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Azul ao Sul

Algarvio e portista E depois? O mar também é azul...

Azul ao Sul

Algarvio e portista E depois? O mar também é azul...

A desonestidade intelectual tem cura?

28
Jan13

Ontem à noite, perdi 25 minutos da minha vida a ver o “Trio d’Ataque”, coisa que não acontecia há bastante tempo.

 

Digo “perdi”, porque valha a verdade, não vi nada que não tivesse visto antes. Ou seja, nada de novo, continua a mesma espécie de telenovela, apenas sem a presença do elemento feminino, que ajuda a passar o tempo.

 

Desisti ao fim de 25 minutos porque a cada intervenção do representante benfiquista no programa, vi-me incapaz de reprimir insultos e de não desatar a praguejar sozinho em voz alta, frente ao televisor. Mudei de canal, mas o que já não me saiu da cabeça foi a pergunta do título.

 

O João Gobern conseguir vislumbrar a falta que dá origem à expulsão do Haas, e eu, por exemplo, não conseguir, é normal. Noutras ocasiões, também me pareceu ver as coisas de uma forma em directo, e depois, nas repetições tive de engolir a primeira opinião.

 

Estranho será que, como o Gobern, o árbitro e o árbitro assistente, situados ambos ao nível do terreno de jogo, tenham conseguido descortinar a falta, que depois, na televisão não se vê.

 

Nesse aspecto até estiveram mais ou menos equiparados aos telespectadores, pois enquanto um lance dum qualquer golo em pretenso fora-de-jogo ou de bola na mão nosso, é repetido à exaustão, neste caso muito poucas repetições tiveram lugar.  

 

Também não me surpreende por aí, além, que o Gobern tenha visto no Haas o último elemento da defensiva bracarense. Na linha recta para a baliza, foi a impressão com que também fiquei.

 

Porém, fico verdadeiramente apreensivo é que ao dito Gobern, que tão minuciosas e pertinentes análises faz de lances dos adversários, designadamente, dos nossos jogadores, tenha escapado a falta do Mona Lisa, no início da jogada.

 

Lá está, uma vez mais faltaram as repetições em número adequado e suficiente. Deve ter sido isso. 

 

A desonestidade intelectual estava apenas a aquecer. Estava lançado o gérmen, todo o seu apogeu viria a seguir. Aqui ainda a coisa passava.

 

Trazida entretanto à colação pelo Miguel Guedes, a expulsão na partida anterior a esta, do único central capaz do SC Braga, ir buscar os exemplos do Izmaylov e do Liedson, que mal chegaram ao FC Porto, e logo foram convocados, para servir de pretensa desculpa à arbitragem do Duarte Gomes, não lembrava a ninguém.

 

Nem sequer ao sportinguista de serviço. Querer fazer crer que pôr no onze inicial uma dupla de centrais, em que um deles fez três treinos com a equipa, e o outro nove jogos, não é a mesma coisa que lançar um médio/extremo quinze ou trinta minutos, ou um avançado.

 

É claro que, entrando no domínio da arbitragem, a coisa não podia ficar por aí. Confrontado pelo Miguel Guedes, com o facto de haver árbitros, como o mencionado Duarte Gomes, ou o do jogo, Bruno Esteves, que parecem seguir idêntica cartilha, mostrou-se espantado pelo arrolar de erros da autoria deste último, sempre em benefício do seu clube, nos jogos das duas últimas épocas, ante o Paços de Ferreira.

 

Se o Gobern visitasse blogs benfiquistas – eu sei que o faz, mas fica aqui entre nós – teria visto que também há queixas do Bruno Esteves do seu lado. Em grande parte da bluegosfera, até aqui, ainda que de forma ligeira, estava disponível a “ficha” do Bruno Esteves, que agora tem mais um episódio para acrescentar-lhe.

 

Talvez não tenha querido ir por aí, de tão ridículas e hilariantes que são a maior parte delas, quando vistas da perspectiva das suas cores. Então, mais valeu simular o pasmo, e puxar pelos trunfos do costume, de um naipe que parece nunca mais ter fim à vista: José Guímaro, Carlos Calheiros e José Pratas.

 

Assim se defendem quando o tapete da argumentação lhes começa a fugir debaixo dos pés. Se tivesse visitado os tais blogues do seu clube, haveria de ter visto que também podia acrescentar à lista o nome de Martins dos Santos. Fica para a próxima, que de certeza vai haver.

 

Entretanto, enquanto alinhavava este texto, acabei por responder por mim próprio à questão que coloquei.

 

Há aquela máxima que diz que se pode mudar de muita coisa, mas não se muda de clube de futebol. A desonestidade intelectual é incurável.

 


Nota: Hoje, contra o Gil Vicente, bastam-nos três golos para passarmos para o primeiro lugar. Ex-aequo, é claro. Não é nada de mais, e o Fiúza merece levar três. Pensar que ainda defendi este gajo no caso Mateus...Vamos lá ver se o Paulo Alves vai dar razão ao Gobern, e põe o Hugo Vieira de início.

Il y a quelque chose qui cloche (em azul e branco)

13
Dez12

Para que não fiquem a pensar, e que alguns venham reclamar, que só tenho olhos para outro(s) lado(s), aqui ficam, também do nosso lado, uns quantos apontamentos também eles dissonantes entre si. Na minha modesta opinião, é claro…

 

 

Do volume e da intencionalidade

 

Nos últimos três encontros disputados cá na lusitânia, fomos bafejados em lances duvidosos, por decisões arbitrais que, não tenho rebuço em admiti-lo, nos foram favoráveis.

 

Do mesmo modo que também ocorrera com o segundo penálti, na vitória sobre o Sporting.

 

É algo a que, vidé as primeiras jornadas desta edição da Liga, e mesmo no próprio jogo contra Moreirense, o último disputado, em que nos foi sonegada mais uma grande penalidade, não estamos habituados.

 

Nem nós, nem os nossos concorrentes, como se viu pelas reacções de várias figuras de um certo presépio, de onde ainda não expulsaram o burro.

 

Sobre o lance da Pedreira para o campeonato, disse-o na altura que, tendo em conta o entendimento vigente nesta matéria da inteligentzia futebolística, não me surpreenderia se tivesse sido apontado castigo máximo.

 

Apesar da curta distância a que é desferido o remate pelo Alain, e da, quanto a mim, mais que evidente, ausência de intencionalidade da parte do Alex Sandro, o facto de o membro com que o esférico impacta não se encontrar junto ao corpo, permite-lhe ganhar um acréscimo de volumetria, logo, penálti.

