Apesar do frisson e curiosidade que todas estas movimentações, entradas e saidas de pré-época, provocam, confesso que não acompanhei muito de perto o nosso arranque de temporada.Talvez alguns espanhóis o tenham feito por mim...
No entanto, ainda assim, vi parte do jogo contra o Borussia Mönchengladbach, e os jogos contra o Duisburgo, o Valência e o Stoke City, estes dois últimos em diferido.
Do jogo contra os espanhóis não retirei grandes conclusões. Ambos os treinadores pareceram apostados em esconder algo, e apenas preocupados em não perder. Nos restantes encontros, momentos houve em que experimentei uma estranha sensação de déjà vu.
E o pior é que, por exemplo, ao contrário do que acontece no "Feitiço do Tempo", em que o Bill Murray aproveitar o facto de reviver continuamente o mesmo dia, para ir corrigindo as asneiras que comete (u), aqui, tenho duvidas que assim seja.
Naqueles jogos, nomeadamente sempre que o Bueno estava em campo, vi-me de volta aos empates da temporada transacta, frente ao Vitória de Guimarães, que vamos defrontar amanhã, e ao Estoril-Praia.
Não sei se se recordam mas, naqueles dois jogos, entrámos com o Brahimi e o Quintero, como terceiras unidades do meio-campo. Ou seja, na prática, o mesmo que acontece de cada vez que entra o Bueno, o tal avançado disfarçado de médio, como diz o Lopetegui.
Tendo em conta que o jogador foi a primeira contratação para a nova temporada, e que o treinador terá sido decisivo na sua vinda, tudo leva a crer que aquele esquema táctico tenha sido delineado a contar com a sua presença.
Assim sendo, e a pensar fundamentalmente no campeonato português, parece-me que o 4x3x3 a que estamos habituados, tem os dias contados.
Desconfio que Lopetegui quer a equipa instalada no meio-campo adversário, para aí controlar a partida. Duplo pivot a meio-campo, subido, liberdade aos laterais, dois extremos, de certa forma assimétricos: Brahimi ou Varela mais metidos para dentro do terreno, e o Tello, mais colado à linha, um ponta-de-lança, e o Bueno a entrar por detrás, essencialmente para finalizar, que é a sua especialidade, e não a construção de jogo.
O duplo pivot do meio-campo tem como função primordial, servir de tampão aos contra-ataques adversários. Um dos dois, mais posicional, fará a posição 6 - em princípio o Danilo Pereira, embora o Rúben Neves tenha arrancado bastante bem, tal como na temporada passada. O outro médio, para alem de bloquear as investidas adversárias, terá como função pivotear, girando a bola de flanco a flanco.
Em caso de saída em transição rápida, julgo que o flanco preferencial será o direito, através do Tello e do lateral respectivo. Se não funciona, é temporizar, e a bola vai ao centro, onde o tal pivot a envia para o outro flanco, para o Brahimi ou para o Varela. Aí, ou entra o próprio (no caso do Brahimi. Não vejo o Varela com pedalada para isso...), ou espera pelo lateral, mantendo a posse o tempo suficiente para atrair os adversários. Não resulta? Bola novamente ao centro, e tenta-se do outro lado, em velocidade, para apanhar o adversário desposicionado.
Qualquer um dos outros médios faz esta posição. O Imbula e o Herrera, mais ao estilo box-to-box, acrescentando essa variação ao sistema; o André André e o Sérgio Oliveira, com uma maior capacidade de passe vertical à entrada da área; e o Evandro, um misto de ambos.
Em relação ao que aconteceu na época passada, nem o Quintero, nem o Brahimi, eram o Bueno, e com o Herrera, o Rúben Neves e o Casemiro este sistema não funcionou. Empatámos ambos os jogos.
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