Uma vez mais vamos jogar na capital, e uma vez mais não vai estar um árbitro internacional a dirigir o jogo.
Ou seja, nas duas vezes em que medimos forças com aqueles que à partida, muito à partida, tão distantemente à distância, seriam os nossos principais rivais na disputa do título, a lógica de nomear os melhores juízes para os recontros mais importantes não prevaleceu.
A primeira vez, na Cesta do Pão, não sendo de todo expectável, o recurso ao João “pode vir o João” foi perfeitamente compreensível, ficando para registo a falta de vergonha de quem o nomeou. Agora, surge o nome de Paulo Baptista para a Calimeroláxia.
Porquê? Pergunto eu. E a pergunta não tem que ver especificamente com o Paulo Baptista. Antes ele que outra dose do amigo João, ou o Duarte Gomes, ou mesmo, uma vez que o Maicon vai, quase de certeza, jogar, o Jorge Sousa.
O Paulo Baptista, ainda que não sendo o decano do quadro principal, lugar ocupado pelo João “pode vir o João”, é a par deste, um dos mais experientes em actividade, mais exactamente desde 1987/1988.
Pelo que li há tempos num comentário, consta que é benfiquista, e que gosta de festejar as vitórias do seu clube. Mas isso, também eu. Não sou é árbitro, Deus me livre.
Ainda assim, não guardo dele muito más recordações. Esteve há uns anos, ainda no tempo do Jesualdo Ferreira, numa derrota nossa no Funchal, com um autogolo do Rolando, e na derrota caseira por 0-2, que sofremos numa primeira mão da meia-final da Taça de Portugal, e que haveríamos de reverter com um 3-1, na segunda mão, em plena Cesta do Pão.
Em contrapartida, apitou na Figueira da Foz a nossa vitória inaugural da época de 2010/2011, e assinalou o tal penálti que deixou muita gente com uma prolongada sensação de ardor estomacal.
Nunca chegou a internacional, e julgava eu, que a final da Taça de Portugal da época passada teria sido o ponto mais alto da sua carreira. No entanto, vai-se a ver e é actualmente, em paralelo com os internacionais João Capela, Artur Soares Dias, Jorge Sousa e Carlos Xistra, e o não internacional Bruno Esteves, um dos que mais partidas em que marcaram presença algum dos clubes grandes, mais grandes, ex-grandes, e aspirantes a grandes, que leva dirigidas.
Porquê? Pergunto novamente. Estarão todos os internacionais indisponíveis para amanhã?
Embora não sendo transparente se ainda subsistem algumas normas na matéria, seguindo a regra, talvez ilusória, de que o mesmo árbitro só poderia repetir um mesmo clube a cada dois jogos, o Xistra, o Soares Dias e o Hugo Miguel, estariam assim excluídos. E os outros?
Proença, Benquerença, Capela, ou o recém promovido Marco Ferreira? Deixo de fora por motivos óbvios o Duarte Gomes e o Jorge Sousa, e o Vasco Santos, porque pertence à AF Porto, e não quero trilhar ninguém.
Fazem todos parte de alguma lista de proscritos? Se sim, de quem? Quem não gosta de árbitros internacionais? Que se saiba, da parte do FC Porto, para além do Bruno Paixão, que já nem é internacional, não consta que haja qualquer outra incompatibilização. E mesmo essa, vale o que vale…
Do Sporting? De terceiros, que não os querem ver nos nossos jogos?
Porque é que se afastam árbitros internacionais destes encontros? Memórias recalcadas do “isso é tudo para nos f…”?
Se o homem não tem categoria para ser internacional, e é nomeado, terão os demais categoria para serem internacionais? Esta pergunta é retórica. Prestam lá para fora, mas não servem para a Calimeroláxia?
Estas nomeações que continuam a ser feitas, por razões que a razão desconhece, ou não atinge, não concorrem de sobremaneira para credibilizar quem as faz.
Só falta no domingo, o Bruno Esteves em Aveiro…(ou o João “pode vir o João”, ou o Duarte Gomes).
Nota (actualizado às 15h05): Intervalo para o café. Acabei agora mesmo de ler no "Correio da Manhã", que o sportinguista Duarte Moral considera uma afronta ao seu clube a nomeação do Paulo Baptista para o clássico, porque, diz ele, foi um dos árbitros que alinhou na época passada, no boicote aos jogos do Sporting. Hmmm! Começo a gostar deste Paulo Baptista!
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