 

No regresso à Pedreira, para a Taça de Portugal, o lance com o Fernando e o Hugo Viana, não dá azo a grandes dúvidas.

 

Contra o Moreirense, aí sim, parece haver intenção do Alex Sandro, não de jogar a bola com a mão, mas de proteger-se. Ainda assim, há uma qualquer intencionalidade, uma (ou duas) mão(s) e uma bola, ou seja, os ingredientes necessários para a polemizar em torno do acontecimento.

 

Contudo, neste caso, não há qualquer ganho visível de volumetria: as mãos estão em frente ao corpo. Se a bola não lhes embatesse, de certo bateria noutra qualquer parte do dito.

 

E assim sendo, em que ficamos?

 

No primeiro caso, há ganho de volume, e não há intenção, no segundo, há intenção, mas não há volume ganho. E são os dois penálti? Porquê? A regra é disjuntiva? Em certos casos aplica-se um “ou”, e noutros…outra coisa qualquer?!

 

Ou, só será mão quando se aplicam ambos, ligando-os através de um “e”? Não seria mais razoável, e até talvez, quem sabe, mais dentro do espírito da lei?

 

 

…e não tivemos Paris

 

 

Não se deixem iludir pela imagem que encima o texto. Se esperam um desfiar de um rol de críticas ao nosso treinador, não continuem, porque estava e estou inteiramente de acordo com a afirmação destacada.

 

Tínhamos, e temos, plantel para ganhar em Braga, duas vezes seguidas, se for preciso, e em Paris. Mas não ganhámos. De facto, perdemos tanto em Braga, ao segundo ensaio, como em Paris. As duas primeiras derrotas da única equipa que até aí, ostentava a aura de imbatível em partidas oficiais.

 

Vi os dois jogos, quase todinhos. Ando a ver muito futebol ultimamente. E logo havíamos de perder os dois…

 

Sim, é verdade que estranhei a gestão do plantel feita em Braga. Compreendo perfeitamente que é imperioso ir dando, na medida do possível, minutos aos que menos frequentemente alinham, e gerir o esforço dos que são mais assíduos no onze, assim como a motivação de uns e outros.

 

Mas, logo em Braga?! Onde, ainda há uma semana triunfáramos, e os artistas locais não ficaram propriamente convencidos. E com o Olegário Benquerença no apito. Tantas modificações, quando o que estava em causa na Champions, nem por sombras se afigurava uma questão de vida ou morte, porquê?

 

Pronto, foram quatro jogos em treze dias (do SC Braga, para a Liga, em 25 de Novembro ao Moreirense, em 8 de Dezembro), é verdade.

 

No entanto, terá sido um ciclo assim tão infernal, que cheguemos à partida contra os homens de Moreira de Cónegos, num tal estado que o nosso treinador, perante um jogo menos conseguido, se dê por feliz por vencer, desse lá por onde desse?

 

Vejamos. Dos jogadores intervenientes nestes desafios, apenas o Mangala e o Otamendi, estiveram em campo os, pelo menos, 360 minutos jogados.

 

O James Rodriguez também alinhou inicialmente nos quatro encontros, mas foi substituído no último, aos 90 minutos.

 

O Danilo (301’) alinhou de início em três desses jogos, e foi suplente utilizado num deles, e o Lucho Gonzalez (253’) e o João Moutinho (269’) alinharam de início em três, sendo substituídos uma vez, e entraram em substituição de um colega no restante.

 

O Defour (209’) entrou de início duas vezes, e foi suplente utilizado, outras duas, e o Atsu, substituiu colegas por três vezes, e alinhou de início apenas uma, totalizando pouco mais de 110 minutos em campo.

 

Helton, Alex Sandro, Fernando, Varela e Jackson Martinez contam três presenças cada um (270’, 266’, 219’ 233’ e 270’, respectivamente).

 

Portanto, apenas quatro homens fizeram mais de três jogos completos: Mangala, Otamendi, James e Danilo.

 

Como seria expectável, na equipa titular que alinhou contra o Moreirense, todos os elementos faziam, no mínimo, a sua terceira partida.

 

Assim sendo, e como disse, compreendendo a necessidade imperiosa de dar alguma rotação ao plantel, e que azares, como os que aconteceram ao Danilo, ao Helton, e porque não, ao Castro, por vezes acontecem.

 

Contudo, será isso motivo e justificação suficiente para sermos eliminados da Taça de Portugal?

 

Ou para a entrada titubeante no Parque dos Príncipes, para depois até equilibrarmos as coisas, e empatarmos a partida com alguma relativa facilidade?

 

Ou ainda, para entrarmos num jogo em casa, contra o Moreirense, o último classificado, em modo de “ganhar, dê lá por onde der”, e ficar satisfeitos com um 1-0?

 

Esta Liga é cada vez mais uma corrida a dois, e os golos marcados e sofridos podem fazer a diferença. Ou isso, ou resolvemos a questão em Janeiro…

 

 

O Dragaleão de Oiro

 

 

Apesar de o meu cunhado afiançar garantidamente que o homem era sportinguista, custava-me a acreditar.

 

Por curiosidade, fui confirmar, e é mesmo verdade.

 

Ainda assim, não me choca nada que lhe atribuam um Dragão de Ouro. Que mais não seja por uma questão de diplomacia. E também não me choca que o ministro Miguel Relvas tenha sido convidado para a cerimónia, pelo mesmo motivo.

 

Além do mais, sempre vai sendo a única forma de um sportinguista receber um troféu de jeito…

 

Por outro lado, não acho tanta piada ao facto de se atribuir um Dragão de Ouro a um sportinguista, de quem Manuel Vilarinho disse um dia, a seguir ao almoço: "Votem neste homem, que é este homem que vai ajudar [quem nós todos sabemos]!".

 

E de facto, ajudou. Isso é que me custa a engolir.

 

Mas pronto, também não é nada de novo. O Rui Pedro Soares também é Dragão de Ouro, e no entanto, não deixou por isso de merecer uma cartinha de recomendação vinda pelo outro lado.

 

 

E afinal, temos empréstimo

 

Estávamos a 10 de Setembro, e eu escrevia:

 

“(…) tomando como exemplo este caso concreto do Hulk, haveria mesmo a necessidade imperiosa de vender, agora e pelo preço a que se realizou a transação, seja ele qual fôr?

 

Tem-nos sido dito que sim. A maior parte dos sócios e adeptos acredita que sim. Muito sinceramente, também me parece o mesmo. Mas afinal, qual o impacto da transferência do Hulk nas contas da nossa SAD?

Desta vez, o argumento mais abundantemente empregue para justificar o estado de necessidade, foi o pagamento do empréstimo obrigacionista de 18 milhões, que vence até ao final no corrente ano.

