Há, exactamente, 398 dias, no dia 25 de Março do ano passado, escrevi umas parvoíces sobre o processo eleitoral então em curso no Sporting.
398 dias depois, Godinho Lopes foi eleito Presidente. O Domingos Paciência foi o treinador escolhido, e pouco mais durou que seis meses. Milhentos jogadores entraram, e um pelo menos, o Bojinov, até também já saiu. Dos trinta e tal pontos que ficaram atrás de nós na classificação, recuperaram uns quantos, ainda insuficientes para sequer nos morderem os calcanhares.
Quase 400 dias depois, e tenho que chegar à conclusão que o problema daquele clube, pelo qual, até nutro alguma simpatia, continua a ser o mesmo: desperdício de recursos.
Quando se ouve o presidente do clube, convencidíssimo de que, mais tarde ou mais cedo, vai arranjar investidores minoritários, que entrem com capital fresco, tão necessário como de pão para a boca, invocando “o facto de o Sporting ser uma marca fortíssima”, concluímos que os inúmeros talentos do seu vice-presidente Paulo Pereira Cristóvão, seriam bem melhor empregues a analisar a situação interna, e reportá-la ao seu presidente, do que a espiar árbitros, jogadores e sabe-se lá quem mais.
De acordo com o Futebol Finance, e tendo por base um relatório do Brand Finance, há apenas um clube português nos trinta primeiros, mais concretamente em 28.º, e não é o Sporting.
Ao que parece, o FC Porto estava em 31.º, e só depois, mais lá para baixo, viria o clube do leão.
“Uma marca fortíssima”?
O outro motivo para o optimismo incontido prender-se-ia com o facto de “ter uma Academia que trouxe para o futebol mundial «jogadores de classe reconhecida “ e que é considerada, a par da do Barcelona e do Lyon, “uma das três melhores” do velho continente”».
Uma vez mais, aqui seriam bem melhor empregues os préstimos do vice-presidente, para informar o seu presidente.
“[U]ma das três melhores [academias] do velho continente”? Qual?
A que formou quem? O Marcelo Boeck, o Rodriguez, o Polga, o Oniewu, o Evaldo, o Arias, o João Pereira, o Insua, o Turan, o Xandão, o Schaars, o Izmailov, o Matías Fernandez, o Rinaudo, o Elias, o Bojinov, o Wolfseiláquantos, o Capel, o Jeffrén, o Carrillo, o Ribas ou o Rubio? Será esta?
Onde é que andam os jogadores formados na Academia nos últimos tempos? Deportivo da Corunha? A Academia em si mesma, é um recurso claramente desperdiçado. O vice-presidente andar a espiar árbitros, jogadores e sei lá mais quem, e não constatar e relatar isso ao seu presidente, outro desperdício.
E não pára por aqui.
Então logo agora que arranjaram um treinador, que apesar de parecer movido a Xanax nas conferências de imprensa, em termos de eloquência futebolística bate aos pontos os rivais dos outros dois clubes, o grande e o mais grande, e só não bate o Leonardo Jardim em conteúdo, porque na forma, com aquela pronúncia madeirense arrevezada, pede-lhe meças, o que é que fazem?
Decretam um "black out"! Claro!
Em vez de aproveitarem o homem, e o discurso para motivarem as hostes, não. Black out! Faz sentido.
É caso para dizer que dá Deus nozes, a quem não tem dentes. E ainda por cima é de leões que se fala…
Se isto não é desperdiçar recursos à fartazana, então não sei o que é.
Ainda assim, estão nas meias-finais da Liga Europa, e com fortes possibilidades de ir a Bucareste, à final.
É assim o mundo maravilhoso dos totós!
No meio desta história toda do vice-presidente do Sporting, do Cardinal e etc., o que mais me espanta, muito sincerame...
. O maravilhoso mundo dos t...
. O estado geral pidesco da...