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Azul ao Sul

Algarvio e portista E depois? O mar também é azul...

Azul ao Sul

Algarvio e portista E depois? O mar também é azul...

Coxos e rotos, mas glamorosos

25
Mar13

Como alguém que parcos conhecimentos detém sobre essa máquina maravilhosa que é o corpo humano, até do meu próprio, ou não me fosse impossível distinguir à primeira entre um ataque de sinusite ou de rinite, e uma reles constipação, só conseguindo fazê-lo após uma aplicação fracassada de um anti-histamínico qualquer, faz-me espécie esta cena do João Moutinho.

 

Ora, tanto quanto se sabe, porque é do domínio público, o nosso jogador ter-se-á apresentado lesionado em Óbidos, na concentração da selecção nacional.

 

É da praxe que a quem se apresenta em tais condições, é normalmente passada guia de marcha de regresso a casa.

 

Desta vez, com o João Moutinho isso não aconteceu. Estando lesionado, deverá, em princípio, ter apresentado à chegada um qualquer documento médico a atestar esse facto.

 

Presumivelmente, sendo o responsável pelo corpo clínico do clube o Dr. Nelson Puga, terá sido da sua lavra o dito documento. Ou de outro médico qualquer, é irrelevante para a questão.

 

 

Esse documento, certamente terá sido apreciado por um colega ou colegas de profissão, concluindo este(s) que existiriam hipóteses válidas de recuperação do jogador, a tempo do desafio em Israel.

 

Sendo assim, não tenho a menor dúvida de que o lógico, o ético, o aceitável, seria o corpo médico da selecção, o presidente, o contínuo, quem quer que fosse, entrasse em contacto com o clube do jogador, e explicasse a situação, e o motivo porque permanecia aquele em estágio.

 

O lógico, o ético, e o aceitável.

 

Pois bem, qual não é o espanto quando, na véspera daquele jogo o seleccionador vem dizer que o jogador só alinharia naquela partida se estivesse a 100%, e que a decisão seria do atleta.

 

Após o jogo, é o próprio quem afirma que, "Se joguei é porque estava a cem por cento".

 

Desconheço quais serão os tempos de recuperação para o tipo de lesão de que padecia o João Moutinho, mas recordo-me que, pelo clube, desde 2 de Março, quando defrontámos o Sporting, falhou esse jogo e mais aquele em que derrotámos o Estoril-Praia.

 

Regressou frente ao Málaga, mas apenas por 46 minutos, e tornou a falhar a partida contra o Marítimo.

 

Agora, em três dias, recuperou a lesão e jogou 90 minutos, de fio, a pavio, e aposto que no Azerbaijão vai suceder o mesmo.

 

A hipótese lógica, ética e aceitável de ter havido contactos entre a selecção e o clube, cai por terra quando o presidente do FC Porto, constata no pós-jogo que “Moutinho não está bem” e que, "[o] Moutinho de Israel não foi o Moutinho a 100 por cento que temos visto no FC Porto".

 

Vejo várias hipóteses para matar esta charada.

 

A que mais me agrada é a de que o homem, efectivamente chegou lesionado, mas recuperou, com ou sem milagre, o que constitui uma óptima notícia para nós, pois tanta falta nos tem feito.

 

Outra hipótese é a de que o João Moutinho não estava lesionado com a gravidade anunciada, e o FC Porto, numa altura morta das competições, em que poderia aproveitar esta semana e meia para recuperar sem pressas da lesão, tentou fazer com que o seu jogador não fosse à selecção.

 

Terá mentido Nelson Puga ou, pelo menos, exagerado ligeiramente a gravidade da lesão do jogador? Ou será hipocondríaco?

 

A derradeira hipótese, e a que, ainda assim, menos me agrada. Os senhores doutores da selecção nacional, deliberadamente ignoraram e desautorizaram completamente a opinião de um colega, e mantiveram o jogador em estágio.