 

Será isso? Se foi por 18 milhões, então as vendas do Álvaro Pereira, do Guarín e do Belluschi, resolviam a questão, e ainda sobravam uns trocados.

 

Indo ao Relatório de Contas Consolidado do 3.º trimestre – 2011/2012 (pág. 14), retiramos que o passivo da SAD ascendia, àquela data, a 214.171.035 euros, dos quais € 167.533.480, classificados no passivo corrente.

 

Por seu turno, o activo corrente é apenas de € 52.683.659. Portanto, sejam 40 milhões, 31 milhões, ou qualquer outro valor intermédio ou abaixo daqueles dois, o desequilíbrio era de tal sorte, que não é a venda do Hulk que vai equilibrar as contas.

 

Que ajuda, é inquestionável, mas daí até se concluir, neste momento e pelo montante que seja, pela sua imprescindibilidade, é outra história. É um daqueles casos que alivia, mas não cura”.

 

E aí está um novo empréstimo obrigacionista. Desta vez, inicialmente de 25 milhões de euros, aumentado posteriormente para 30 milhões, até 2015, à taxa de 8,25%.

 

É compreensível este esforço de consolidação e reestruturação do passivo, aliviando o curto-prazo e a tesouraria, como muito bem escreveu na altura própria o Dragão Vila Pouca.

 

A minha questão é outra. Uma operação inerente a um empréstimo deste tipo não é montada da noite para o dia.

 

Será muito natural que, em Setembro, quando foi vendido o Hulk, a coisa estivesse em marcha. Assim sendo, a sua venda não terá decorrido tanto da necessidade pontual de fundos para o pagamento do anterior empréstimo, como, ao menos a mim parecia, mas antes teve o seu quê, e não será pouco, de estrutural.

 

Portanto, eis que me vejo regressado à minha dúvida de 10 de Setembro:

 

“a venda do Hulk, neste momento e por qualquer que seja o valor, era efectivamente imprescindível ou vem resolver definitivamente alguma coisa, do ponto de vista financeiro?”

c.q.d.

26
Nov12

Nos tempos do secundário, tive no meu 10.º ano uma professora de matemática – olá, Maria Raquel, onde estás tu?! – que marcou decisivamente o culminar do meu processo de desaprendizagem.

 

Tinha a mania de tornar evidentes à saciedade, os zeros protagonizados por alguns de nós na disciplina, e de assinalar as diferenças descomunais para os crâniozinhos da matéria, apondo no final das fórmulas deduzidas a preceito, tanto por si, como por esses colegas iluminados, um triunfante “c.q.d.”

 

“C.q.d.”. Como queríamos demonstrar. Um c.q.d. que se traduzia numa enorme frustração para tantos de nós, que nunca na vida passaríamos do “c.q.”, quanto mais o “d”.

 

O nosso jogo de ontem teve várias situações em que, no final, podíamos perfeitamente acrescentar um “c.q.d.”

 

 

 

 

Comecemos pelo José Peseiro. Antes de mais, um “disclaimer” prévio.

 

Considero que o José Peseiro foi o último treinador que passou por Alvalade, que conseguiu por o clube local a jogar alguma coisa.

 

É bem certo que, ao contrário, por exemplo, do Paulo Bento, que me lembre, não conseguiu ganhar rigorosamente nada. Mas pôs aquela equipa a jogar futebol, um bocadinho para além da sarrafada dos tempos bentianos, em que, a determinada altura, parecia que só sabiam jogar contra nós.

 

No entanto, um bocado como acontecia com o Fernando Mamede, há por ali no Peseiro uma qualquer disfunção no que toca a vencer, uma dificuldade de relacionamento com as vitórias, que sistematicamente o faz ficar pelo caminho.

 

Vejo o Peseiro como um bom treinador, dos melhores ao nível nacional, e ao nível do Nacional. Da Madeira, está visto.

 

É bom para uma equipa do meio da tabela, que se ganhar metade dos jogos que faz ao longo da temporada, se dá por feliz. No entanto, dificilmente conseguirá estar no seu habitat natural, num clube que joga para conquistar títulos, ainda que seja por um qualquer bambúrrio.

 

Foi o que se viu ontem. A jogar em casa, no seu ambiente, e detendo o controlo da partida, praticamente desde o primeiro quarto de hora, foi o primeiro a mexer na equipa. Para quê?

 

Basicamente para retirar de campo dois dos seus médios mais ofensivos e capazes de produzir jogo, e lançar dois trincos (saíram o Hugo Viana e o Rúben Micael, para as entradas do Rúben Amorim e do Djamal), adiantando e libertando o Mossoró da lateral, onda andara a maior parte do tempo até aí.

 

É verdade que o Éder até teve duas oportunidades de golo depois disso. Mas, por esses idos, o Alain, depois de distribuir tanta castanha, e o próprio Mossoró, já quase que não podiam com uma gata p’lo rabo. O Éderzito não fez mais do que aproveitar o nosso adiantamento à procura da vitória. E podia ter resultado.

 

No banco estavam o Hélder Barbosa, o Paulo César e o Carlão. Somente este último haveria de entrar, apenas por descargo de consciência.

 

Ou seja, José Peseiro no seu melhor. C.q.d..

 

Por esta altura, estarão alguns com vontade de me jogar à cara que, com o penálti que ficou por marcar a meio da primeira, a história poderia ter sido outra.

 

Têm razão. Ou não. Nunca saberemos. Na minha opinião - minha, vale o que vale - tendo em conta a distância a que o Alex Sandro se encontrava do Alain, quando a bola foi pontapeada, era-lhe impossível evitar o contacto da bola com a mão.

 

Não havendo intenção, não seria grande penalidade. Contudo, tendo em conta a interpretação correntemente em voga, do que é um castigo máximo, é evidente que o braço do nosso jogador, prolongando a área de contacto da bola com o corpo, impediu que esta, impulsionada pelo bracarense, se direcionasse para a baliza.

 

Logo, penálti claro, que ficou por marcar, e o segundo c.q.d..

 

Neste caso, o que ficou demonstrado foi que, ao contrário do acontecido noutras ocasiões e com outros adversários, em sentido inverso, o FC Porto teve efectivamente, sorte na Pedreira, por o Carlos Xistra não apontar para a marca de penálti naquela jogada.

 

Como estaria certamente ansioso por demonstrar, aquele ex-treinador bracarense, que na véspera deste jogo, disse que normalmente éramos bafejados pela sorte por aquelas bandas. Deve ter ficado radiante. Um c.q.d., também para ele.

