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Azul ao Sul

Algarvio e portista E depois? O mar também é azul...

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Porto über alles

20
Abr15

É amanhã, e não há lugar a grandes dúvidas.

 

O Danilo e o Alex Sandro não jogam, isso é certo. O FC anti-Quaresma anda aparentemente calmo.

 

Contudo, não me surpreenderia mesmo nada que alguém sugerisse o Hernâni, para o lugar do Quaresma. "Ah, e tal, é jovem, é mais rápido, fez um bom jogo contra a Académica e, com o Bayern balanceado para diante...pode engatar um golito num contra-ataque, e decidir a eliminatória".

 

Pois, mas o Quaresma vai ser titular. E o Jackson, com infiltração, ou preferencialmente sem ela, também. O Indi está certo à esquerda, e fica a faltar o outro lado.

 

O Ricardo Pereira tem sido a opção predileta para a direita. Gosto muito do rapaz, e até faz anos no mesmo dia que os meus filhos, mas...são estes jogos que marcam a diferença entre os homens e os meninos.

 

O Ricardo que me perdoe, mas num jogo destes, prefiro a experiência ao sangue na guelra da juventude.

 

Dito isto, optaria por desviar o Herrera que, segundo consta, na primeira mão correu qualquer coisa como uma meia-maratona, para a lateral direita, e reforçar o meio-campo com a experiência do Evandro.

 

Além disso, seja qual fôr o "alemão" que calhe desse lado, o Ribéry, o Müller ou o Götze, terá sempre uma tendência natural para vir para dentro. O Guardiola também prefere que os extremos joguem por dentro, aproveitando o espaço entre linhas, e deixando a linha para o lateral-esquerdo.

 

Por isso, talvez não se justifique do nosso lado, um lateral agarrado à linha, como seria, em princípio, o Ricardo. Fica para a próxima, miúdo!

 

Quanto ao resto, bem o resto pode-se resumir numa máxima octaviomachadiana:

 

"Trabalho, trabalho, trabalho"

 

Ao trabalho, rapazes!

Quem quer ser Brahimi, no lugar do Brahimi?

06
Jan15

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Tive ontem à tarde/noite, um diálogo interessante, como não poderia deixar de ser, via Twitter, com o Jorge, do Porta 19.

 

A coisa começou a propósito de quem seria o substituto do Brahimi nos tempos mais próximos, mas acabou por se estender a quase toda a linha ofensiva, pois só ficou de fora o inquestionável Jackson Martinez.

 

O Jorge começou por alvitrar o Ricardo Pereira como uma possibilidade para testar, em substituição do Brahimi. Perfeitamente plausível no papel, e desejável no íntimo de muitos de nós.

 

No entanto, comentei que achava que não, pois o Ricardo joga pela direita, ao passo que o argelino tem aparecido mais a jogar pela esquerda, o que implicaria uma reformulação da frente de ataque. E assim por diante.

 

Como o Twitter não é elástico, e a minha capacidade de síntese é reduzida, vou tentar completar o meu pensamento, preenchendo as lacunas que ficaram.

 

O Lopetegui, tal como o Jesualdo o era, parece ser fã de uma linha atacante assimétrica. De um lado, um extremo mais rectilíneo, e do outro, um com tendência para internar-se entrar mais para o centro do terreno.

 

No primeiro caso temos o Tello, o Quaresma e o Ricardo Pereira. Para o segundo, o Brahimi, o Adrián e, aquela que é a minha hipótese favorita, ainda que não sendo um extremo puro…o Quintero, sendo que este, futebolisticamente falando, é para mim o que mais se aproxima do argelino.

 

Não me recordo, mas penso que em raras, senão nenhumas ocasiões, terão jogado em simultâneo como extremos, elementos de algum daqueles dois grupos. E não me parece que seja agora que isso irá acontecer.

 

Lançar o Tello e o Adrián parece-me fora de questão. É demasiado arriscado, tendo em conta as últimas exibições do Tello, e expõe em demasia um Adrián, a necessitar prementemente de algum resguardo.

 

Com o Quintero, a situação já está para além do ponto de respaldo. E acho que ele próprio está perfeitamente consciente disso. Ou funciona ali, ou dificilmente terá oportunidade de provar noutro sítio.

 

Resolvida a esquerda, na direita as opções são mais numerosas. Contudo, o Tello e o Ricardo favorecem um outro tipo de movimentações do Danilo, que o Quaresma não proporcionará tão facilmente.

 

Jogando à linha permitem com naturalidade que o lateral flita para dentro, como gosta de fazer, e tente o remate. Com o Quaresma, a convivência tem sempre de ser gerida de uma forma menos espontânea.

 

Do ponto de vista defensivo, o Ricardo situa-se num patamar de excelência superior aos outros dois.

 

Dito isto, o ataque ideal para o onze inicial seria: Tello, Jackson e Quintero.

 

Se a coisa corre bem, aí sim, o Ricardo para o lugar o Tello, para ir ganhando rodagem, e eventualmente, o Adrián para o do Quintero, para ganhar confiança. Então e o Quintero? – perguntarão - não precisa de confiança?

 

Pois é. É uma questão de dividir o mal pelas aldeias…

 

Correndo mal, a alternativa para a direita será o Quaresma. Já para a esquerda, ainda por cima sem o Alex Sandro, não me parece que a solução passe pelo Adrián a extremo.

 

Será sempre um falso extremo, pois tem demasiada tendência para ir para dentro, e o José Angel não dá tanta profundidade ao flanco.

 

Mal por mal, preferiria uma solução tipo subir o Óliver para falso extremo, e o Adrián no apoio ao ponta-de-lança, com um meio-campo sustentado num duplo pivot Casemiro – Herrera/Evandro.

 

Tudo isto, é claro, sem olhar para o Belenenses, que, confesso, ainda não vi jogar, e o Lito Vidigal não é parvo nenhum…