 

A não ser assim, porquê a preocupação do treinador nacional de fazer recair sobre o jogador a responsabilidade da decisão de jogar ou não?

 

Pensaria estar perante uma lesão psicossomática, ao estilo do Izmaylov?

 

A reacção do clube, na pessoa do seu presidente, foi tão ténue, tão “low profile”, que quase deita por terra esta possibilidade.

 

Porém, tendo em atenção aquele que é o histórico mais recente de reacções, aos mais variados níveis, não deixa de se enquadrar no padrão.

 

Será que para o corpo clínico da selecção, hipócrita é um derivativo de Hipócrates?

 

Numa selecção onde é titular um jogador como o Varela, protagonista de uma época magnífica e que na última partida do seu clube entra aos dez minutos, para tornar a sair, e chateado, aos 73 minutos, que mais se poderá esperar?

 

E pronto, assim empatámos com Israel, e agora a seguir, contra o Azerbaijão, não vamos ter o craque n.º1, eterno putativo candidato mal sucedido a superar a pulga.

 

Mas não faz mal, afinal somos ricos, lindos e todos têm inveja de nós por isso. Ou por outro motivo qualquer...

 

 

 

Instintos básicos

18
Nov12

Após uma eliminatória da Taça de Portugal em que os únicos pontos de interesse foram os tomba gigantes Arouca e Beira-Mar, muito pouco me surpreenderia se as idas e vindas da tournée da selecção nacional ao Gabão, continuassem na ordem do dia e da noite.

 

 

O porquê ou porquês de toda esta agitação é que me entristecem.

 

Do lado de Pinto da Costa não se esperava nada de diferente. Fez aquilo que sempre fez, faz e fará: a defesa intransigente do clube, e só desiludiria se não o fizesse.

 

Exagerou? Aproveitou a onda para lançar uma farpa à Federação, e de caminho ao Fernando Gomes? Sim, sem dúvida.

 

Agora o Paulo Bento, que não era tido, nem achado na matéria, é que resolve vir a terreiro, tomando as dores do patrão. Porque é que não se reduziu à sua insignificância, em vez de, qual McNamara, aproveitar para surfar uma onda, demasiado grande para si, é que resta saber.

 

É que ainda por cima a coisa saiu-lhe completamente ao lado. Só mesmo o José Manuel Delgado é que lhe dava a primeira página no papel para forrar fundos de gaiolas de periquitos.

 

Vejamos. A primeira divulgação de que tive notícia dos comentários de Pinto da Costa, foi n' "O Jogo", pelas 22:58, do dia 14 de Novembro.

 

 

 

O jogo da selecção da Colômbia contra o Brasil, que o seleccionador nacional traz à colação decorreu, na nossa hora e fazendo fé no Zerozero.pt, às 00h30, do dia...15 de Novembro. Quase duas horas depois.

 

 

Ou seja, excluindo a hipótese, para muitos bastante plausível, de que Pinto da Costa recorra a alguma bola de cristal, quando fez aquelas declarações, era-lhe (quase) impossível adivinhar que o James e o Jackson Martinez iriam estar em campo o tempo que, efectivamente, estiveram.

 

Pretenderia o Paulo Bento, com o seu contra-ataque, que Pinto da Costa dissesse o mesmo que disse sobre a Federação Portuguesa e o jogo no Gabão, em relação à congénere colombiana?

 

Da maneira como falou, não parece que assim seja. Ainda que assim fosse, não seria passar um atestado de burrice ao presidente do FC Porto, pretender que metesse no mesmo barco, enquanto adversários daquelas duas selecções, o Gabão e o Brasil?

 

Até em termos de motivação dos jogadores. Ainda que tratando-se de um particular, não me custa acreditar que qualquer colombiano desejasse ficar o maior tempo possível em campo contra o campeão do Mundo. E o Pepe contra o Gabão? Será que insistiu para regressar no segundo tempo?

 

Enfim, se não fosse algo descabido associar numa mesma frase "intelectual" e "Paulo Bento", diria que a sua intervenção roça a desonestidade intelectual. Mais valia ter metido ao barulho o Defour...