 

E com mais propriedade ainda porque, tendo em conta o cômputo global da arbitragem, aquela omissão, mais da esfera do árbitro auxiliar, que do principal, terá sido mesmo sorte. A arbitragem do Xistra fez-me lembrar uma outra recente, que, segundo os entendidos na matéria, onde se inclui o presidente do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol, nos terá valido o último campeonato.

 

Sim, estou a falar da arbitragem do Pedro Proença na Cesta do Pão, na temporada passada. Uma arbitragem em que o árbitro levou toda a partida a tomar decisões em nosso desfavor, para depois, o árbitro auxiliar errar para o nosso lado, e decidir o jogo.

 

O Xistra foi apenas igual a ele próprio, e por uma vez na vida, muito parecido com o Pedro Proença. Esta, não queríamos demonstrar, mas ficou demonstrada.

 

 

 

 

E nós? Não me esqueci. O FC Porto também lá esteve, e quanto a mim, não estivemos mal.

 

Tinha algumas dúvidas quanto a utilização do Alex Sandro e do Fernando nos lugares do Mangala e do Defour.

 

Digamos que, no que toca ao Alex Sandro, nada a dizer. Dada a presença do Alain, das duas, uma, ou o Mangala lhe aviava uma valente marretada logo a abrir, ou corria o risco de ter sérias chatices no resto do jogo. Assim, com o brasileiro a coisa foi mais equilibrada, e se alguém levou de recordação umas quantas nódoas negras, terá sido o nosso.

 

Foi pena para o Abdoulaye, que esteve bem nas vezes que alinhou, mas a opção foi a mais correcta, e o Mangala também merecia fazer uma perninha, perdão, uma pernona de todo o tamanho, e que parece chegar omnipresente a todo o lado, no seu lugar.

 

Quanto ao Fernando, a coisa fia mais fino. O Polvo, já se viu, sempre que é forçado a parar, demora algum tempo para atingir o ritmo de jogo que o caracteriza.

 

Lançá-lo contra o SC Braga, que tem um meio-campo composto por rodas baixas, que sabem jogar à bola, foi um risco. Era previsível vê-lo metido num meinho, a cheirar a bola até ao desespero, e bem se viram umas quantas entradas a destempo do nosso jogador, que enfim, enfim... 

 

O Defour parecia mais em consonância com o contexto. Por sorte, o Peseiro resolveu, relativamente cedo, prescindir de jogar à bola, e apostar no empate.

 

De resto, nada de especial. A unidade que mais buliu no jogo de quarta-feira, foi a primeira a ser substituída - o João Moutinho. Quando saiu o Varela, para entrar o Atsu, estava eu já a pedir a saída do Lucho, por troca com o Kléber, como viria a suceder mais tarde. Tudo normal, portanto.

 

Concluindo, demonstrámos que estamos bem, como se queria, e que sorte e mérito, em futebol, não têm que ser mutuamente exclusivos, como algumas bestas quadradas querem fazer parecer.

 

Falo em mérito porque fomos a única equipa que quis efectivamente vencer, e acreditou que o podia fazer, até ao derradeiro apito do Xistra.

 

"Audaces fortuna juvat". A sorte protege os audazes.

 

C.q.d.. 

 

Às vezes...

24
Nov12

Às vezes fico com a sensação que o Vítor Pereira - o dos árbitros, não o nosso treinador - é um dos visitantes cá do estaminé.

 

Ainda há não muito tempo, a propósito da lista de árbitros a erradicar dos jogos do actual primeiro classificado provisório, ou se calhar, com mais propriedade, cujas nomeações deveriam ser evitadas para o nosso lado, fornecida pelo incomparável Rui Gomes da Silva, comentei que desde a divulgação daquela lista, "nenhum dos árbitros ostracizados por Rui Gomes da Silva foi nomeado", para partidas do nosso principal rival.

 

Sobre o árbitro Rui Silva, não entendendo o porquê da sua inclusão naquele rol, disse o seguinte:

 

"Interessante também é o caso do Rui Silva, que aparece metido nestes assados quando apenas anda nestas andanças, nada mais, nada menos, que desde a época transacta, e só leva no curriculum dois singelos desafios apitados entre os clubes maiores, mais grandes e afins, cá da terra.

 

Pronto, ambos tiveram o nosso clube como interveniente, e ambos foram no Dragão (Gil Vicente e União de Leiria), mas daí até à inclusão naquele rol… Coitado, deve estar mais pequeno que o bago de milho!"

 

E eis que, quem é que é nomeado para a recepção ao Olhanense na Cesta do Pão? Nem mais, nem menos, que o Rui Silva. Que pontaria!

 

 

 

Pior ainda, para o nosso desafio na Pedreira, dada a sua importância e quiçá, inspirado no que aconteceu na época transacta, aventei naquela altura, os nomes do Pedro Proença e do Olegário Benquerença.

 

Porém, tendo notado que ainda não nos tinha calhado o Xistra, no que ia decorrido de temporada, acrescentei: "Ou o Xistra. Ainda não nos tocou o Xistra esta época. Era mesmo ao queres…"

 

E quem é que lá vai estar?

 

 

Nem mais, o Xistra!

 

Como diria um realizador de cinema que, aqui há tempos, armado em comentador desportivo, distorcia com toda a objectividade, a interpretação de qualquer jogada a favor do seu clube, não que nesta altura tenha algum partis pris contra o Carlos Xistra.

 

Os tempos da dupla expulsão ao Hulk, em Paços de Ferreira, na jornada inaugural da liga de 2009/2010, já lá vão, nesse campeonato, que baptizei de Liga Pescada, porque o campeão antes de o ser, já o era.

 

Mais recentemente, o preocupante é que o SC Braga, ao que consta, até terá sido favorecido por este árbitro.

 

   

Será este o tipo de sorte a que se refere um treinador que, quando estava do outro lado, e um dia a sua actual equipa jogou em Braga, disse que ganhar-lhe, só na Playstation?

 

Hoje, por exemplo, também teve sorte. Teve a sorte de a sua equipa ter marcado o primeiro golo ao Olhanense de grande penalidade. Existente, é certo. Só que do nosso lado, nem isso temos por garantido.

 

Uma coisa é certa, este SC Braga é muito parecido com a essa outra equipa, que tal como os do Minho, também veste de vermelho. Vê-se isso quando defronta equipas que lhe são superiores. Viu-se isso mesmo nos jogos com o Manchester United.

