Como não tenho conseguido ver grande coisa dos jogos feitos até agora, resolvi fazer a coisa por atacado.
Estes são apenas alguns pormenores que me chamaram a atenção, naquilo que pude ver.
O método
Confesso que sou bem menos que um leigo em matéria de metodologia de treino. A realidade é que não percebo um boi do assunto.
No entanto, daquilo que vou lendo, parece-me que aquelas pré-temporadas à antiga, com corridas pela praia, na serra, ou as subidas e descidas pelas arquibancadas dos estádio, até aos mais recentes, boot camps de comandos, são uma imagem algo retrógrada no que toca à preparação física pós-férias.
De facto, impor a um corpinho recém acabadinho de chegar da praia, doses valentes de esforço, não parece verdadeiramente uma boa ideia, e daí aquelas arreliadoras lesões de início de temporada, que, de há uns tempos a esta parte, aparentemente deixaram de ser tão frequentes.
Até eu passei por esse processo quando jogava basquetebol: primeiro treinávamos a resistência, e só depois passávamos para a velocidade, para a técnica individual e para a táctica.
Pelo que percebi, os metodólogos do treino tem uma nova abordagem integrada do treino, doseando as cargas de esforço físico, enquanto se vai entrando de imediato nas componentes técnica e táctica.
Do que vi (no pouco que vi...) dos jogos realizados até agora, por aquilo que leio em fontes fidedignas, sobre o trabalho físico, e até pelos comentários feitos pelo treinador e por alguns jogadores, sobre a importância do esforço agora feito, para preparar o sucesso no resto da temporada, fico, na minha ignorância, com uma sensação anacrónica.
Quando leio que algumas sessões de treino são desmarcadas, fico na dúvida se tal acontece por causa do esforço acumulado ou, sei lá, por influência das condições climatéricas, do horário, ou seja, em resultado de uma deficiente programação.
Enfim, dúvidas de um nabo na matéria.
O esquema
Depois olho para a disposição da equipa em campo. No último jogo, de que só vi a nossa recuperação, consta que o onze inicial entrou em 4x3x3.
Quando comecei a ver o jogo, estávamos, quanto a mim, a jogar num 4x2x3x1. Nada de mais, tudo normal por aqui.
Como diz o Nuno Espírito Santo, este é o momento ideal para fazer experiências, e não na véspera de jogos importantes, como recentemente fizeram, por mais de uma vez, uns e outros que chegaram à selecção espanhola.
Além do mais, se perguntarem a um adepto do Valência, qual o esquema táctico da preferência do nosso actual treinador na época passada, ele terá certamente dificuldade em responder, tantas foram as (a)variações apresentadas.
Até ao seu despedimento...
As opções
É pacífico que, com o passar da idade, se perdem faculdades. Quem pratica uma actividade física perde velocidade, resistência, destreza, capacidade de recuperação, uma desgraça.
Eu próprio fui parar à fisioterapia, porque resolvi desatar a correr, sem a devida preparação, e fiz uma lombalgia. A idade não perdoa, e sou só uns anitos mais velho que o Varela.
O que não compreendo é esta obsessão de fazer do Drogba da Caparica, um novo Eliseu (o jogador, não o palácio!).
Por dois motivos: falta de opções no ataque, e a existência de, pelo menos, uma melhor opção, quanto a mim, para defesa-direito.
Para o ataque, temos, neste momento, três extremos: Brahimi, Corona e Hernâni. Com Varela a lateral-direito, a quarta opção para extremo tem sido o Otávio, que não é extremo, mas que lá se vai desenrascando.
Da mesma maneira que, na temporada passada, não me agradou ver o André André a extremo, também não me enche as medidas agora.
No entanto, essa é a posição natural do Varela.
Depois, na defesa, o titular será sempre o Maxi Pereira, e temos do outro lado o Layún, que também pode jogar a lateral-direito (e central, e trinco...).
Na época passada, desviar Layún, significaria dar a titularidade ao José Angel ou ao Bruno Indi. Nesta, com o Alex Telles, a diferença parece ficar mais esbatida, até no valor dos passes...
Porquê então o Varela?
E venha de lá o quarto take...
Como alguém que parcos conhecimentos detém sobre essa máquina maravilhosa que é o corpo humano, até do meu próprio, ou n...
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