 

Quanto ao José Manuel Delgado e ao papel para forrar fundos de gaiolas de periquitos onde bota escrevedura, nada de novo. É-lhes instintivo dar não só guarida, como destaque a este tipo de coisas. São instintos básicos, dirigidos a básicos.

 

Ou será que, dando sequência a algumas conversas sobre a continuidade de um certo treinador, caso, mais uma vez,  não logre vencer o campeonato, havidas aquando do recente acto eleitoral para a presidência de determinado clube, surge aqui um primeiro passo na campanha do candidato a substitui-lo?

 


(actualizado em 2012.11.19)

 

Nota : Pois é, o Defour não daria muito jeito porque, ao que parece, apenas terá jogado 58 minutos, contra a Roménia, e aqui bem pertinho, em casa.

       

Porque falha o Cristiano?

15
Jun12

 

 

Tem sido abundante e fecunda nos últimos dias a discussão sobre os sucessivos falhanços do capitão da nossa selecção, em primeiro lugar, no recente jogo contra a Dinamarca, e em geral, quando chegado o momento de disputar este tipo de competições.

 

As teorias e hipóteses são mais que muitas, e as comparações com o seu rendimento no Real Madrid, tornam-se inevitáveis.

 

Confesso que, perante tantas e tão doutas opiniões, não me sinto habilitado a participar em tal debate. Acho simplesmente que falha, porque falha. Está lá, e falha. Acontece, e só acontece aos que lá estão. O porquê, interessa-me, mas não o sei.

 

Por isso mesmo se tornou irresistível o desafio de o tentar desvendar. Recordei-me então o que um dia, do alto da sua grandiloquência, disse sobre o Cristiano Ronaldo, esse grande vulto do futebol mundial e defensor “duis seus mininos”, Luiz Filipe Scolari:

 

"Têm inveja do Ronaldo porque ele é grande, bonito e come todas"

 

Será isso que inibe e condiciona o nosso capitão? Será que lhe está a faltar alguma?

 

Acaso será esta?

 


 
 
   
 
 

Nota1: A associação de factos, pessoas e acontecimentos acima produzida, sob a forma de insinuação que alguns poderão tomar por vil e torpe, teve apenas por objectivo introduzir uma nota, eventualmente fracassada, de humor e dar, para o menino e para a menina, de modo a obviar reclamações, um toque de beleza a este espaço, as mais das vezes taciturno e sorumbático, sendo do meu total desconhecimento a sua plausibilidade;

 

Nota2: Não recebi qualquer tipo de apoio financeiro das marcas em causa para aqui inserir aquela fotografia e vídeos, embora não me importasse nada de o ter recebido, e seja hipótese sempre aberta a conversação.

 

 

Sexo, borgas e copinhos de leite

11
Jun12

Confesso que a vontade de escrever qualquer coisa que seja sobre a Selecção Nacional, e sobre o Euro 2012, para além daquilo que já fiz, é coisa que muito pouco me assiste.

 

Como disse antes, quanto a mim, as escolhas do Paulo Bento são, por assim dizer, consensuais, o modelo de jogo, é o que se esperava, os jogos de preparação correram como se previa, e até a estreia contra a Alemanha, nada teve de surpreendente, dando continuidade às vitórias morais dos amigáveis anteriores.

 

É tanta a gente que se tem dado à enfadonha tarefa de esmiuçar à minúcia durante horas e horas a fio, tudo o que se passa em torno da equipa nacional, que o que menos me apetece é dedicar-me a escalpelizar as escalpelizações produzidas por outros. Não há escalpe que aguente!

 

Posto isto, permito-me abordar o nosso desafio contra a Alemanha, de um ponto de vista que ainda não vi tratado: a vitória da rebaldaria sobre o circo.