 

Entra a todo o vapor, e as coisas até lhe podem estar a correr bem. Mas depois, bem depois falta-lhe estaleca para aguentar. Ou isso, ou é por terem lá o Peseiro, o homem que em oito dias perdeu um campeonato, uma Taça UEFA e o apuramento directo para a Champions.

 

Seja como for, li algures num dos jornais desportivos, que o Martinez não marca à três jogos. Pode ser que seja desta.

 

Estamos num bom momento, como diz o nosso treinador. Com sorte, com o Martinez e com o Peseiro, pode ser que o Xistra nem atrapalhe.  

Breve resenha das grandes vitórias da época 2012/2013

06
Set12

Esta, como o próprio título indica, é apenas uma breve resenha, porquanto com o que levamos de época – 4 jogos oficiais – não há ainda muito a registar.

 

No entanto, há um clube que, muito claramente, se distancia dos seus rivais. Ora senão, reparem:

 

Clube mais grande do Mundo dos arredores de Carnide:

 

 - aprovação pela Assembleia da República a criação do Tribunal Arbitral do Desporto, apenas com os votos do Partido Socialista, e a abstenção dos demais partidos.

 

Talvez não se recordem, mas a ideia da criação deste Tribunal, surgiu muito por força da necessidade de se evitarem decisões contraditórias entre os Conselhos de Disciplina da Liga de clubes e de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol, como, por exemplo, no caso do Hulk e do Sapunaru.

 

O Governo da altura, do Partido Socialista, entendeu por bem criar uma comissão para a para justiça desportiva, que se dedicasse ao estudo de alternativas susceptíveis de “promover uma adequada conexão entre a Justiça e o Desporto”, podendo “conduzir à criação de um tribunal desportivo”.

 

Por mera coincidência, era na altura Secretário de Estado da Justiça, João Correia, o conhecido causídico benfiquista que patrocinou a derrota do seu clube e do Vitória de Guimarães, na tentativa de excluir o FC Porto da Champions.

 

Quem esteve para fazer parte desta comissão, foi o nosso conhecido Ricardo Costa, acabado de terminar o seu mandato na Comissão de Disciplina da Liga, mas cujo nome foi vetado, sabe-se lá porquê, por Laurentino Dias. Demasiada bandeira?

 

Enfim, o Tribunal aí está, um tanto ou quanto a destempo, e vai funcionar sob a égide do Comité Olímpico.

 

Uma vitória, sem dúvida;

 

- a Eusébio Cup;

 

 

 

 

- a agressão do Mona Lisa ao árbitro alemão, ainda por punir.

 

Quando nos lembramos que o Hulk e o Sapunaru, por algo que apenas alguns viram, foram suspensos preventivamente, e agora, perante qualquer coisa que, apenas alguns não querem ver, não há suspensão, é uma vitória, sem dúvida.

 

Quando notamos que o Ricardo Costa não lhe aplicou um sumaríssimo, aquando da agressão ao jogador do Nacional da Madeira, na Taça Lucílio, porque o Olegário Benquerença o havia apenas amarelado, e agora, com o cartão a ficar quedo na mão do árbitro, também ele caído por terra, sem qualquer admoestação que se conheça, nem sombra de sumaríssimo, é uma vitória, sem qualquer margem para dúvida;

 

- o castigo de 15 dias aplicado ao tratador de cavalos, que por um incrível acaso do destino, termina mesmo antes do próximo jogo da sua equipa.

  

 

 

Uma vitória esperada, ainda assim uma vitória digna de registo;

 

F.C. Porto:

 

- o Troféu Pedro Pauleta;

 

 

 

 

- a Supertaça Cândido de Oliveira;

 

 

 

Uma vitória, sofrida, mas sempre uma vitória. A quarta consecutiva;

 

- Pinto da Costa ilibado de branqueamento e crimes fiscais;

 

Aqui não é tanto uma vitória nossa, mas mais uma derrota da Dr.ª Maria José Morgado. Mais uma entre tantas.

 

Como também se ganha por demérito do adversário, é sempre uma vitória.

 

S.C. Braga:

 

- acesso à fase de grupos da Champions League;

 

 

 

Por este breve resumo pode-se facilmente constatar que há um clube que supera claramente os demais.

 

A nós, do ponto de vista desportivo, as coisas não nos têm corrido mal. O Eusébio e o Pauleta foram dois grandes avançados, cada um na sua época, mas é sempre meritória uma vitória nos troféus que os homenageiam, ainda que o Santa Clara não seja o Real Madrid, acabadinho de chegar de férias. E temos a Supertaça.

 

Na área da justiça, propriamente dita, também não estamos mal, como é, de resto, nosso apanágio.

 

O pior é mesmo na justiça desportiva, onde o nosso mais directo oponente triunfa por 3-0. Por coincidência ou não, o equivalente ao resultado convencionado para as faltas de comparência.

 

Sintomático.

A massa e o molho

04
Abr12

O Jorge antecipou-se a toda a gente, e fez no seu www.porta19.com, no post "Afinal estamos com medo de quem?!" uma antevisão do nosso próximo embate com os Guerreiros do Minho (serão o ramo minhoto da família da minha esposa?), brilhante, do ponto de vista motivacional.

 

A comparação mano-a-mano que é feita entre os onzes previsíveis (ou que iniciaram os respectivos jogos na jornada passada) é-nos, assim à primeira vista, bastante favorável.

 

Contudo, tenho que colocar-lhe algumas reservas, mas poucas.

 

Começo pela maior. Gostei em particular d’”O Lima tem a experiência do Janko”. Sim, porque de facto, se não for pela experiência e pelo jogo de cabeça, dêem-me o Lima, sem hesitações.

 

O Lima bate o Janko aos pontos, e é um dos avançados que gostaria de ver com as nossas cores. E não é de hoje. Aliás, foi uma pena que, ao contrário do que era uma certeza aqui há tempos , ele e Sílvio, não terem vindo para o FC Porto.

 

Na altura, não era tanto pelo que jogava, mas porque, como muitos outros, desde os seus tempos de Belenenses, revelava uma tendência irritante para marcar grandes golos ao nosso clube. Agora joga bem mais, o que complica as coisas.

 

Outro ponto é “O Mossoró tem a classe e a visão do Lucho?”. A classe, não terá certamente. A visão, também não, mas não está mal de todo. No entanto, tem uma coisa que vai faltando ao Lucho, que é a forcinha nas gâmbias.

 

Por incrível que pareça, o último parêntesis diz respeito ao Álvaro Pereira. E aqui não é tanto por comparação directa. Que o Elderson não “bate o Álvaro Pereira em alguma área do jogo”, é uma evidência.

 

O que me preocupa é que o Alan bata o Álvaro Pereira a jogar aquilo que vi contra o Olhanense.

