Quinta-feira, 11 de Dezembro de 2014

Excelente Vincent

Aboubakar.jpg

 

A avaliar pela forma como sorriam e se abraçavam no final do jogo os nossos rapazes e os do Shakthar, o empate foi o resultado salomónico que a todos satisfez, e felicidades para a próxima eliminatória, que se nos tornarmos a encontrar será lá mais para diante.

 

Quem também não vamos encontrar de certeza, é qualquer um dos nossos compatriotas. É como dizia aquela canção brasileira: “Tudo está no seu lugar”. Nós, nos oitavos de final da Champions, o Sporting na Liga Europa, o que é estranho, mas não deve ser por muito tempo, e os outros no sofá.

 

Não será como na canção, “graças a Deus”, mas pelo que ouvi ontem ao Ribeiro Cristóvão, e principal e estranhamente, ainda para mais, dado o timing, ao Joaquim Rita, graças ao pateta platinado com o nome do Filho.

 

Só correu mal a lesão do Ruben Neves, que era um daqueles azares perfeitamente escusados em qualquer momento, mas principalmente no jogo daqueles, e antes de um jogo dos outros.

 

Para mim, o melhor nem foi o resultado, nem o golaço do Aboubakar, para deleite do meu filho Vicente – o meu outro filho, quando lhe expliquei que aquele senhor com a crista esquisita e a barba, ainda mais esquisita, se chamava Raúl (Meireles), como ele, fez a cara mais incrédula que o vi fazer até hoje.

 

O que verdadeiramente me encheu as medidas foi ver, já não me recordo se antes, se depois do golo, o Aboubakar a puxar pelo público.

 

Foi preciso ser um jogador chegado há uns meses, e que não tarda estará infelizmente de partida novamente – raios parta a malfadada CAN! – a interagir com os adeptos.

 

Poderá ser um enviesamento de perspectiva da minha parte, pois vejo os jogos a uma distância considerável, e num espaço de observação limitado a um rectângulo, mas parece-me que há um excessivo distanciamento entre jogadores e público.

 

Sinto isso, mesmo em relação àqueles que mais anos têm de casa, como se para eles, os adeptos fossem apenas aqueles chatos que estão confortavelmente sentados nas bancadas, sempre prontos para assobia-los à primeira escorregadela.

 

Que o são, nalguns casos. É verdade, mas caramba, não é motivo para se esconderem ou fugir deles, muito menos ignorá-los.

 

Por isso, gostei Vincent. Gostei do golo, mas principalmente, da atitude. 

 

publicado por Alex F às 13:21
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