 

Ora bem, antes do início da competição, as regras previstas para o estágio dos nossos adversários, eram as seguintes:

 

(retirado de http://pt.uefa.com/uefaeuro/news/newsid=1807671.html)

 

 

Pergunto-me, retoricamente, claro está, para não ficar muito descoroçoado com a resposta, quais serão as regras no estágio da nossa Selecção?

 

Dizem que os “bratwursts”, ao que parece, são uns gajos muito sensaborões. Públicas virtudes, vícios privados, talvez. No entanto, o Boateng deu-se ao desplante de fazer uma despedida de arromba, antes de entrar em estágio. De tal maneira, que, ao que consta, até o lugar no onze inicial esteve em risco.

 

 

 

Vai-se a ver, não só jogou de início, como jogou o jogo todo, secou o Cristiano Ronaldo, e ainda foi eleito o melhor para o índice Castrol Edge, seja lá o que isso for, batendo precisamente o nosso mais que tudo, e o Fábio Coentrão.

 

E nós é que somos os latinos! São mas é uma cambada de copinhos de leite.

 

Até compreendo as criticas do Manuel José e do Carlos Queirós(z), sobre o circo que é a selecção nacional, e tudo aquilo que a envolve, mas, francamente, terão comparação passeios de charrete por Óbidos, bebericar ginjinha e visitas à Fundação Champaulimaud, com noitadas com top models?

 

A Dr.ª Beleza é a presidente da Fundação, mas por beleza, que é beleza, não convence.

 

Os alemães, pelo que li, já tiveram as visitas do Michael Schumacher e do Nico Rosberg, e o Neuer, antes de defrontar Portugal, ansiava pela da Senhora Merkel, que consta ser muito concisa e precisa nos seus discursos. Tudo gente rápida e despachada, portanto.

 

Acho que a grande preocupação contida nas críticas à balbúrdia no estágio da selecção, era essa. É uma questão de focagem. Os alemães, com regras eventualmente mais permissivas, conseguem fazer jus ao ditado: “trabalho é trabalho, e conhaque é conhaque”. Para os nossos rapazes, parece que conhaque é conhaque, e quando estão no trabalho, a cabeça está no conhaque.

 

E até lá fora já perceberam isso. A não assim, como é que se compreende que os madristas tenham feito um escândalo por o Fábio Coentrão ter sido apanhado a sair de cigarro na boca de uma noite de discoteca, mas não tenham feito um escabeche proporcional quanto às fotos do Khedira e da namorada, publicadas numa revista da especialidade (seja ela qualquer!).

 

 

O tabaco mata, todos o sabemos, mas não estaremos perante dois pesos e duas medidas? O Khedira, alemão de ascendência tunisina, pode tirar fotos, e nem se preocupam se a senhora se constipou. No pasa nada

 

O Coentrão, portuguesinho das Caxinas, de cigarrinho na boca, leva uma valente rabecada. Nem imagino o fanico que o Manuel José e o Carlos Queirós(z) teriam se, na fotografia acima estivessem o Cristiano e a Irina!

 

Serão os nossos rapazes incapazes de se concentrar no que é essencial, e deixar os acessórios para depois?

 

Aquelas cabeças só servem para ostentar, excepção feita ao Raúl Meireles e ao Quaresma, aqueles maravilhosos penteados, que me fazem lembrar a secção de cabeleireiro do Centro de Formação Profissional cá da terra? Custa-me a crer.

 

Quanto ao resto, bem, quanto ao resto tivemos azar, dizem alguns. “Injustiça”, dizem outros.

 

Mas o que é que estavam à espera? Se nos calhou defrontar, logo a abrir, a selecção sobre a qual, resumia e bem, o Gary Lineker: “O futebol são onze contra onze, e no fim ganha a Alemanha”, para quê entrar de mansinho?

 

Mais tarde ou mais cedo eles haveriam de ganhar, certo? Então para quê tanta cautela? Porquê começar a jogar só aos 72 minutos, depois de sofrer o golo? Foi para não levar uma cabazada desmoralizadora, em vez da derrota-mista-de-vitória-moral? Se foi, objectivo cumprido.