 

No computo geral, diria que, massa temos. Falta o molho, e o molho é o modo como os nossos rapazes se vão comportar diante dos bracarenses.

 

Para este tipo de jogo não me preocupam muito as tácticas. 4x4x2, 4x3x3, 4x1x2x3 ou 4x2x1x3? Quero lá saber! Como dizia o Pedroto: “É tudo à molhada!”

 

O que interessa não é o esquema táctico, mas sim a dinâmica que os jogadores lhe imprimem. Ainda assim, tenho cá uma fezada no regresso do duplo pivot a meio-campo, mesmo com o Fernando.

 

Por curiosidade, vi uma grande parte do jogo do SC Braga no Estádio da Lucy, e, muito sinceramente, fiquei surpreendido quando li no SAPO Desporto, o título "Nota artística destrona o líder Braga".

 

É que, ou o meu online estava mais desfasado (temporalmente) da realidade, do que é costume, ou, de onde é que raio é que vinha a história da “nota artística”? Que exagero!

 

Aquilo que vi na primeira parte foi um SC Braga à Sá “socos” Pinto contra o enorme Metalist, parecia uma réplica daquilo que foi a equipa do Domingos na época passada, no mesmo cenário e durante todo o desafio: recolhido na rectaguarda, talvez à espera que passasse o ímpeto inicial do adversário, e a contar que este, uma vez chegado à ponta final dos últimos jogos, não pudesse com uma gata pelo rabo.

 

Digo isto porque, como se diz no artigo acima linkado, do adversário, a partir dos 10-15 minutos da partida, não se viu quase nada de jeito, até ao final da primeira parte.

 

Ainda assim, a primeira parte, em termos de posse de bola terminou com 61% para os da casa, e 39% para o SC Braga. Elucidativo.

 

No segundo tempo, em que os bracarenses efetivamente, resolveram entrar no jogo, as coisas equilibraram-se – o indicador final da posse de bola, ficou em 57%/43% - e com as substituições o domínio ficou ainda mais repartido, com os ataques a sucederem-se de parte a parte.

 

 

Aquilo que vi foram duas defesas, relativamente fracas, em palpos de aranha para conterem os ataques opostos. Com uma nuance, do lado dos da casa, as ofensivas iam sendo feitas mais em quantidade que em qualidade, ao inverso do que acontecia com o nosso próximo adversário, que com poucas unidades, basicamente, o Lima e pouco mais, punha em guarda o último reduto dos contrários.

 

Aliás, assim o diz a história dos golos. O primeiro, resulta de uma imbecilidade defensiva do Elderson. O do empate, de uma falha defensiva não provocada por bloqueios ou coisa que o valha, não muito usual. O da vitória, com simplicidade, numa daquelas situações de superioridade numérica.

 

Por outras palavras, é de evitar correrias - como se isso fosse nosso apanágio, muita atenção ao contra-golpe - o Fernando é crucial para garantir a cobertura do meio-campo nas transições rápidas do SC Braga, e muito jogo pelas alas, onde estão os dois jogadores que mais vezes são acometidos de panes cerebrais da parte deles.

 

Ou seja, temos a massa, e temos o molho. Esperamos que seja q.b..

 

Passe a publicidade, é como aquele anúncio do Marco Bellini:

 

“O que é que é mais importante: a pasta ou o molho?”

 

“Marco Bellini diz que é tudo!”

 

"Marco Bellini é que sabe!"

 

 

 

 

 

 

 

Prémios da semana

07
Mar11

 

 

 

 

Prémio “O puto choninhas da rua”

 

FC Porto.

 

Tal como acontecera no jogo com o Olhanense, contra o Vitória de Guimarães, o FC Porto pegou na bola e escondeu-a. Quando em duas partidas consecutivas, os adversários chegam ao fim com uma oportunidade de golo do seu lado, pode-se não ganhar o desafio, mas perdê-lo, é quase impossível.

 

 

 

Prémio “Patinho Feio”

 

Guarín.

 

Na falta de inspiração de Belluschi, entrou e esqueceu-se que era o suplente de Fernando. Encarnou o papel do argentino de forma irrepreensível. Provavelmente vai voltar ao banco na próxima jornada, mas este prémio, já ninguém lhe tira.

 

 

 

Prémio “Vê se te avias”

 

Falcao.

 

Desde que voltou é o que se vê. Não são só os golos, a equipa parece outra, ganhou dimensão, personalidade.

 

Põe-te a pau Hulk, são só oito de diferença, e faltam oito jogos.

 

 

 

Prémio "Tenho cara de puto (e sou puto), mas disto percebo eu"

 

James Rodriguez.

 

O passe para o golo do Falcao.

 

 

Prémio “Eu queria uma cartolina amarela”

 

João Moutinho.

 

Por momentos, parecia o Moutinho do Sporting, brrrr (arrepio)! É pá, não estás em vias de suspensão, não vale a pena o esforço, ok?

 

 

Prémio "Sobre rodas"

 

FC Porto, hóquei em patins. 7-5, a caminho do deca!

 

 

 

 

Prémio “Jogada de Antecipação”

 

FC Porto e SC Braga ex-aequo.

 

O “Enterro do Entrudo” é só na quarta-feira de cinzas, mas o SC Braga enterrou-o ontem.

 

Da parte do FC Porto, há muitas semanas que vinha a ser nomeado, ontem confirmou-se a atribuição.

 

 

Prémio “Fairpaly”

 

SC Braga.

 

Apesar de em Braga gostarem do Carlos Xistra, tiveram a hombridade de por em causa a sua nomeação.

 

 

 

Prémio “Pedro e o Lobo”

 

Javi Garcia.

 

Tantas fizeste que passaram sem castigo, e logo agora, que até parece que não foi nada de mais, pimba. Bem feita…

 

 

 

Prémio “Melhor interpretação dramática”

 

Alan.

 

A intensidade dramática da cena da queda do Alan, agarrado ao pescoço, depois daquele encosto ao Javi Garcia, não era merecedora deste prémio, mas sim de um Óscar, à séria.

 

 

 

Prémio “Agora que eles picam os cavalos”

 

Prof. Doutor Rei da Chuinga.

 

Desta vez ficaram de fora o Toto e o Aimar, e o Nico só entrou aos 70 minutos. Porém, não se ouviu falarem gastroenterites. Chega-seà conclusão que afinal, os milagres estão fora de moda, e que a resistência humana também tem limites

 

 

 

Prémio “Gabriela, cravo e canela”

 

Prof. Doutor Rei da Chuinga.

