Grande Olhanense!

 

Sagrou-se este fim-de-semana o campeão da Liga Vitalis 2008/09.

 

Não é grande novidade. Esta nota já está atrasada, pelo menos, uma semana, que foi quando a subida  Liga Sagres, ou o que quer que ela se venha a chamar, ficou matematicamente confirmada.

 

Mais vale tarde, que nunca. Assim, aproveitei para ver um bocadinho do último jogo em casa, contra o Gil Vicente, e para confirmar os nomes e a origem de alguns jogadores, que conseguiram tal feito.

 

Pois é, quem haveria de dizer que o histórico Olhanense voltaria um dia, à divisão principal do futebol nacional? Vendo bem, faz todo o sentido. Passa da Liga da água, para a Liga da cerveja, que sempre vai melhor com o Festival do Marisco.
 
E quem pensaria que aquela equipa, com jogadores que ninguém no seu perfeito juízo dava qualquer coisa por eles, seria capaz de tal façanha? Não sei se até o Jorge Costa, algum dia sonhou com tal possibilidade.
 
Mas, entregaram-nos ao Bicho, e foi o que se viu.
 
Olhão vai bem com o Bicho. O feitio  dos olhanenses joga bem com o temperamento antes quebrar que torcer do treinador que escolheram, e depois da experiência falhada de Braga, só mesmo num sítio à sua imagem é que o Bicho poderia vir a ser feliz.
 
Não há cá nomes sonantes ou grandes vedetas. Só o que o Benfica vai pagar pelo Ramires, acabadinho de contratar, de acordo com o comunicado emitido para a CMVM, deve dar para pagar aí umas duas épocas de salários.
 
No entanto, lá vão eles para a Liga Sagres. A motivação faz milagres!
 
Da parte de um farense, roído de inveja, mas que vai torcer pelo Olhanense (excepção feita aos jogos com o FC Porto, claro está!), os meus parabéns a Olhão, aos olhanenses, em particular a dois, que não vejo há muito tempo, o Cocco e o João Paulo, ao Miguel (um irmão escreve o hino do Farense, e o outro sobe de divisão com o Olhanense, é quase poético!), e principalmente, ao Jorge Costa, e aos jogadores que conseguiram tamanha proeza.
 
Miguel, põe-te a pau, que, se chegar lá acima foi complicado, ficar por lá, ainda mais complicado é, mas descer é facílimo.
 
Nada de loucuras, e força!
 
 
P.S.: diz-se por aí, que o Presidente da Câmara Municipal de Faro via com bons olhos, que o Olhanense jogasse em casa, no Estádio do Algarve.
 
Não sei se estarão interessados nisso. Mas mesmo que não estejam, perguntem-lhe qual é o cachet que ele estará disposto a pagar! Se para ver traseiros de chineses foi o que foi, nunca se sabe…