 

Agora, vem aí a Dinamarca. É só o segundo jogo, mas também pode ser o penúltimo. É o tudo ou nada. Com uma derrota, acabou-se. O empate, dependendo do resultado da Alemanha com a Holanda, deixa-nos a fazer contas, mas não acredito que nos dê alguma hipótese.

 

Conclusão: é para ganhar. Agora, uma coisa é certa, não conheço esta selecção da Dinamarca, mas lembro-me da de 84.

 

O Preben Elkjaer Larsen, consta que fumava dois maços de cigarros por dia, e ainda assim, foi um dos maiores bois que conheci a jogar futebol. O Soren Lerby não lhe ficava atrás, e o actual treinador era o capitão de equipa.

 

Se os vikings dos dias de hoje, saírem à estirpe dos seus antepassados, receio bem pelo futuro dos nossos copinhos de leite.


Nota: as minhas desculpas aos que vieram ler o artigo, induzidos pelo título. O que é que estavam à espera? Este espaço ainda não é exclusivo para maiores de 18 anos!

Desculpem, que mal pergunte…

05
Jun12

…mas qual é a grande pertinência de trazer agora, de novo para os píncaros, o nosso ex-seleccionador retranqueiro? E mais ainda, ressuscitar o caso da excomunhão do Vítor Baía?

 

Até consigo compreender que a televisão pública envie alguém, neste caso o Hélder Conduto, de propósito falar com o defensor dos mininos fracos e oprimidos.

 

Apesar dos pesares, sempre foi o treinador que ao serviço da nossa selecção, mais vezes marcou presença em fases finais de campeonatos da Europa e do Mundo. Seria de bom tom ou poderiam ter falado com outros que também estiveram em fases finais? Talvez.

 

António Oliveira? Hmmm! A linguinha viperina do António Oliveira desaconselha grandemente tempos de antena, como se viu há não muito tempo. Humberto Coelho? Está na casa. Soava um tanto ou quanto ir para fora, cá dentro. Carlos Queiróz(s)? Duplo hmmm! Depois de desterrado para o Irão, ir agora também desenterrá-lo, não seria um exagero? E depois, o Brasil é muito mais atractivo nesta altura do ano.

 

É evidente que, ainda que não fosse o mais à mão, era indubitavelmente o mais mediático.

 

Confesso que não li, nem vi, a entrevista em causa, para além do que consta em vídeo na net. Assim, o que me fez logo à partida espécie, foi o enfase dado à questão Vítor Baía.

 

Então, vai alguém ao Brasil, entrevistar um ex-seleccionador nacional, em vésperas de mais uma campanha internacional da selecção, e o assunto em destaque é esse? E umas estórias interessantes para contar? Sei lá, saídas nocturnas, e coisas assim. Curiosidades sobre outros tempos e outros jogadores? Até conselhos a dar ao Paulo Bento, como se ele precisasse deles, caramba!

 

Não! O importante era a questão da não convocatória do Vítor Baía, e mais ainda, dar-lhe inopinadamente uma volta, até à data desconhecida, associando-a de forma original ao FC Porto.

 

A única revelação que, de caminho, aproveitou para fazer, foi a de que a reacção de Ricardo Carvalho, a quem simpaticamente, (des)qualificou de "nhaca", havia sido normal, dentro daquele que era o seu padrão típico de comportamento. Sem dúvida um grande favor prestado a alguém que, além de excluído pelo Paulo Bento, segundo consta, irá ficar sem clube brevemente.

 

Tudo colocado, de tal maneira, que até o Bruno Alves se viu na contingência de vir a terreiro esclarecer que a(s) sua(s) ida(s) à selecção era(m) fruto (que não "fruta"!) do seu muito trabalho e esforço, e não da eventual capacidade de persuasora do FC Porto ou de Pinto da Costa, junto da Federação Portuguesa de Futebol.