 

“Eu nasci assim, eu cresci assim, E sou mesmo assim, Vou ser sempre assim”

 

 

 

Prémio “A ver estrelas”

 

Orelhas.

 

É impressionante a capacidade visionária deste indivíduo. No dia em que conseguir fazer as suas previsões, antes dos factos efectivamente ocorrerem, cuida-te ó Maya.

 

Mais vale candidatares-te a presidente do clube mais grande do Mundo dos arredores de Carnide.

 

 

Prémio “Quem conta um conto”

 

Rui Santos e Prof. Doutor Rei da Chuinga ex-aequo.

 

Ao Rui Santos ouvi ontem dizer que não houve qualquer falta do Javi sobre o Alan, portanto, a haver livre seria contra o SC Braga, e não o contrário, mas que a expulsão havia sido correcta, pois teria existido uma resposta do espanhol à entrada mais ríspida do bracarense.

 

Ao outro ouvi dizer ontem, que não houve motivo para a expulsão, e nada sobre se houve ou não falta, e a que a expulsão havia sido obra do auxiliar que já os havia prejudicado em Guimarães (Cardinal ou Marcelino?).

 

Hoje, ouço-o dizer que, afinal, o Javi foi expulso pelo banco do SC Braga.

 

Decidam-se.

 

 

 

Prémio “Tweety Bird (Piu-piu)”

 

Sporting.

 

“I think I saw a pussy cat”, 42 dias depois...

Tiro na água e tiro no porta-aviões

29
Jul10

 

 

O SC Braga do Domingos Paciência continua com a sua veia de fazer bons resultados frente a clubes que trajam equipamentos de riscas horizontais verdes e brancas.

 

Depois da dupla vitória da época passada sobre o Sporting, agora foi a vez do Celtic de Glasgow. Se bem que, com o equipamento amarelo e preto que este utilizou ontem, e com as abébias que os seus defesas centrais deram, mais fazia lembrar uma trupe de abelhas Maias.

 

Parabéns ao SC Braga e ao Domingos Paciência, e um tiro na água do Miguel Sousa Tavares (MST), que na sua última crónica dizia qualquer coisa como isto:

 

“Tive ocasião de lamentar aqui que (…) fosse o Sp. Braga e não o FC Porto a disputar um lugar na Champions. Porque o FC Porto já todos sabemos que, em qualquer circunstância, tem capacidade para o fazer e seguir em frente, enquanto o Braga, oxalá me engane, mas não o estou a ver conseguir entrar no quadro final da Champions (…)”

 

 

Efectivamente, com a vitória caseira por 3-0, os minhotos parecem estar lançados no bom caminho. Parafraseando pela negativa o MST, oxalá não me engane.

 

Agora, a vitória bracarense de ontem foi um valente tiro no porta-aviões que é o FC Porto. Aliás, esta época, quer se queira, quer não, se as coisas não correm de feição para o nosso lado, todo o sucesso que o SC Braga, e porque não a Académica de Coimbra, consigam alcançar, só vêm aumentar a fasquia da pressão que se coloca sobre o FC Porto e o seu treinador.

 

Oxalá eu, o Miguel Sousa Tavares, e os portistas, em geral, não venhamos a dar por nós a precisar de muita paciência! 

 

 

 

Aqui não, campeão! (actualizado em 05.05.2010)

04
Mai10

Digam lá que não era bonito: o vencedor

aperta a mão ao campeão. Era bom, não era...

  

 

Antes e após o FC Porto x Benfica, percebi que alguns benfiquistas, vá-se lá saber porquê, se preocupam com a eventual bipolaridade da posição dos adeptos do clube rival quanto à vitória do Benfica ou do SC Braga na Liga Pescada.

 

Ou seja, trocando por miúdos (sem conotações pedófilas, s.f.f.). Partindo necessariamente do pressuposto da vitória portista, o que para um benfiquista, não deixa de ser um ponto de partida interessante, a dúvida era se o FC Porto ficaria a torcer por uma vitória bracarense, para lixar o Benfica ou, pelo contrário, por um deslize do SC Braga, a favorecer uma (re)candidatura à Liga dos Campeões.

 

Outros, mas estes já após o jogo, e certamente como escape para a derrota, “fazem de conta” que não percebem porque é que o FC Porto se dedicou a festejar o terceiro lugar conquistado com a vitória obtida.

 

Tanto a uns, como a outros, vou tentar esclarecer, de acordo com aquela que é a minha opinião pessoal enquanto portista, e que, como tal, apenas a mim me vincula.

 

Como já tive oportunidade de dizer, ainda antes do início da Liga Pescada, dei-a logo por perdida para o Benfica. No entanto, a esperança é sempre a última a morrer, e, talvez inspirado pela excelente época do SC Braga, ainda tive algumas expectativas.

 

Porém, após aquele massacre do Sporting, acabei por desistir. E desistindo, então como disse aquando do desafio entre o Benfica e os bracarenses: “Viva o SC Braga”!

 

Porquê? Eu explico. Partilho daquela ideia de que o segundo classificado não é mais do que o primeiro dos últimos, e por isso, não sendo primeiro, daí para baixo, tanto faz.

 

É claro que o acesso à “Champions” veio alterar ligeiramente esta concepção, como se viu no caso do Sporting, que se contentou anos a fio com o segundo lugar, e agora é o que se vê. Mas só do ponto de vista económico, porque na vertente desportiva, tudo na mesma.

 

Ora, como financeiramente não tenho nenhum lá empatado, e como já vi o FC Porto fazer melhor em épocas de sacrifício, do que em épocas de opulência…

 

E depois, porque, a seguir ao FC Porto perder, a coisa pior que posso imaginar é o Benfica ganhar. É simplesmente insuportável o ruído, a barulheira, a poeirada que isso provoca. Podem dizer-me para ir tomar um Kompensan, ou uma Rennie, ou o que seja, mas é ainda pior do que isso. Não há Paracetamol que pare a dor de cabeça que uma tal zoeira me dá, e ainda por cima tenho alergia ao pó!

 

Esta época, mais então, porque, bem vistas as coisas, se há equipa que por uma questão de mérito, deveria ser campeã, essa é, sem sombra de dúvidas, o Sporting de Braga.  

 

Por isso, não tenho a mais pequena hesitação. Não sendo o FC Porto campeão, que seja o SC Braga!

 

Quanto aos festejos, por aquilo que disse já deve ter dado para perceber que não festejei o terceiro lugar. Mas festejei a vitória do FC Porto, é óbvio que sim.  

 

Festejei porque ainda não foi desta que o campeão da Liga Pescada viu oficializada a sua vitória.

 

Festejei, porque, afinal de contas, ganhámos ao “O Grande Benfica”, essa equipa maravilha das goleadas a torto e a direito, que ninguém pára e que transpira superioridade por todos os poros.

 

Festejei porque, como diziam quando o FC Porto ganhou os títulos com não sei quantas jornadas de antecipação, e mesmo com pontos abusivamente subtraídos, assim fica beneficiada a competitividade da Liga e o interesse desportivo da coisa. Não acham que é motivo para celebrar?

 

Festejei porque, ao contrário do que pretendiam (“É para decidir resolver já” – dizia o treinador benfiquista antes do jogo, num dos pasquins diários anti-desportivos), não conseguiram festejar o título em pleno Dragão! Era mais o que faltava!

 

(inserida em 05.05.2010)

 

Festejei porque o tetra-campeão, por uma vez esta época, lá fez por cumprir a sua obrigação, e adiou para a última jornada desta Liga, que antes-de-o-ser-já-era benfiquista, a confirmação do vencedor.

 

Festejei porque ficou bem claro que, quando se escolhe para árbitro de um jogo destes o Olegário Benquerença, isso acontece por algum motivo. Aliás, como quando se escolhe o Lucílio Baptista para o jogo anterior, e se vai escolher o João “pode vir o Ferreira”, para fechar a loja.

 

Festejei porque foi o “meu” FC Porto que jogou: uma equipa que quis realmente ganhar o jogo, e entrou disposta a reduzir à sua insignificância aquele tipo irritante que por lá andava de apito na boca. E por isso festejei.

 

Festejei porque, para não variar, ambos os clubes foram prejudicados, mas foi o FC Porto que acabou injustamente, o jogo com dez jogadores.

 

Então não é de festejar quando os benfiquistas se queixam da não expulsão do Fucile, ainda na primeira parte, e do penálti que ficou por marcar sobre o Maxi Pereira, mas esquecem-se da não expulsão do Fábio Coentrão e do penálti que ficou por marcar sobre o Hulk?

 

O sabor do próprio veneno não é agradável?

 

Festejei porque, apesar de o “Mona Lisa” ter feito, como de costume, o máximo possível para ser expulso, mais uma vez, foi contemplado apenas com a cartolina amarela. Ainda lhe falta fazer o impossível…

 

Festejei porque, apesar de (mais) este lapso do Olegário, desta vez, tenho esperança, e a esperança é a última a morrer, como dizia o outro, de que lhe seja aplicado um sumaríssimo, por ter reenviado para bancada, se vi bem, um isqueiro, que lhe acertou nas partes baixas.

 

E ainda vou festejar mais quando a Direcção do clube paladino da moral e dos bons costumes, tomar uma posição enérgica, e quem sabe aplicar um pesado castigo interno, como aconteceu no caso do Guerrero, do Hamburgo, com o qual tanto se divertiram a comparar os casos do Hulk e do Sapunaru.

 

Vá lá, façam-me lá essa fineza! Não custa nada, e garanto que não dói…

 

E nem digo o que vou festejar no dia em que, um qualquer árbitro, mandar aquele sujeito da desgrenhada cabeleira alva (os benfiquistas, aparentemente, gostam mais de “platinada”. Deve ser a diferença entre a “idade” e a “excentricidade”…), para dentro da área técnica que lhe está reservada, e onde tão pouco tempo passa.

 

Mas ainda festejei mais coisas no último Domingo. Festejei a vitória do SC Braga, e a forma ridícula como foi alcançada.

 

Ainda hoje, festejei a azia que aquele golo deu e está a dar aos benfiquistas. O primeiro golo com que brindaram o FC Porto na Taça Lucílio soube-lhes bem não soube?! Se calhar também pagaram algumas férias no Brasil ao Nuno, não?! Juízo…

 

E festejei, mas com reservas, o facto de o Olhanense ter assegurado matematicamente a permanência na Liga Sagres.

 

Este festejo teve que ser com reservas porque, se o Belenenses calha a ultrapassar o Leixões, nenhum dos clubes acima classificados, com a excepção do Benfica, poderá ficar seguro de que, por um qualquer motivo, não virá a descer de Divisão.

 

Festejar o terceiro lugar?!

 

Nem por isso. Eu, pessoalmente festejei muito mais… e nem sequer me lembrei de tal.

 

O terceiro lugar ou o campeonato da Segunda Circular festejaram durante anos, quando lá chegaram, aqueles que perderam com o FC Porto no Domingo, e não contentes com os festejos, ainda tentaram a sorte na secretaria.

 

Para eles deixo aqui uma canção do canal Panda, não muito puxada, e que, com certeza vão perceber, em especial a parte do “Pica, pica; Coça, coça”… 

 

 


Nota:  folgo por ver que as minhas ideias não são assim tão descabidas como tudo isso. Então não é que, depois de eu ter sugerido, após o jogo Académica x Benfica, que a Fundação Benfica bem podia ter financiado a aquisição pelos adeptos benfiquistas não-organizados dos exorbitantíssimos bilhetes para aquele jogo, vai daí e o Benfica paga dois comboios para levar 1.500 adeptos desorganizados até ao Dragão?

 

Não vale a pena agradecerem-me, mas lá que alimenta o ego ver as nossas sugestões assim acolhidas, não há dúvida que alimenta…

 

Nota2: Não queria acabar sem deixar uma palavrinha de apreço ao Óscar "Tacuara" Cardozo. Foi bonito o seu gesto de solidariedade para com o Falcao. Alguém o viu no jogo? Este sim, é um portento de ética desportiva!

 

Nota3: Só espero que, como agora é politicamente correcto dizer-se, para "preservar o atleta", o Carlos Brito não ponha o Fábio Faria em campo contra o Benfica, ou então, que o ponha a jogar a avançado. É que a malta não acredita em bruxas, mas depois do guarda-redes do Paços...

 

Nota4 (em 05.05.2010): eu bem me parecia que havia qualquer coisa que não batia certo! Como não fui confirmar, meti água...

 

Já não se pode confiar em ninguém, e menos ainda em árbitros de futebol, e muito menos ainda no Jorge "da azia" Coroado. Não tinha a certeza se a Lei 12 teria ou não sido alterada, mas pelo que entretanto verifiquei, continua na mesma:

 

"Um pontapé livre indirecto será igualmente concedido à equipa adversária do jogador quando, no entender do árbitro: (...) impedir a progressão de um adversário".

 

Ou seja, na jogada entre o Cachinhos Dourados e o Hulk, no máximo dos máximos, haveria lugar a livre indirecto e não penálti.

 

Erro meu, que fica devidamente rectificado....