 

Será talvez problema meu, ou incompetência do entrevistador, que foi incapaz de encaminhar a entrevista para questões mais pertinentes, mas qual era mesmo o objectivo desta? Muito sinceramente, não percebi.

 

Motivar a selecção? Puxar pelos adeptos? Fazer uma barrela da roupa ainda suja? No fundo, quem eram afinal, os destinatários daquele pedaço de vacuidade?

 

Bem, partindo do princípio que os visados são os do costume, será fácil adivinhar, por exclusão de partes, quem serão os destinatários.

 

Mas, qual o seu objectivo? Desviar as atenções de alguma outra coisa? De quê, ou para quê, se o clima à volta desta selecção nacional é do mais pacífico que pode haver?

 

Os convocados foram os possíveis, até o Hugo Viana foi repescado. Os que ficaram de fora, talvez com as excepções do Manuel Fernandes e do Nuno Ribeiro, são reconhecidamente mal-amados. Assim, de repente, Quim, Bosingwa, Ricardo Carvalho ou João Tomás? Alguém os queria lá? O Sílvio?

 

Foi falta de tópico que alimentasse a conversa até ao próximo fim de semana? Será isso?

 

O que é certo, é que o destaque dado a este assunto foi de tal ordem, que até o meu conterrâneo António Boronha, retirado das lides bloguísticas desde o Natal, se viu compelido a regressar no Dia da Criança, com "a verdadeira, definitiva e última versão sobre a questão (...):

 

a contratação de scolari foi feita em madrid por gilberto madail acolitado pelo, na altura 'boss' europeu da 'nike', hoje todo-poderoso presidente do 'barcelona', sandro rossel e..., imaginem!!!, por jorge nuno pinto da costa!!!...

foi este último que na época se queria ver livre de vítor baía, por conflitos com josé mourinho, que pediu então a 'felipão' que este não convocasse o guarda-redes azul-e-branco”.

 

Sendo “a verdadeira, definitiva e última versão sobre a questão”, mais valia ficar então, por aqui.

 

Porém, não consigo. E porquê? Porque esta “verdadeira, definitiva e última versão sobre a questão”, não acrescenta grande coisa às anteriores.

 

Vejamos. Será preciso uma tão grande imaginação para conceber a presença de Pinto da Costa numa tal reunião?

 

Na altura, corria o ano de 2003. Em Portugal, a Nike patrocinava o FC Porto. Se Madaíl necessitava de alguém para promover uma aproximação a Scolari, também patrocinado pela Nike, será assim tão inverosímil que esse alguém fosse Jorge Nuno Pinto da Costa?

 

 

Porquê o espanto? É perfeitamente plausível. Compra-se, e nem sequer se pedem provas.

 

A esta primeira parte, qualquer um chega. Quanto ao resto, nem tanto. Bem sei que o António Boronha é uma pessoa bem informada, com muitos contactos no mundo da bola, e acima de tudo, encontrando-se neste momento afastado do futebol, usufruirá de uma independência e de uma liberdade de agenda que outros não têm.

 

No entanto, terá provas daquilo que afirma? Ou estará, ele que é dado às artes náuticas, apenas e também a surfar esta onda?

 

“a partir desse momento, escusado será dizer, luís filipe scolari meteu uma cruz no nome de pinto da costa e, por tabela, do 'fc do porto'”. Sim, É certo. Mal ficaria se voltasse atrás na sua decisão inicial. Também não o fez mesmo com súplicas presidenciais para convocar Romário, iria fazê-lo com Baía?

 

Acontece que, a ser verdade o que diz agora o sargentão(zinho), o que é que isso nos diz de si, enquanto profissional? Se a exclusão do nosso guarda-redes não foi motivada por motivos técnicos, ou de preservação do grupo de trabalho, leia-se: do ego do Luís Figo, isso quer dizer apenas que o então seleccionador nacional colocou o seu orgulho, à frente dos reais interesses da equipa. Muito profissional.

 

“meteu uma cruz no nome de pinto da costa e, por tabela, do 'fc do porto'”. É possível que o tenha tentado. Mais no de Pinto da Costa, do que no do FC Porto. Tentar, ainda tentou. Mas a tentativa ter-se-á ficado pelo primeiro jogo do Euro 2004.

 

E seria só por causa desta estória do Vítor Baía? Por exemplo, era bem conhecida a predilecção do retranqueiro pelos jogadores patrocinados pela Nike.

 

Não estaremos a entrar no domínio das elucubrações mirabolantes?

 

Trilhando este caminho, ou semelhante, poderíamos ser levados a confabular sobre a chamada à ordem do dia deste assunto.

 

Estará relacionado este avivar da memória de alguns, em relação ao ex-seleccionador nacional, com a notícia recentemente divulgado de um treinador que anda a praticar tiro nas horas vagas?

 

 

 

Ele diz que o tiro “tem muito a ver com a [sua] profissão. Requer autodomínio e exige um elevado grau de concentração”. Conhecendo-o, como todos conhecemos não será antes por instinto de autodefesa, ou preservação do posto de trabalho?

 

Estará a prever a visita futura de grupos bem intencionados de associados ao complexo do Seixal?

 

Ou será que é a decisão do Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol, que estará por aí a rebentar?

 

Irá o dito Conselho autorizar a passagem dos meros insultos e agressões físicas, para o uso generalizado de armas de fogo?

 

São todas hipóteses, que sem provas, como o faz António Boronha, podemos legitimamente colocar…

 


Nota: O Manuel José, curiosamente, outro algarvio, e sempre um potencial proto-putativo-candidato-a-seleccionador-nacional, também já veio comentar o estado da arte da Selecção Nacional, oscilando a sua análise entre “circo” e “Big Brother”. Porque será?

Particularizando até à partícula as particulares particularidades do particular (ou “O Óbvio, o Burro, o Oportunista, o de Risco ao Meio, e outros apêndices”)

16
Fev12

O Vítor Pereira abriu as hostilidades dizendo que o "Calendário não defende o futebol".

 

O Prof. Doutor Rei da Chuinga, para não variar, não atingiu a coisa. Ter-lhe-á falhado o online, ou o Manuel Sérgio esqueceu-se de enfiar a transcrição fonética no teleponto, e tratou de equilibrar as ausências no clássico. Ligeira, mas porém rotundamente ao lado, como se vê, pois não era disso que se tratava.

 

O presidente Pinto da Costa, aproveitou a boleia para criticar a Federação Portuguesa de Futebol, e a data de realização do próximo jogo particular da selecção.

 

O Paulo Bento, critica a Liga de Clubes, minimiza a situação e diz que o jogo particular estava marcado há muito tempo.

 

Ou seja, parece-me que o Domingos é cada vez mais o candidato melhor colocado para próximo futuro treinador do FC Porto.

 

Entretanto, a Lusa, quiçá muito por via do processo com que lhe acenou o visado, veio admitir que as informações sobre os propalados encontros do ex-treinador do Sporting com dirigentes portistas, eram falsas, e reserva-se o direito de revelar a identidade da fonte donde proveio tal “notícia”.

 

Ouvi dizer que, ao saber disto, houve um sujeito bigodudo, com um fétiche por vídeos do YouTube, e extraordinariamente bem informado, sobre assuntos que vão desde almoços a ofertas de e a terceiros, que ficou com as orelhas a arder.

 

É claro que este é mais um daqueles rumores sem fundamento, como a notícia da Lusa. Um candidato a "mito urbano", como tantos outros.

 

Certo é que a Protecção Civil entrou em prevenção, pois estima-se que a fumarada e o cheiro nauseabundo provenientes do fogaréu, poderão tomar, dadas as dimensões dos auriculares em causa, proporções tais, que poderão rivalizar com a catástrofe da erupção do vulcão islandês de nome impronunciável.

 

Acreditem ou não, é o que a senhora do vídeo está a dizer. Oiçam lá com atenção, e não se distraiam.